Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2012

Estamos a fechar o ano de 2012, um ano cheio de horrores provocados por

esta gente que nos governa. Amanhã abrimos com um novo ano, o ano de 2013, que para muita gente é um ano agoirado, não apenas por ser o 13º do Milémio, mas por causa do "enorme aumento de impostos" orçamentado por este Governo de neoliberais. Com este Governo de mentirosos, de burlões e de farsantes, só é de esperar o pior que está para vir. Em Belém está o esfíngico presidente Cavaco Silva, que ajudou esta gente a chegar ao poder, fazendo discursos obscenos contra Sócrates. "Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos" -- atacou Cavaco Silva, em 2011 no dia da sua tomada de posse, na sessão solene da Assembleia da República. Desde então, até agora, Cavaco Silva não mais apelou ao "sobressalto cívico" dos Indignados contra este Governo. Cavaco apadrinhou esta gente. Está tudo dito. O Governo desta "gente honrada" continua a massacrar o povo português, enquanto o bando dos cavaquistas que assaltou o BPN, continua a lamber-se com o produto do saque, sem que até agora fossem punidos.

Lá por fora, continua a ouvir-se o côro dos "ajustamentos necessários" para

o equilíbrio das contas públicas, dirigido por Angela Merkel, e que muito agrada à banca alemã, holandesa e francesa, pois com a crise das "dívidas soberanas", têm enchido os cofres que estavam vazios por causa das perdas no subprime americano (lixo referente a derivativos de "crédito imobiliário de alto risco", creditados pela Standard & Poor's com AAA). A "indústria financeira" atacou as dívidas soberanas de países fragilizados, e ganhou essa batalha. Os juros da dívida portuguesa renderam, este ano, 57% aos especuladores (aos "mercados"). É este, cetamente,  o índice de credibilidade que os "mercados" atribuem a Portugal e que tanto ufana a Passos Coelho. Longe ficaram a Irlanda, a Espanha, a Itália. Veja-se os valores para cada um daqueles países. Convém lembrar que a Irlanda não tinha problemas económicos. O problema da Irlanda foi a falência do sistema bancário, atascado no subprime americano. e foi ameaçada pelo Reino Unido, caso não pagasse os depósitos aos seus clientes, efectuados no Anglo-Irish Bank. Já o fizera à Islândia. O resgate da Irlanda foi para salvar o sistema bancário. A economia continuou a crescer e está em bom andamento. Por todo este embuste, criado pelos "mercados", estamos nós a sofrer. Ora, como Passos Coelho ama estes "mercados", endoidou de paixão, arrastando com o país para um buraco sem saída.

Penso que a "corda vai estoirar", este ano.

Desejo a todos os meus leitores muita coragem e determinação para enfrentar o pior.

 



publicado por Evaristo Ferreira às 15:04 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2012

