O Governo de Passos Coelho continua a afirmar que Portugal vai sair
desta crise no final deste ano. No entanto, os sinais que vêm de fora são pouco animadores. O Eurogrupo aprovou o reforço, ou seja, a fusão dos dois fire-walls num só, com o montante de 700 mil milhões -- diz a imprensa internacional -- ou de 800 mil milhões, diz a imprensa económica portuguesa. Deste fire-wall, 500 mil milhões estão reservados para a acudir a Espanha e á Itália, o que mostra como os "ventos de Espanha" podem afectar as previsões do nosso Governo. Espanha aprovou hoje o Orçamento para 2012, onde prevê cortar 27,3 mil milhões na despesa... Um corte brutal, que vai ter efeitos terríveis no consumo interno, e vai prejudicar o turismo português. A banca espanhola, em especial as Caixas de Ahorros, precisa de uns 30 mil milhões para obter os rácios da EBA. Por este andar, Passos Coelho e o seu Governo, poderão encontrar-se numa situação de ter que negociar novo empréstimo para salvar o país. Começa a ser claro, para esta "gente honrada", que a crise internacional não foi inventada por Sócrates. Ela perdura, e continua a contaminar as economias europeias, incluindo a portuguesa.
Com a greve geral de ontem, Espanha conheceu uma espiral de violência que não
é habitual em "huelgas generales" a nível nacional. O pior aconteceu na Catalunha.
LER OS OUTROS
MAIS LEITURAS
BLOGS ANTERIORES