Depois do pasquim da Cofina, Correio da Mânha, se ter transformado numa
cloaca do pseudo-jornalismo, ao deslocar para Paris um "repórter" malhado de galgo, para farejar as passadas de José Sócrates, de dia e de noite, eis que chegou agora a vez dos "juizes sindicalizados" perseguirem o último Governo do ex-primeiro-ministro. Esta obsessão doentia, alimentada pelos senhores "juizes sindicalizados", cheira a vingança fora de tempo, mas quando o rancôr turva a consciência dos actores da Justiça, é porque algum facto freudiano está a envenenar as víboras peçonhentas. Desta vez não é o Correio da Mânha, são os senhores "juizes sindicalizados" que procuram morder as canelas de José Sócrates. Porquê, só agora, passados nove meses? Porque é o tempo que demora a gestação do ovo. Os senhores "juizes sindicalizados" estão cheios de rancôr, enraivecidos de ira porque Sócrates logo em 2005, quando tomou posse, retirou o estranho previlégio de que gozavam os senhores juizes: tres meses de férias, quando todos os demais portugueses, seja o primeiro-ministro, o presidente da República, os militares ou os funcionários públicos, têm apenas 30 dias de férias. Por outro lado, com o programa de redução da despesa pública, os senhores juizes e magistrados tambem tiveram corte nos ordenados, nas despesas da ADSE e demais regalias. Ao fazer este nivelamento, ao obrigar os senhores juizes a trabalhar mais, e ao corte nos salários, José Sócrates criou anticorpos na classe dos juizes, que até então se julgavam acima de todos os demais funcionários do Estado. Nove meses após a queda de Sócrates, os "juizes sindicalizados" vêm agora vingar-se de quem ousou enfrentá-los, obrigando-os a produzir mais, e a partilhar da austeridade imposta pela crise. Esta «judicialização da política» e do Estado, é perigosa. Os juizes devem «decidir sobre crimes» e não «fiscalizar as regras do jogo democrático». Aguardemos. Estou para ver se, mais tarde, os senhores "juizes sindicalizados" vão perseguir a actual ministra da Justiça, por esta ter decretado que todos os juizes devem despachar um «mínimo de 65 processos» durante o ano judicial...
O matemático ministro da Educação, Nuno Crato, que em tempos andou a
militar no maoismo chinês, contra os sovietes, continua interessado em «implodir o ministério da Educação», conforme prometeu após a sua tomada de posse. Mas, como qualquer maoísta que leu o Livro Vermelho de Tze Tung, Nuno Crato governa «à sua maneira», isto é, previlegia a escola e o ensino privado (segundo a lei dos opostos). Por preconceito ideológico contra a renovação do Parque Escolar, Nuno Crato encomendou uma auditoria à Inspecção Geral de Finanças (IGF), que serviu para o ministro debitar o seu veneno na renovação das escolas, atacar Sócrates, e vir depois falar do relatório, truncando os números e baralhando os dados da IGF. A coisa é tão grosseira que cheira a urso. Dizer que o aumento foi de 447% quando o relatório fala de 70%; esquecer que, ao aumentar o ensino obrigatório até ao 12º. ano, as áreas de construção passaram de 800 para 1230 alunos; confundir reparações com renovação de escolas, tudo isto é vergonhoso e mostra o carácter do ministro maoísta que gere o ministério da Educação. O Daniel Oliveira consultou o relatório, e desmonta o discurso do ministro. Veja-se com atenção o que Daniel diz aqui.
O revivalismo e o kitsch... Por cá, o festival das cantigas da RTP, voltou ao fado
e leva a Baku um conjunto de 5/6 executantes. Na Rússia, as Buranovsk Babushky,
ou "Avózinhas de Buranovo", com idades entre os 50 e os 76 anos, tambem foram
escolhidas para representar o país mais extenso do mundo. Saudades do passado?
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