O défice das contas públicas em 30 de Setembro alcançou os 5,6%. O objectivo

do Governo para este ano era de 4,5%. Dadas as dificuldades na Zona Euro, a Troika já havia acordado, com o Governo, num novo número, ou seja, 5%. Mas nem este objectivo vai ser cumprido pelo Governo de Passos Coelho. No final do ano o défice atingirá pouco mais de 6%. Todavia Passos Coelho continua a insistir nos 5%. Com a venda da ANA à VINCI, por 3,080 mil milhões de euros, o Governo vai, mais uma vez, aldrabar o resultado efectivo do défice das contas públicas nacionais. Em 2011, para cumprir o défice de 6,5%, Passos Coelho serviu-se dos Fundos de Pensões dos Bancários para "mascarar" as contas. Arrecadou 6,000 mil milhões, dizendo que era o último ano que faria tal manigância. Ainda por cima, esqueceu-se de provisionar as pensões a pagar em 2012 aos bancários no montante aproximado de 450 milhões de euros, o que obrigou o Governo a fazer um Orçamento Rectificativo em Fevereiro, expediente que Passos Coelho usa com frequência para rectificar os erros orçamentais cometidos. Para quem dizia, no tempo de Sócrates,  que "o país não podia andar de PEC em PEC", este uso e abuso dos Rectificativos, tem sido inflacionado por Passos Coelho. Foi Manuela Ferreira Leite quem iniciou este processo, ao vender dívidas ao CITIbank no montante de 1,780 mil milhões que depois acabaram por ser devolvidas, em grande parte por incobráveis, forçando o Governo de Sócrates a contabilizar essas perdas. Agora, falta saber se o Eurostat e/ou a Comissão Europeia vão aceitar mais este malabarismo, já que este processo configura um embuste, e muita falta de rigôr. No ano passado, ao querer "ir além da Troika", Passos Coelho fez com que a recessão do país se aprofundasse. Este ano, para cumprir o défice e ter credibilidade junto dos "mercados", Passos Coelho obrigou os portuguses a "emigrar" ou então a passar fome, com um corte brutal no rendimento das famílias. Apesar deste sacrifício e da política do "custe o que custar", Passos Coelho não vai conseguir alcançar nenhum dos objectivos orçamentais em 2012. Utilizar, para o efeito, os dinheiros da ANA, é "mascarar" as contas, é continuar a varrer o lixo para debaixo do tapete, é uma falta de rigôr e de transparência -- palavras estas que foram tão apregoadas por esta gente durante a campanha eleitoral, mas que depois esqueceram, logo que chegaram ao "pote".

Os esteios deste Governo: Passos Coelho parece limpar uma lágrima

furtiva, e Vitor Gaspar, em desespero, tenta evitar um ataque de nervos.



publicado por Evaristo Ferreira às 17:17 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2012

Neste fim de ano terrível o Pai Natal colocou no sapatinho dos portugueses

as histórias de torna viagem de um aventureiro que dá pelo nome de Artur Baptista da Silva (ABS). Entre as cenas de estupefação, hilariedade e de indignação, vindas de diversos sectores da vida nacional, em desabono do sujeito ABS, tivemos ainda a acusação feita ao farsante, que foi rotulado como um "grande burlão". A mim já nada me surpreende, neste país de burlões. Depois do Alves dos Reis, do Vale e Azevedo, do Duarte Lima, e do bando que "assaltou" o BPN, sinceramente, já nada me surpreende. Trata-se de gente "honrada", que não o sendo, comete as maiores patifarias, mente com todos os dentes, e pensa que, para os outros serem tão honestos quanto eles são, têm estes que nascer duas vezes. Depois de ver gente sem carácter, como é o "licenciado" Miguel Relvas -- braço direito de Passos Coelho -- e do mentiroso-mor (nosso actual primeiro-ministro), sinceramente, já nada me surpreende. Já nem o líder do Partido do Contribuinte me causa asco, quando leio que este senhorito, mos últimos 15 meses, esteve ausente do país, em viagens pelo estrangeiro, durante 57 dias, ou seja, "passou três vezes mais tempo a vender o país fora do velho continente do que na Europa". Em minha opinião, esta ausência, deve-se mais à necessidade de Paulo Portas marcar falta nos actos de governação (nos cortes sociais e no aumento de impostos), para mais tarde recordar: eu não consto dessa fotografia, essa não é aminha praia. Com gente desta, sem honorabilidade, sem experiência governativa, sem sensibilidade social, sem uma visão para o país, que só cuida dos "mercados" e executa as ordens vindas de Berlim, este meu país está transformado num inferno de belzebus. Até o ministro da Defesa, que me parecia ter tino, está a descambar para o lado dos burlões. O ministro Aguiar Branco, coloca as tropas em parada, e faz-se, estrada fora, até ao Porto, para despachar o expediente do seu escritório de advogados, que está a engordar, agora que tem o branch da Cuatrocasas, o maior escritório de advogados do país vizinho. É assim, os nossos governantes deixam a Troika governar o país, e eles, governam-se, dilatando o ramo dos seus negócios pessoais. Este bando de patrioteiros, que se apresenta com o pin da bandeira portuguesa na lapela, está a conduzir o país para a ruina, enquanto se cuidam, enquanto se promovem. Este é o país do pedrofacebook, que hoje tripudia com a vida dos portugueses e no dia seguinte aparece no Facebook a condoer-se por ter agredido e desfeiteado a vida a milhares de portugueses. Isto é uma farsa. Não admira pois que os pedros, os relvas, os silvas e afins continuem a pulular neste país. O burlão ABS não é mais nem menos do que estes aldrabões. É igual. São todos formatados, e têm selo de garantia daquilo que sabem fazer: burlar os outros.

