Segunda-feira, 5 de Março de 2012

O jornal PÚBLICO apareceu hoje com novo rosto, e dirigido por um novo

director, o filósofo do medo, José Gil. Na verdade o Púlico deixou de ser um «jornal» e passou a ser uma Gazeta, à semelhança do I -- o jornal criado pela construtora Abrantina -- hoje propriedade de Jaime Antunes. A directora do Público, Bárbara Reis, entregou a direcção do jornal ao filósofo Gil, que é, até agora o pensador mais negativista, mais vazio, mais medroso de todos os obreiros do pensamento, que andam por aí, cheios de medo, e a viver obcecados com os «espaços vazios». Lembro-me de Bertrand Russel, que era amistoso, afável, humano. Lembro-me de Jean Paul Sartre, que era acessível e simpático e gostava de partilhar a vida com os estudantes. Recordo Einstein (não sendo filósofo), que era uma sumidade sobre energia e a massa, mas que era brincalhão e deitava a lingua de fora aos olhares indiscretos. Recordo Michele Foucault e Gilles Deleuze, homens de muitas ideias, que eram humanos, divertidos e sorriam. Em Portugal, temos o pensador José Gil, vestido de preto, sisudo e incapaz de sorrir para a vida, que escreveu um livro sobre o MEDO (em Portugal), e que nunca sorriu como uma criança, nem deu uma valente gargalhada perante uma incongruência da vida... Isto leva-me a não acreditar na «filosofia» de José Gil. Uma pessoa que perde o salutar costume de sorrir, é porque não está bem equilibrado, e o torna incapaz de ver a Luz que inunda este mundo. O nosso pensador só vê escuridão, vazio, insegurança. Ora, eu sempre ouvi dizer que «a natureza tem horror ao vazio», pelo que presumo não haver vacuidade onde outros enxergam o vazio. Numa área, onde há espaço entre corpos físicos, alguma coisa existe, é a energia. Sem essa energia, tudo se tornaria instável. Pois bem, José Gil, filósofo-jornalista, inventou uma «sondagem fictícia» para instrumento de trabalho, por um dia, no Público. Uma espécie de angulo rectangulo, com x de um lado e y do outro (mas sem bissectriz), para poder falar do vazio, das notícias que não deviam ser notícias, e daquelas que o sendo, não o são, por culpa dos jornalistas. Todavia, Gil não falou sobre os jornalistas como fazedores de notícias. Habituado ao escuro, ao vazio e ao medo, Gil deixou, assim, espaço para mais um «vazio». O pensador não se debruçou sobre os meios de comunicação de hoje, tais como os SMS, Ipad, e-mail, a Internet, etc. No entanto, é por aqui que corre a informação nos dias de hoje. São estes os veículos noticiosos do futuro. Gil fala de pobreza, saúde, educação e do ego. Politicamente, haverá aqui sempre falhas, porque a dinâmica da vida torna tudo mais obsoleto, a cada dia que passa. Dizer que o ego é o mal de todas as coisas, tambem é dizer nada. Neste mundo global, quem pode esquecer o seu ego? Todas as práticas pedagógicas conduzem à exacerbação do ego. Este mundo é de competidores. De resto, creio que não podemos falar em verdades, quando se deixa no escuro, no vazio, a globalização, a interdependência das nações. Não vivemos numa ilha, isolada no Atlântico.

Penso que o Público, ao querer inovar, promoveu apenas um flop.

É verdade que já não cheira a zémanelfernandes, esse jornalista que alinhou o jornal com o pensamento de Bush e os neoconservadores que tentaram renovar a política americana no pós 9/11. Mas a prometida renovação do Público não me agrada. O jornal transformou-se numa gazeta, com dois agrafes a segurar as páginas e pouco mais. O trabalho e as ideias do «director» José Gil, expressas na edição gratuita, parecem-se muito com as ideias do ministro Álvaro: mínimas, vagas, ridiculas. O Público ganhou, ganhou em publicidade, com 21 páginas de frente com publicidade a marcas de prestígio; 12 meias páginas e ainda 6 quartos de página com publicidade comercial ou institucional. Abrir um jornal, e encarar com uma página inteira do lado direito, de publicidade, é perverter a finalidade de um jornal de referência. Isso é de pasquim. Infelizmente, o director-filósofo, devia condenar esta falta de respeito pelos leitores do jornal. Não o fez, por inconsciência, ou por medo. Acabou, o futuro das notícias vai ser difundido através do "vazio", do éter, da electrónica. «O papel do papel», é contribuir para haver lixeiras.



publicado por Evaristo Ferreira às 14:39 | link do post | comentar

1 comentário:
De sapo a 5 de Março de 2012 às 22:33
seu merdoso!!!!!!!


Comentar post

mais sobre mim
Abril 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11
12
13

14
15
16
17
18
19
20

21
22
23
24
25
26
27

28
29
30


posts recentes

FIM DE CICLO...

A ENTREVISTA DE SÓCRATES

SÓCRATES NA RTP

PASSOS DE JOELHOS

DESCRÉDITO TOTAL

COM PAPAS E BOLOS...

É A ECONOMIA, ESTÚPIDO!

OS PROFETAS DOS "MERCADOS...

QUE SE LIXE O "PÚBLICO"

OS PAPAGAIOS DO COSTUME

arquivos

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

links
blogs SAPO
subscrever feeds