Já foi largamente discutida a possibilidade de os "ricos pagarem a
crise", sem que, até ao momento, saibamos como vai o Governo proceder para taxar os ricos. Quando, no meio da discussão, parecia desenhar-se um consenso e uma fórmula fiscal para o Estado cobrar aos "ricos" deste país, a quota-parte que lhes cabe para resgatamos Portugal da crise em que se encontra, eis senão quando, aparece Cavaco Silva a dizer (por intermédio das televisões e não do Facebook, como se tornou habitual) que seria um disparate taxar os ricos... O Presidente Cavaco Silva prefere um imposto sobre heranças, doações e transmissões. Em sua opinião, os ricos não devem fazer sacrifícios, ainda que seja numa emergência nacional. Enfim. Mais valia que o Presidente estivesse calado, na sua torre de marfim. Por mim, sugeria o seguinte: esqueçam as taxas, as percentagens, os números. Os "ricos" deste país não são muitos, mas serão, concerteza, tão ou mais patriotas quanto o são aqueles que querem ir-lhes ao bolso e não sabem como o fazer... Nesta emergência, apelem aos "ricos" sim, para contribuirem para um "fundo de resgate nacional"-- na medida das suas posses e de acordo com a sua consciência. Estou certo que todos eles irão contribuir. Tudo o mais, só serve para o BE e o BCP alimentarem as suas acções de protesto, à boa maneira antiga, condenando os "ricos a pagarem a crise".
Atenção: o ministro da Propaganda, Miguel Relvas, que tambem é
pedreiro-livre e usa avental de maçon, continua empenhado em manobras de contra-informação, todas elas destinadas a desviar as atenções da opinião pública para fait-divers, justamente no momento em que o Governo se prepara para tomar "medidas que em Portugal não eram tomadas há mais de 50 anos". Vamos entrar em Setembro, o mês de todas as provações, de sacrificios enormes para os portugueses, e de execução de medidas exigidas pela troika. Não admira pois, que Miguel Relvas, o ministro da Propaganda de Passos Coelho, queira continuar com o caso das escutas Optimus, por forma a ocupar os telejornais diários com este assunto. Desejo, sinceramente, que o Parlamento não se perca neste labirinto, e esqueça a "saraivada" de cortes e recortes que este Governo nos vai impôr.
No sabado, António José Seguro esteve com jovens socialistas. No
domingo, esteve na Madeira. Fez discursos sem chama, sempre no mesmo tom de voz, e sem arrancar aplausos calorosos. Tozé Seguro gosta de fazer política "com elevação e cortesia", mas assim não vai longe. Todos os líderes que têm ido à Madeira, fazem o seu discurso em mangas de camisa, mas Seguro não larga o casaco (não quererá mostrar a sua obsidade?). Assim não vai lá, não consegue chegar a bom porto. E teve o azar com o DN de domingo, que relatou a rentrée do BE com Louçã, ignorando a intervenção de Seguro na Festa da Juventude...
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