Neste momento, o que o país menos precisava, era de uma greve geral. Numa altura em que deviamos unir esforços para superar os efeitos da crise financeira, económica e social, fazer uma "greve geral" é contribuir para a ganância e a soberba dos especuladores financeiros que nos compram a dívida a juros descontrolados, numa usura insaciável de mortandade. Esta greve nada resolve, tudo agrava, mas os sindicatos apensos aos partidos de esquerda, sempre defenderam uma política de "terra queimada". Este é o tempo ideal para a demagogia, o populismo e a fome de protagonismo dos partidos que "tudo prometem", mas nada fazem pelo país. Apenas pensam em aproveitar o descontentamento legítimo dos trabalhadores e reformados para capitalizarem "uma grande vitória" com esta greve. A greve vai passar, mas a crise fica ainda mais acentuada e os problemas do país ainda mais complicados. Uma greve geral, no actual contexto económico-financeiro, nada resolve, nada de bom vai deixar para os portugueses. Assim como não resultou na Grécia, em França, em Espanha e agora na Irlanda. O problema é global e, para nós, de nível europeu. Se daqui por tres meses tivermos que recorrer ao FMI, quantas greves irão fazer os sindicatos manipulados pelos partidos fora da área do governo? Quem vai suportar as medidas implacáveis aplicadas pelos monetaristas do FMI? A quanto subirão os juros da dívida soberana?
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