Vamos entrar no 4º. Trimestre de 2011. A actividade económica
continua débil e o Governo prepara-se para apresentar o seu Orçamento de Estado para 2012. Ainda faltam duas semanas para o debate, mas já se notam fricções no PS por causa do sentido de voto. Este é o primeiro teste à "mudança" gerada por António José Seguro, referente à liberdade de voto que instituiu no seio do PS, a qual permite aos seus deputados liberdade para decicidirem o sentido do seu voto. Seguro dirige agora uma equipa, onde cada jogador faz o jogo que quer. Isto é perigoso e não favorece a acção política. Seguro vai agora saborear a anarquia, a indisciplina no voto. Não se compreende que um dirigente político tenha uma equipa onde cada um pode decidir à revelia da estratégia do seu partido. Neste momento já assistimos a divergências. Uns deputados são a favor da aprovação do OE, outros pela rejeição e outros pela abstenção... O mais sensato, para o PS, seria a abstenção. O PS não pode rejeitar grande parte das medidas da Troika, mas tambem não deve aprovar tudo o que o Governo de Passos Coelho quer implementar, e que "vá mais além da Troika". António José Seguro começa a experimentar a instabilidade da corda bamba. Em política é preciso firmeza, assertividade, transparência e unidade na acção. Com a liberdade de voto, nada disto é possivel.
Quem lê jornais não pode nem deve acreditar em tudo aquilo que
lê. As contradições, as omissões e a imparcialidade nas opiniões e nas notícias dos jornais, são frequentes na imprensa que temos. Hoje, ao lermos a primeira página do DN, ficamos a saber a saber que Isaltino Morais, presidente da CMO, foi preso e terá de cumprir dois anos em prisão da PJ. Ficamos ainda a saber que esta prisão gera polémica, porque "há um recurso pendente pelo que a condenação ainda não transitou em julgado". Esta é a notícia da primeira página, em letras garrafais. Perante esta notícia ficamos com a sensação de que a Justiça funciona mal, e de que pode haver ali vingança pessoal. No entanto, quem ler o editorial do DN, publicado na página 6, é informado de que "um último recurso agora rejeitado pelo Tribunal Constitucional levou finalmente a polícia a dar-lhe voz de prisão". A notícia de primeira página é errónea, como se vê, mas o DN e os seus jornalistas, nunca admitem o erro. Na página 11 do mesmo DN pode ler-se: "Contradição - Imposto de Natal afinal fica nos Açõres". É mais um desvario editorial do DN. Já ontem o DN tratava deste ssunto, mas acrescentava que o Governo Regional dos Açores aceitava o corte do subsídio de Natal, "desde que este fosse aplicado nos Açores", ou seja, desde que conte para as receitas orçamentais do Arquipélago. Às vezes os jornais em vez de informarem, confundem, desinformam.
E.T. - A subida do défice nas contas do 2º.Trimestre, deve-se, em grande parte, ás consequências da queda do Governo de José Sócrates, por acção conjunta da direita (PSD/CDS) e da extrema esquerda (BE/PCP). Agora vêm culpar o Governo anterior... Deixaram o país à deriva, festejaram a vitória e queimaram fogo de artifício durante tres meses, e agora apresentam a factura... Acabou a festança, D. Constança.
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