Sexta-feira, 30 de Novembro de 2012

Um grupo de 78 notáveis cidadãos dirigiu uma carta ao primeiro-ministro

pedindo-lhe para se demitir. Claro que Passos Coelho não vai seguir o conselho daqueles patriotas, por tres razões. Primeiro, porque Passos Coelho está obcecado em destruir o Estado Social, herança deixada pela Revolução de Abril. Segundo, porque Passos Coelho não tem a percepção do sofrimento que está a causar à maioria dos portugueses. Terceiro, porque Passos Coelho está alucinado por efeito dos resultados obtidos pelo seu Governo -- que são desastrosos, mas que ele acha que são milagrosos. Alem deste estado de paranóia refundadora, Passos Coelho continua a receber apoios (minoritários, mas de peso), cá dentro e lá fora. E é para corresponder a esses apoios, que Passos Coelho continua a trilhar o caminho do abismo. Cá dentro, tem o apoio das polícias e dos militares, a quem ja prometeu aumentos de 11,4% em 2013. Tambem tem os protestos dos trabalhadores, dos reformados e de alguns pequenos empresários. Mas essa gente não preocupa Passos Coelho, nem teme por uma revolução, pois conta com as forças de segurança para o proteger. Por tudo isto, faz sentido que o povo se organize em grupos de pressão, por forma a clarificar a situação política, e a levar à queda do Governo. A Carta dos 78 é uma boa arma de guerrilha para se alcançar esse objectivo. Outras "armas" é preciso inventar para intensificar a onda de repúdio que vai crescendo de dia para dia, contra o Governo neoliberal. Quanto à estrela de Belém, está morta, perdeu o brilho. (Um aparte: segundo informação que me foi prestada, o chefe da casa civil, mandou comprar seis caixas de remédios contra a prisão de ventre. A doença é incómoda, e pode provocar a fobia das multidões).

Continua a nevar em Moscovo. A Grécia foi assolada por chuvas torrenciais.



publicado por Evaristo Ferreira às 15:09 | link do post | comentar | ver comentários (3)

Quinta-feira, 29 de Novembro de 2012

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho falou ontem ao país, através da

televisão. Queria explicar aos portugueses as linhas gerais do Orçamento de Estado para 2013, e justificar a política do "custe o que custar", que tem originado cortes profundos nas funções sociais do Estado, designadamente na Saúde, no Ensino e na Segurança Social. Passos Coelho deu a cara pela Refundação do Estado, mas pouco disse sobre o "enorme aumento de impostos" que enforma os alicerces do OE-2013. Tambem não o ouvi falar sobre o corte das pensões, do confisco de subsídios de Férias e de Natal, da taxa extraordinária de 4% (3,5%) do IRS, da redução dos escalões do IRS, etc., etc. O primeiro-ministro não trouxe uma réstea de esperança, nem uma palavra de conforto para os desempregados. A nota saliente foi o nervosismo de Passos Coelho, a sua irritação perante as perguntas dos entrevistadores, o autismo demonstrado perante a realidade dos factos. O primeiro-ministro continua convencido de que está no "bom caminho", e é isso que verdadeiramente lhe interessa. O resto logo se verá. Navega à vista, com a benção de Merkel, o trabalho de Gaspar, e o apoio do ministro das finanças alemão, senhor Schäuble. O cérebro de Passos Coelho está atulhado de folhas de cálculo, e a sua idiosinscrasia são os "mercados"; já os problemas sociais causam-lhe azia e dores de cabeça. O primeiro-ministro é casmurro, lunático, autista e incapaz de governar Portugal. Vai levar este país para o cáos.

Passos Coelho "está no bom caminho" -- dizem-lhe lá fora. E ele acredita, leva

à letra as recomendações, as lôas e os elogios... E conduz o país para o abismo.

(Cartoon do Ekathimerini, jornal económico grego).

 



publicado por Evaristo Ferreira às 14:45 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012

"Ou vamos para eleições no país ou vai o PSD".

Foi assim que tudo começou, e foi assim que esta "gente honrada" chegou ao "pote". O autor deste desafio foi o consul Marco António, oficial às ordens de Filipe Menezes, presidente da Câmara de V N Gaia, que por sinal é a autarquia mais endividada do país. Passos Coelho, que já levava um ano como Presidente do PSD, para não desagradar aos boys do partido, resolveu chumbar o PEC-4, que haveria de levar à queda do Governo PS, à demissão de José Sócrates, e à convocação de eleições, prontamente anunciadas pelo Presidente Cavaco Silva, que assim realizava o velho sonho de Sá Carneiro: um Presidente, um Governo e uma Maioria.

