O super-ministro da Economia, Desemprego, Indústria, Minas e dos petróleos
offshore, Ávaro [Santos Pereira], apresentou hoje um desafio aos insdustriais da panificação e pastelaria fina: «porque é que até agora, ainda não houve quem se dedicasse à exportação dos Pasteis de Belém?". (Espero bem que o Álvaro não esteja a referir-se a Cavaco Silva. Seria um acto de deselegância política). O ministro Álvaro, que está a ser desapossado de algumas funções ligadas ao seu ministério, -- enquanto não é demitido por Passos Coelho -- começou por prometer «o maior investimento de sempre em Portugal». Um investimento em minério de ferro das Minas de Moncorvo, que iria além dos 5.000 milhões de euros. Depois prometeu uma «mina de ouro» e outra de «prata», ali para as bandas do Alto Alentejo. Mais tarde prometeu um dinheirão em royalties pela exploração do petróleo no Algarve. Pelo meio recomendou que a venda de artesanato deveria levar o selo da marca «Made in Portugal». Sem apresentar, até agora, nenhum resultado prático, o ministro Álvaro veio hoje desafiar os nossos pasteleiros a exportar os Pasteis de Belém, tal como faz a MacDonalds com o Maxi-Burguer -- diz o ministro -- e a Coca-Cola com a água suja da referida marca -- digo eu. Isto é uma decepção. Esperava-se mais do mito Álvaro. Pelo pouco ou nada que tem feito, o mito Álvaro está a esboroar-se. Ele esforçou-se por mostrar «trabalho», a favor do PSD. E Passos Coelho confiou nele, mas o Álvaro não corresponde às expectativas. Veja-se aqui, a obra do desmito.
O ministro Álvaro rodeou-se das pessoas mais dedicadas a Passos Coelho.
Contratou, para assistente, uma «super-secretária» que fazia parte da «secção laranja» no Diário de Notícias», a quém atribuiu o maior salário do ministério. Chamou a si a «Milu», Maria de Lurdes Vale, jornalista do DN, mulher «decidida e pragmática» que, por ser decidida, largou o Álvaro poucos meses depois da tomada de posse, para voar mais alto. Fora promovida ao mais alto cargo da agência para o Turismo de Portugal. Tal como Catroga, a «Milu» esmifrou-se para chegar ao «pote». Vejamos o sermão que ela arengava contra Sócrates, no DN, em Janeiro de 2011: «Não queremos, não estamos dispostos a tolerar, gastos inuteis, falta de fiscalização, negociatas, derrapagens, e as dívidas que as gerações futuras vão ter que carregar às costas por incúria dos que não quizeram ou não souberam controlar despesas, obras sem sentido, e insistiram nas nomeações de amigalhaços, que não têm qualquer preparação para assumir os cargos que lhes foram oferecidos de mão beijada» [sublinhado meu]. Agora pergunta-se: o que tem a ver a «Milu» com o «grande mito do Álvaro? Oportunismo, apenas oportunismo. Ambos se esforçaram por chegar ao «pote», e conseguiram esse objectivo. Só que a «Milu» tem mais traquejo, é mais ambiciosa, e faz pela vida. Vai daí, largou o Álvaro e foi fazer turismo... À despedida, pra quem a quiz ouvir, a «Milu» terá confessado: «Ele [Álvaro] disse que gosta muito de trabalhar com mulheres decididas e pragmáticas». Depois desta confissão, o ministro Álvaro terá ficado a matutar nas palavras da sua ex-secretária.
O ministro Álvaro é um mito, embora ele sempre tenha lutado contra essa desgraça.
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