(Cartoon publicado no Jornal de Angola).



publicado por Evaristo Ferreira às 14:49 | link do post | comentar

Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2012

Feliz Natal a todos. Estou de volta no dia 26.

Tal como os gregos, os portugueses só já têm a árvore de Natal para se aquecer.

(Cartoon arrastado do Ekathimerini, jornal de economia grego).



publicado por Evaristo Ferreira às 18:06 | link do post | comentar

Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2012

Nunca a política desceu tão baixo cono agora, com esta "gente honrada".

O país vive numa bandalheira total em sectores vitais da sua economia. A actividade dos cidadãos arrasta-se, penosamente, nas principais cidades, onde os transportes públicos intermodais raramente funcionam como era dantes. As greves sucedem-se, na totalidade ou em partes do dia. Os horários raramente são cumpridos. E ninguem é penalizado, a não ser os utentes, que compraram passe ou obtém o bilhete antes de entrar nas gares de partida. O exemplo da bandalheira total é o que se passa na Linha de Cascais. Sendo esta uma das poucas linhas da CP que tem um saldo de exploração positivo, é, no entanto, aquela que tem carruagens mais antigas e onde a bagunçada é maior. Os horários raramente são cumpridos à risca, e rara é a semana que não haja greves, ora dos maquinistas, ora do pessoal de bilheteira, e até da limpeza. No verão há carruagens a funcionar com ar aquecido; no inverno há outras a servir com ar frio. A maior parte das carruagens foi completamente vandalizada com pinturas psicadélicas, como se fossem um mural de tags. Ao longo do percurso Cais do Sodré-Cascais ninguem conseguia ver o mar nem o rio que correm em paralelo. Não se enxergava nada lá fora. A imagem pictórica das velhas carruagens manteve-se assim, durante largos meses. Houve protestos dos utentes, mas a administração da CP não se sentiu responsabilizada. Esta linha da CP é bem o retrato da bandalheira que se instalou no país com esta "gente honrada". Soube agora que o Governo recusou a oferta de Efromovich para comprar a TAP. Vá lá, houve bom senso. No entanto a bagunçada relvística grassa por todo o lado: é assim na RTP, é assim na Lusa, é assim no negócio panamiano engendrado por Miguel Relvas. Agora a bandalheira alastra às forças policiais, com o Governo a impôr uma polícia civil sem investigação e uma outra polícia republicana com armas e poder judicial. Todavia, Miguel Macedo, ministro das polícias, de nada sabia. Éste Governo só faz bagunçada. A Casa da Música, cartaz turístico e cultural a nível mundial, tinha um corte de 20% e agora subiu para 30%, razão pela qual a sua Direcção se demitiu em bloco. Este Governo odeia a Cultura. "Isto é uma fatalidade. Aquilo que o Estado atribui à cultura são feijões" -- João Braga, fadista. "Música tem sido papel higiénico do Governo" -- Rui Reininho, músico. "A cultura é sempre a desgraça da família" -- Simone de Oliveira, actriz/cantora. "O secretário de Estado da Cultura é humilhado porque nem representatividade tem no Governo"-- Pedro Abrunhora, músico.  Assim vai este país de eunucos, tecnocratas, gente sem identidade cultural.

Lago Titicaca, situado no planalto andino, entre o Perú e a Colômbia, a mais

de 3.800 kilómetros de altitude.. Os nativos locais vão comemorar a nova era

que aí vem, e terá início amanhã, 21-12-2012. Deus queira que eles tenham

razão, pois este mundo está a precisar de uma nova ética na política mundial.

