Depois do aviso deixado pelo conselheiro de Estado, Vitor Bento, dizendo
que não existem cavaquistas, a menos «que andem por aí, aos gambuzinos», já começo a admitir que os erros cometidos pela maioria dos ministros do Governo liderado por Passos Coelho, se devem ao facto de eles andarem por aí, aos gambuzinos. A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, anda aos gambuzinos em vez de apresentar a «grande reforma da Justiça». Assim parece. Já tinha poupado uns 6 milhões de euros com o corte na despesa do seu ministério, e agora vai gastá-los na recompra do edifício onde estava o Tribunal da Boa Hora. Vai ultrapassar os ganhos da poupança, gastando mais umas centenas de milhares de euros. Trata-se de uma ideia absurda. A ministra quer voltar, mais tarde, à Boa Hora, onde nem sequer há espaço para estacionar os carros... E assim vai Lisboa perder um hotel de charme.
O primeiro-ministro Passos Coelho continua a dar acolhimento a todos
aqueles que contribuiram para a sua eleição. Mais um, desta vez trata-se de António Borges, que em tempos trabalhou no banco Goldman Sachs e foi despedido, segundo disse, porque «o Governo de José Sócrates há anos que não lhe pedia serviços de assessoria financeira». Passos Coelho vai agora arranjar um job para o ex-funcionário do FMI, um super-cargo, para supervisionar todos os gabinetes ligados à Economia e Finanças. Ainda não sabemos se António Borges vai ter direito a subsídio de Férias e de Natal.
A duas semanas do Entrudo, o Governo de Passos Coelho veio proibir o
Carnaval neste país. Bizarro. E ainda nos vêm dizer que este Governo tem gente competente, tecnocratas experientes. Há mais de seis meses que vilas e cidades como Loulé, Torres Vedras e Mealhada têm os estaleiros da máquina carnavalesca em andamento, onde investiram largas centenas de milhar de euros, e vem agora este Governo taciturno, mal humorado e tonto, decretar a morte do Carnaval. Agora, a duas semanas da saída para a rua dos gigantones, dos cabeçudos e dos carros alegóricos. Então e os investimento feito? E o comércio local? E a festa do povinho, que precisa esquecer a crise? Andam todos a remar, sem timoneiro à cabeça. É notório.
No meio deste desnorte total, aparece o secretário Seguro, em Évora,
à saída de uma reunião, a correr para o almocinho, e é travado pelas tropas da comunicação social: «Não respondo a nada», disse Tozé Seguro. «Compreendam, já é tarde, estou atrasado para o almoço. Deixem-me ir a almoçar». acrescentou. Melhor seria que assim tivesse feito, mas não. Seguro é muito charmoso para os media, e lá foi dizendo que existem muitas coisas no memorando da Troika com as quais não concorda. -- «Quais, pode informar quais são?», perguntaram os jornalistas. Tozé, sempre inseguro, mandou todos aos gambuzinos: «Não fui eu quem assinou o memorando da Troika» -- respondeu. Mais uma acha atirada para a fogueira do descontentamento socialista. Passos Coelho deve ter ficado tranquilo e agradecido. Com gente assim, pode dormir descansado.
A Ucrânia é o país europeu que mais tem sofrido com a queda de neve. Além
disso, o frio polar, na ordem dos 23º Celsius negativos, tem causado dezenas
de mortos por hipotermia. Mas este ano, ainda não faltou o gas da GASPROM.
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