A maioria dos portugueses, em especial a classe média, anda desiludida
e não vê nenhum sinal de esperança para um futuro melhor. Hoje, apercebi-me de como a maioria dos portugueses vive triste, na penúria, e sem um raio de alegria. Por causa da derrota do Benfica? Talvez. Não podemos esquecer que os adeptos do "glorioso", segundo dizem, contam-se por seis milhões... Portanto, a derrota de ontem, só não terá afectado os restantes 4,6 milhões de portugueses. A tristeza dos rostos sombrios, é mais evidente nos centros populacionais, onde existe uma maioria de gente que trabalha no Estado, a chamada "função pública", que tem sido castigada e ostracizada por este Governo de neoliberais tecnocratas. No interior do país o povo é mais alegre, mais fraterno, menos dependente do Estado, e não liga a futebóis. Vive com o que tem, e com aquilo que o Estado lhe tirou, mas ainda tem um palmo de terra, uma horta, uma leira, umas árvores de fruto. Na cidade, todos dependem do rendimento de trabalho, de pensões ou de subsídios diversos. Quando tudo isto falha, como acontece em larga escala neste momento, a vida torna-se dificil, sombria e miserável para quem não tem outras fontes de rendimento. Não admira, portanto, que nestes dias de crise, alavancada pela austeridade imposta aos portugueses, as pessoas andem tristonhas, desiludidas, péssimistas. A vida só corre bem àqueles que sempre tiveram de sobra, e que agora ainda aproveitam para engordar mais, como seja o pensionista Eduardo Catroga, premiado por Passos Coelho com um lugar à mesa da EDP, onde tem um "tacho" cheio com 642 milhões de euros anuais, um bónus, por ter negociado o Programa da Troika em nome de Passos Coelho. Serviço registado digitalmente, em telemóvel, ao lado de Teixeira dos Santos. Eles comem tudo... não deixam nada para os 35% de jovens sem emprego.
Os efeitos da Primavera estão à vista, e à volta da Torre Eifel... De Paris sempre
vieram bons ares, e no fim do mês pode chegar a boa nova, um sinal de mudança.
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