O clube inglês Chelsea despediu Villas-Boas por falta de produtividade
(leia-se vitórias no campeonato). Por cá, o ministro Álvaro, continua a bordo da Nau Catrineta, em alto mar, comandada pelo capitão Passos Coelho. O super-ministro amotinou-se a bordo, mas o capitão Rabbit conseguiu dominar o exaltadao Álvaro, que acabou por se render, e por aderir ao programa da marinhagem de alto risco. Logo que a Nau Catrineta chegue a porto seguro, o ministro Álvaro vai borda fora. Ponto final.
Hoje ocupo-me de labores editoriais. Os confederados do BE, Francisco
Louçã e Mariana Mortágua, escreveram o livro A Dividadura--Portugal na crise do euro. Para lançar a obra, convidaram o Professor Marcelo, estrela brilhante do PSD, académico, jornalista, comentador e oráculo do Governo de Passos Coelho. Para gente chique, nada melhor que Marcelo. Para falar das ideias de Louçã e Mariana, nada melhor que o Professor Marcelo. Pois não é verdade que são, todos eles, académicos? Mas foi um erro fatal para os confederados do BE. É que o Professor Marcelo, é uma estrela, não uma pop-star, mas uma estrela brilhante, que ofusca tudo à sua volta. Resultado: a máquina da comunicação, os jornalistas, operadores de câmara e os fotógrafos, só viram a figura do Professor Marcelo. Tudo o mais passou para segundo plano. Mas Louçã deu-se por satisfeito, tal como ficou com a rejeição do PEC-4 em Março de 2011: «O chumbo do PEC-4 é o início do fim da crise», gabaram-se os confederados do BE.
No mesmo dia (e não sei se à mesma hora), o teólogo Anselmo Borges,
apresentava na Livraria Almedina o seu novo livro, Corpo e Transcendência. Para o lamçamento deste livro, o teólogo convidou Adriano Moreira e José Barata Moura. Tres académicos de tendências políticas opostas, mas não irreconciliáveis. O livro de Anselmo Borges não se debruça sobre política, mas sobre a vivência religiosa e a transcendência espiritual. Penso que terá sido um acontecimento interessante de assistir, e onde muito coisa de relevo terá sido abordada. Eu não sou religioso, mas aprecio Anselmo Borges pelos temas abordados, semanalmente, nas páginas do DN. Quanto ao resto, prefiro ler Confúcio ou Lao Tze. Nestes, a sabedoria é profunda e sem enredos tecidos pelo sistema de crenças.
Curiosamente, tambem Mário Soares, vem hoje recomendar, no DN,
na sua página semanal O Tempo e a Memória, a leitura de um grande escritor. Trata-se de Stefan Zweig, cuja biografia pode ser consultada aqui.
Ainda jovem, li diversos livros deste judeu alemão, que se suicidou no Brasil (ele a mulher) em 1942, por não suportar o nazismo. Mário Soares recomenda a leitura de Stefan Zweig aos jovens de hoje, afirmando «que ficariam com uma bagagem cultural de extrema actualidade».
Neve abundante tem caído nas montanhas do nordeste do Afganistão....
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