Quando esta "gente honrada" chega ao poder, tem como almofada política

o Memorando de Entendimento negociado com a Troika, e tão ansiosamente desejado por Passos Coelho, que trazia na algibeira os pergaminhos do neoliberalismo. Tudo o que houvesse para fazer, não era por vontade desta "gente honrada", era por imposição da Troika, diziam eles. Mas a alegria e o delírio eram tão evidentes, que o Governo low-cost de 10 ministros, 35 secretários e duzentos e tal "peritos", "assessores" e "conselheiros" se transformou numa máquina trituradora de direitos adquiridos. Adoptaram como marca, o pin da bandeira nacional na lapela e como lema "iremos alem da Troika"-- "custe o que custar". O efeito produzido pelas medidas tomadas pelo Governo destes estarolas, está à vista: (1) queda do investimento público e privado, (2) 16% de desemprego, (3) queda drástica do consumo interno, (4) aumento brutal dos impostos, mas com queda acentuada da receita fiscal, (5) défice incontrolável, (6) aumento da dívida pública de 92 para 124% do PIB, (7) e aumento de falências cada vez em maior número.

Ao fim de ano e meio de governação neoliberal, que futuro vai ser o nosso? Vamos a caminho da Grécia, inexoravelmente. Todavia, os ranhosos estão convencidos de que o maná está para breve, e cantam hossanas à obra conseguida. Esta gente está a delirar... ou ficaram todos loucos?

O consul Marco António está à esquerda de Passos Coelho, à direita deste está o

massagista contratado para "amaciar" o discurso do Governo e as querelas entre

neoliberais,  social-democratas e o Partido do Contribuinte, que serve de muleta...

 



publicado por Evaristo Ferreira às 16:17 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Terça-feira, 27 de Novembro de 2012

Foi no último dia, mas a coligação de direita lá aprovou o OE-2013, depois de

muitos avanços e recuos, muitos protestos por parte da oposição parlamentar, e depois de muitas cambalhotas e números de circo exibidos pela Coligação dirigida por Passos Coelho e Paulo Portas. Frente ao Parlamento, esteve, como já vem sendo habitual, uma multidão a protestar contra a austeridade imposta por Vitor Oliveira Salazaspar, o ministro que encerrou o debate com um discurso cinzento, monocórdico e cheio de ilusões para o futuro. O ministro que conta os centavos, esteve igual a si próprio e à Troika: austero, insensivel, mecânico e repetitivo. A Via Sacra do povo português está para durar, e vai deixar muita miséria, a lembrar as ruas da amargura.

Cartoon publicado no Ekathimerini, jornal económico grego.

Cartoon inserido no Jornal de Angola editado em Luanda



publicado por Evaristo Ferreira às 14:46 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Segunda-feira, 26 de Novembro de 2012

O Paulinho das Feiras, que chegou ao "pote" na companhia de Passos Coelho,

foi cooptado para desempenhar o cargo do Foreign Office português. Paulo Portas, muda de cara conforme as conveniências e fala como se fosse um ventríloquo. Quando andava em campanha eleitoral, ia sempre beijar as peixeiras, as vendedeiras ambulantes, e bebia um copo de dois, caso fsse convidado para a taberna. Agora que chegou ao "pote", farta-se de viajar, graças ao cargo de ministro do Foreign Office. Aquando do início da guerra no Iraque,  em 2004, tinha a seu cargo a pasta da Defesa. Paulo Portas portou-se como um actor secundário, mas mandou construir dois submarinos. Como ministro da Defesa, mandou avançar a Armada Portuguesa para fazer frente a um pequeno barco, propriedade das WomenonWaves, que se dedicavam a distribuir preservativos nos portos do continente europeu. Já viram, a nossa Armada a enfrentar um navio de enfermeiras! Coisa ridícula. Pois agora que Portas tem a cargo os Negócios Estrangeiros, verificamos, mais uma vez, como ele é impulsivo, pouco diplomático, muito divertido e até corajoso, se avaliarmos bem o desafio que o ministro enfrenta. O caso é este: os Estados Unidos estão a realocar as suas forças armadas lá para os lados do Sol Nascente, e, por via disso, querem reduzir custos na Europa, designadamente nos Açores. Na Base Aérea das Lages, operam cerca de 800 trabalhadores, e o Pentágono quer reduzir este número para apenas 170. A esta situação respondeu o nosso ministro dos Estrangeiros, pura e simplesmente: Os Estados Unidos que esperem pela reacção. Esta atitude de Paulo Portas mostra bem o carácter belicoso do actual ministro dos Estrangeiros.  É preciso ser um homem de coragem, caramba! Que armas ou meios aéreos terá Paulo Portas para enfrentar a US Marine ou a US Air Force?... Algum submarino, equipado com mísseis balísticos? Será um drone, capaz de lançar rockets sobre o Pentágono? Estou para ver qual vai ser a reacção de Paulo Portas, quando o Pentágono mandar regressar à Homeland parte das esquadras estacionadas nas Lages. Eu  penso que isto não passa de uma fanfarronice de Paulo Portas. Em 2004 enfrentou, com sucesso, o derrame do Prestige e as WomenonWaves por mero acaso, embora ele tenha dito que foi por intercessão da Senhora de Fátima. Queira Deus que Paulo Portas não leve este país para uma guerra com os States, mais a mais numa altura em que todos nós estamos exaustos e deprimidos.