Ora, nem mais... A novela continua. (Cartoon do Jornal de Angola).



publicado por Evaristo Ferreira às 16:28 | link do post | comentar

Terça-feira, 18 de Dezembro de 2012

Este Governo continua a ser uma trapalhada. Nem depois de criada a

Comissão Coordenadoa da Coligação conseguimos ver Passos Coelho e Paulo Portas de mãos dadas. Continuam a não se entender nem a assumir o casamento de conveniência. Portas viajou para o Kwvait, para aumentar as exportações. Sobre a situação política nacional não se pronuncia. Quando está em "serviço fora do país" não comenta nada do que se passa na Coligação -- respondeu aos jornalistas. Já Passos Coelho, que agora se encontra na Turquia para promover as exportações, esse sim, gosta muito de falar sobre questões políticas quando está fora do país. Todavia, Passos Coelho é o mesmo e o contrário do parceiro Paulo Portas. Uma vez que o "licenciado" Miguel Relvas, como ministro-adjunto do PM, não tem credibilidade para ser ouvido, resta ao Governo o super-ministro Vitor Gaspar, para que responda a tudo e todos sobre a política nacional. Assim foi hoje no Parlamento e será assim sempre, porque se Pedro e Paulo não se falam nem aparecem a dar a cara, nem tão pouco a Comissão Coordenadora da Coligação tem poder para forçar o entendimento entre um e o outro, é evidente que o Governo está a desgovernar em piloto automático. Que raio de namoro este , o de um Governo bicéfalo.

O chefe do Partido do Contribuinte, como director do Independente, levou à queda de

ministros e fez a vida negra ao então primeiro-ministro Cavaco Silva. E continua a corroer:

"Se o problema de Portugal é o défice de Estado, não é justo pretender que o sector

privado tenha a mesma responsabilidade de ajudar".  Manhoso, subreptício, parcial!...



publicado por Evaristo Ferreira às 15:01 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2012

Enquanto se aguarda pela promulgação do OE-2013, pelo Presidente da

República, o primeiro-ministro aventurou-se, este fim-de-semana, a sair de S. Bento sem ser alvo de protestos públicos. Aconteceu, desta vez Passos Coelho não foi apupado nem vaiado, talvez por não ter sido anunciada a sua ida a Fátima -- não para rezar e confessar os pecados cometidos, mas para assistir ao encerramento do Congresso da JSD. Tratou-se de uma visita familiar, a um alfôbre de jotinhas estilo "doutor" Relvas. Portanto, Passos Coelho estava à vontade para botar discurso, e, como sempre, excedeu-se nas "caneladas" a alguns dos actuais senadores do PSD. Falando do cortes nas pensões dos reformados, referiu que em 2013 "o contributo maior" que lhes é exigido não viola a Constituição, até porque "alguns não descontaram na proporção daquilo que hoje ganham". Esta seria uma resposta a Cavaco Silva, dizem alguns comentadores. O professor Marcelo afirmou que esta indirecta, era "uma canelada" ao Presidente Cavaco. A ser verdade tudo isto, Passos não sabe do que está a falar. Esqueceu-se de que Cavaco Silva "nunca tem dúvidas e raramente se engana". Vamos ver qual dos dois não tem dúvidas sobre a inconstitucionalidade do corte nas pensões daqueles pensionistas "que não descontaram para ter aquelas reformas", ou seja, Cavaco, Catroga, Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite, etc. Agora que tocou a esta gente, estou para ver como vai acabar este rol de cortes nas reformas e pensões acima de 600 euros... Á margem de todo este debate, o líder do Partido do Contribuinte, Paulo Portas, resolveu apanhar o avião e ir até aos países do Golfo, acompanhado de um séquito imperial, para vender rolhas de cortiça e rendas de bilro. Que maravilha!... Que será feito da Comissão de Coordenação da Coligação?

Passos não tem perfil de estadista. No Parlamento, tão depressa se arrepia como se acalma.

Com os jotinhas do PSD, deixa-se embalar pelos jovens aspirantes, e resvala prá "canelada".

Aos eleitores prometeu cortar nas "gorduras do Estado", mas optou por subir os impostos.



publicado por Evaristo Ferreira às 15:29 | link do post | comentar

Sexta-feira, 14 de Dezembro de 2012

Os portugueses desesperam com a crise, mas o pior está para vir, em 2013.

