O Prof. Marcelo, ilustre pregador da TVI, onde dispõe de água-benta,
e sacristia própria para as suas eucaristias dominicais, deu-nos conta, na tarde de ontem, de um "temporal" que se abateu sobre Celorico de Basto. Pouco haveria a dizer, se apenas se tratasse de uma trovoada, mas o caso mostra que a influência do Prof. Marcelo sobre o clima, vai além dos seus dotes professorais. Ele consegue influenciar os acontecimentos, consegue criar milagres e provocar estados de alma na Natureza. O temporal abateu-se sobre Celerico de Basto, terra natal de Marcelo, justamente em dia de romaria, e na altura em que se realizava um espectáculo de variedades, em recinto de feira, e num planque improvisado. A Natureza, com a sua força, mobilizou-se contra aquela festa pagã, por intermédio de forte ventania e chuva torrencial, destruindo o palanque da música pimba. Houve feridos e mortos, e, portanto, havia necessidade de relatar o estranho acontecimento. E lá se apresentou o "repórter" Marcelo, pronto para fazer um "directo" pela TVI. Onde está Marcelo está o Diabo, perdão, onde está Marcelo pode estar o cáos, porque ele é agoirento e gosta de semear a confusão. À tarde, em Celorico, e à noite, em Queluz de Baixo... O Professor Marcelo é mais rápido do que a sua sombra. A análise que faz da política nacional, é manhosa, traiçoeira e côr de laranja.
À hora a que o Prof. Marcelo reportava o temporal em Celorico da
Beira, tambem chegavam notícias de Madrid, relatando um terrível "temporal" que se havia abatido sobre o local onde Beneditus XVI pregava aos jóvens. Embora seja considerado um "santo", e muito poderoso sobre a Terra, Beneditus XVI foi incapaz de superar as contrariedades da Natureza. O "santo" homem queria ler o discurso final, escrito numa folha A4, e o deus Eólo não lho permitia. Éólo soprava de todos os azimutes, revolteava a batina do "santo", salpicava-lhe a folha que tinha na mão, e nem os bispos à sua volta conseguiam parar a chuva e o vento que, apesar de muitos guarda-chuvas brancos, molharam todo o séquito papal. Ouvi dizer que ele (o mafarrico), tambem andou por lá, por Madrid, nestes dias de visita ecuménica, para irritar tudo e todos. Tambem é verdade que ninguem do séquito papal se lembrou de levar água-benta, para atirar ao mafarrico. Este gesto poderia pôr fim às provocações do dito, que, segundo dizem, não suporta o cheiro da água milagreira, com cheiro a oliveira.
Ainda estamos na silly season, não é verdade?
LER OS OUTROS
MAIS LEITURAS
BLOGS ANTERIORES