Não me quero debruçar sobre as operações de compra e venda de
jogadores no país da Futebolândia. Isso é trabalho para as entidades competentes, se estiverem interessadas em saber como se processa a fuga de capitais para Caymão ou Jersey, onde ficam depositadas largas comissões na conta deste e daqueloutro. O que me espanta, é saber que o futebol, afinal, tambem está a penar com esta crise... É verdade. Apesar de ouvirmos, todos os anos, que este ou aquele clube "comprou" por dezenas de milhões o jogador Xis, ou que o clube da Senhora da Hora, da Cedofeita ou da Senhora da Luz "vendeu" tres jogadores por mais de 40 milhões de euros, apesar deste forró, o negócio do futebol vai de mal a pior... Hoje fiquei a saber, pelo Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Profissionais da Bola, que é urgente uma tomada de posição por parte do Presidente da República. "Cavaco tem de chamar a Belém clubes, Federação e Governo". Para falar de quê? -- "Sobre o excesso de futebolistas estrangeiros a actuar em Portugal". O sindicalista reclama de Cavaco Silva "uma activa magistratura de influência", para que o futebol nacional possa criar um muro à sua volta. Isto não pode continuar: equipas portuguesas, dirigidas por portugueses e orientadas por lusos, sejam constituidas maioritáriamente por estrangeiros -- desabafa o sindicalista do futebol... Depois do "buraco" na Madeira, causado pelo respectivo soba, temos agora mais uma desgraça: a falência do futebol luso. Mas eu não acredito que a troika aceite fazer um acordo monetário para resgatar a Futebolândia nacional do colapso financeiro. Sim, o problema não está no espaço Shenguen e no que ele impõe, mas sim na falta de dinheirinho... A Futebolândia vive das transações multimilionárias, e julga que é a altura ideal para sacar mais dinheiro do Estado, através do "euromilhões" ou de saques especiais de conta do Estado. Eu não acredito que o xenofobismo tenha chegado ao futebol, ou que haja quem queira acabar com a livre circulação de "mercadorias". A questão é que a Futebolândia sempre viveu à sombra do Estado, e quer aproveitar os excedentes que possam ficar do empréstimo da troika. Tal como fez o soba da Madeira.
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