13.740 poderia ser o número da Taluda, mas não é, antes pelo contrário. O prémio da Taluda seria justo, já os 13.740 sorvedouros que chupam o erário público, é uma calamidade sem fim. O Diário de Notícias (DN) deu hoje início a um trabalho jornalístico destinado a "investigar temas que estejam para além das agendas oficiais e da espuma dos dias". Este trabalho do DN, que imprime um novo cunho ao "jornalismo de investigação, vem colocar este "jornal de referência" na vanguarda da imprensa nacional. É possivel que, com este trabalho, surjam oportunidades para se iniciar uma nova era nos meios de informação portuguesa. O nosso jornalismo bem precisa de uma asa que o eleve acima da "espuma dos dias". Pelos dados apresentados hoje, o DN inova, e presta um serviço muito útil aos seus leitores. Comparo esta iniciativa uma "pedrada no charco", muito ao jeito do que faz a Wikileaks.
Neste primeiro dia o DN deu-nos um relance sobre "O Verdadeiro Retrato do Estado"." Temos 13.740 organismos públicos, [dos quais] só 1.728 apresentam contas, [e] apenas 418 são fiscalizados". Da riqueza anual produzida pelo país, 49 por cento é gasta pelo Estado, que há tres décadas não pára de aumentar. "O prório Estado não conhece" a totalidade das entidades financiadas pelo Orçamento, o que representa cerca de 90 por cento da máquina estatal sem controlo. A despesa do Estado, ou seja, "o monstro" -- assim foi apelidado por Cavaco Silva -- não pára de aumentar. Os dinheiros públicos sumem-se através de "10.500 entidades da administração central, 1.500 empresas públicas, cerca de 350 institutos e 1.100 fundações e associações", que empregam 660.000 pessoas, e estas consomem 81 mil milhões de euros, o equivalente a 49 por cento da riqueza produzida pelo país... Sim, o Orçamento de Estado tranformou-se num "monstro" insaciável e pesadissimo. A despesa pública aumenta a uma velocidade de 152.207 euros por minuto...
Recomendo vivamente a leitura do DN sobre este assunto. É preciso conhecer a verdade. É preciso estarmos conscientes de que precisamos mudar de vida. Por este andar, não vamos a lado nenhum, a não ser à falência do Estado e dos cidadãos.
Espero e desejo que a Direcção do DN faça uma compilação, em livro, deste exaustivo trabalho jornalístico.
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