Até agora, a Troika e o Governo, têm-se preocupado apenas com a redução do défice das contas públicas. Nem a Troika nem o Governo se lembrou do efeito da deflação causado pela queda geral dos preços na economia. Em 2011 o Governo arrecadou 2,700 mil milhões com a venda da EDP, cujo valor se destinava a reduzir a dívida em 1,6%. Um ano depois, por efeito da deflação dos preços, a dívida pública subiu mais 2,5 pontos aumentanddo o rácio da mesma. Convém lembrar que o rácio da dívida é calculado (grosso modo) dividindo a dívida pelo PIB nominal. O Governo no início do ano previu um deflator do PIB de 1,7%, mas depois, em Setembro, o INE acabou por rever em baixa para 0,3%, donde resultou um corte de 2.000 mil milhões de euros no PIB nominal, aumentando em 2,5% a dívida nacional. Como a OCDE prevê um deflator negativo para este ano, a dívida pública vai subir mais umas décimas. Bem pode o Governo remediar este descalabro financeiro com o montante da receita de privatização da ANA. A deflação causada pela descida dos preços (excluido o aumento do IVA), vai conduzir o rácio da dívida para os 124% em 2014. No entanto a Troika já havia apontado para 110%, e podemos admitir que, com o agravamento da deflação, o rácio da dívida chegue aos 128% do PIB nominal. Por este caminho, vamos seguindo os passos da Grécia. Não admira pois que os especialistas estejam preocupados com a impossibilidade de Portugal entrar em incumprimento. Baixando os preços, baixa o PIB. Mas esta "gente honrada" não se preocupa com a deflação. Apenas quer reduzir o défice das contas públicas para agradar aos "mercados".  Conduziram-nos até aqui, à beira do precipício, e continuam cegos e autistas.

Vista geral do Interior da Catedral de Brasília, obra prima de Oscar Niemeyer.



publicado por Evaristo Ferreira às 14:58 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 13 de Dezembro de 2012

O Governo de Passos Coelho continua aos zigzagues e a fazer propaganda.

O primeiro-ministro, sempre que vai a Bruxelas, aninha-se ao lado da senhora Merkel, quando se trata de tirar a fotografia. Por cá, vai inventando o que já foi inventado e teorizando sobre coisas sem nexo. O ministro (do que resta do ministério da Economia), o hiperactivo, estouvado e sempre-em-pé Álvaro [Santos Pereira], continua a descobrir a pólvora e o guilho, com os quais pretende levar por diante a "estratégia do fomento industrial". O Álvaro quer voltar ao passado, aos Planos de Fomento, iniciados pelo Botas em 1953. Para um neoliberal, esta ideia, devia representar um dichote, uma divertida anedota, mas o ministro Álvaro, está convencido de que é possivel "planear a economia" sem a intervenção do Estado. Até já conseguiu criar o "Grupo dos Amigos da Industrialização". O ministro Álvaro, por este andar, continua a ser o melhor propagandista do Governo. Só que, hoje mesmo, o vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, apresentou a Cavaco Silva, um relatório com mais de 500 páginas destinado a "aprofundar a democracia", a "reformar o Estado", a "captar investimento", a "aprofundar a integração europeia", e a "criar uma verdadeira estratégia orçamental". A "Plataforma de Crescimento Sustentável" -- assim se chama o projecto de Jorga Moreira da Silva -- sobrepõe-se a tudo o que o ministro Álvaro tem prometido fazer, até agora. Eu penso que a Plataforma de Crescimento Sustentável é um projecto de ideias muito credível. E o seu autor não é um simples académico, como é o ministro Álvaro. Jorge Moreira da Silva é licenciado em Engenharia Electrotécnica e pós-graduado em Alta Direcção de Empresas. Foi presidente da JSD, eurodeputado, esteve no governo de Barroso e depois com Santana Lopes, e foi consultor do presidente Cavaco Silva. Trabalhou na ONU, como director da área Economia e Energia.. Foi consultor do BEI e da União Europeia. A Plataforma de Crescimento Sustentável (PCS) foi criada antes de ser nomeado vice-presidente do PSD.  A PCS desenvolve 5 áreas para o investimento, nas quais apresenta 511 medidas para a sua execução. Acredito que este projecto não é apenas mera propaganda, como parecem ser as ideias do ministro Álvaro. A PCS tem em vista um novo modelo de desenvolvimento para o nosso país. Merece, portanto, ser apreciada e discutida. Nela trabalharam cerca de 400 pessoas. Uma ideia interessante que propõe, e destaco aqui, é esta: "substituição da sobretaxa do IRS de 3,5% por uma taxa de carbono cobrada a todos os agentes económicos, de empresas e consumidores, que renderia cerca de 720 milhões de euros".  Há de facto outro caminho, que não o da Troika e de Passos Coelho, para sairmos desta crise. É tempo de acolher os think tank e pôr de lado o frenético e estouvado defensor do cluster "pastel de nata" e "frango de churrasco".  Espero que este projecto não seja rejeitado liminarmente pelo PS.

Novos arranha-céus em Moscovo, à beira do rio Moskva, destinados a empresas internacionais.

A Rússia vai ter uma réplica de Sillicon Valey. Virou as costas à Europa e abriu-se às economias

asiáticas, à China, India e países da região (ASEAN), para constituir o maior mercado livre do

mundo. A Europa, com os seus pruridos contra Moscovo, vai ser prejudicada com esta deriva.



publicado por Evaristo Ferreira às 16:08 | link do post | comentar

Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2012

O Automóvel Clube de Portugal (ACP), dirigido por Carlos Barbosa, mais parece

uma "repartição do laranjal" do que um clube de condutores todo-terreno. Carlos Barbosa faz do ACP uma tribuna para atacar o actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, liderada por António Costa. O entusiasta das gincanas e dos ralis de fim-de-semana não dorme descansado enquanto não destronar António Costa. Fez campanha política contra Costa quando este restringiu o acesso dos carros sem catalizador à Baixa lisboeta; fez campanha política contra Costa aquando das alterações ao trânsito na avenida da Liberdade; fez campanha política contra Costa quando o autarca implementou um novo sistema de acessos e saídas à Rotunda do Marquês de Pombal; fez campanha política contra o Governo de Sócrates, sobrepondo-se aos tribunais portugueses, quando pediu uma auditoria às Parcerias Público-Privadas das ex-Scuts. O director do ACP não dorme, não descansa, não cuida de si, devido à luta que trava contra o PS, contra Sócrates, e contra António Costa. O gestor não vê outra coisa com que possa distrair-se, e o seu envolvimento na luta política contra o PS é tanta, que até deixou os ladrões assaltarem-lhe a casa, donde levaram valores no montante de 6 (seis) milhões de euros. O homem confunde os ladrões, está totalmente paranóico, colocou os meios de publicidade do ACP ao serviço dos seus instintos de vingança contra o PS. Não satisfeito com isso, Carlos Barbosa, por estes dias, gastou milhares de euros do ACP na compra de páginas inteiras dos jornais diários (e semanários?) a apelar à insurreição dos automobilistas, a fim de convencer o autarca de Lisboa a repôr as regras de trânsito que vigoravam antes de António Costa liderar a cidade, tanto na Avenida da Liberdade e Marquês de Pombal, como na Baixa lisboeta. Eu pergunto-me: quem é que paga tanto espaço politico-partidário, comprado aos jornais diários? Eu sou um deles, concerteza. Mas pela última vez. Quando chegar o aviso para pagar a quota do ACP, vou fazer-lhe o manguito... Aconselho outros a cortar nas receitas do ACP, por estar ao serviço do laranjal.

A Europa treme de frio. Na Croácia a neve atingiu nalguns pontos 1,2 metros

de altura (nesta foto) e as temperaturas baixaram até aos -14º centígrados.

Berlim tem estado debaixo de fortes nevões, com temperaturas muito baixas.

A senhora Merkel, por estes dias, deve sentir saudades das horas que viveu

em Lisboa, quando veio visitar Passos Coelho e almoçou no Forte de S. Julião.



publicado por Evaristo Ferreira às 14:50 | link do post | comentar | ver comentários (4)

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