Paulo Portas promete uma "reacção" adequada às medidas de austeridade impostas pelo

Pentágono, que vai despedir mais de 600 trabalhadores na B.A. das Lages nos Açores...

Será que caminhamos para uma guerra com os States? Tambem era só o que nos faltava!



publicado por Evaristo Ferreira às 15:14 | link do post | comentar

Sexta-feira, 23 de Novembro de 2012

Fiquei hoje a saber que o BE se reuniu com o PCP e está agora à espera do PS.

Estou para ver como vai reagir o Tozé Seguro. Desde que o Magnífico federador, Francisco Louçã, achou por bem retirar-se de cena, depois de ter sofrido uma enorme derrota nas eleições de 2011, deixei de prestar atenção à actividade do BE. Já lá vão vinte meses, quando o BE deu a sua mão à direita para derrubar o Governo do PS, então dirigido por Sócrates. Se o BE fosse genuinamente um partido de esquerda nunca se teria aliado à direita para derrubar um Governo socialista. Mas tambem não me surpreende. O BE é uma federação de trotskistas, maoístas, albaneses, AOCs e de marxistas-leninistas reformadores. Não digo que seja um saco de gatos, porque não é. O BE tem gente letrada, académicos, historiadores, bons tribunos e muitos professores. Talvez seja por tudo isto que o BE mais parece um Bloco Escolar, com alunos a estudar demasiadas disciplinas, mas com poucas convicções políticas. O BE é um partido do contra, nunca um partido de Governo. E é destes partidos que a direita gosta, porque, por si só, nunca chegarão ao poder. Por tudo isto, e agora que o BE tem uma Direcção bicéfala, acho muito estranho que o BE venha hoje elevar-se em bicos de pé, a convidar o PS para "a convergência de forças de esquerda". Muito estranho mesmo. Estou para ver o que vai fazer Tozé Seguro. E, do lado BE, o que tem esta gente para oferecer? Uma futura aliança governamental? Mas como poderá o PS formar um compromisso eleitoral com o BE, se este partido quer "nacionalizar a banca", a PT, a Galp e as companhias de seguros? Como poderia o PS aceitar um parceiro de governo que deseja colocar Portugal fora da Nato, fora do FMI, do Banco Mundial e por certo fora da UE?  Por tudo isto o PS nunca poderá aliar-se ao BE e ao PCP. E os bloquistas devem saber que o PS não pode ir por aí, atrás do Bloco Escolar. Para procedermos às nacionalizações, tinhamos que sair da UE, e fora da UE, iamos juntarmo-nos a quem? À Coreia do Norte, à Birmânia (Myanamar) à Venezuela ou ao Irão? Cuba nem pensar, pois já está a fazer o caminho para abrir fronteiras e aceitar o capital estrangeiro. Eu penso que o que os bloquistas pretendem, é protagonismo e simpatia, para voltarem a iludir o seu eleitorado e reganhar os oito deputados perdidos nas últimas eleições... E é tudo. O que posso desejar ao BE de esquerda é apenas isto: se querem ser governo, sejam realistas, coerentes e acompanhem a evolução do mundo. Depois, juntem-se ao PS.

O Bloco tem uma direcção bicéfala. O João fala manso, diverge sem

atacar, a direita gosta deste homem. A Catarina, tem chama e sangue

na guelra. É mulher de luta. Quando chega a hora da decisão, quem

fala? Fala o sereno João Semedo ou a Catarina, que é dura e pura?

 



publicado por Evaristo Ferreira às 14:53 | link do post | comentar

Quinta-feira, 22 de Novembro de 2012

Passos Coelho e o seu Governo low cost continuam a remar contra a maré.

Desfasado que está pelos erros cometidos, e sem a legitimidade política da maioria dos portugueses, este Governo continua a cavar fundo para enterrar os mortos causados pela austeridade que vai "alem da Troika". Mortos, estão parte dos ministros deste Governo, mas Passos Coelho continua a contar com eles. Feridos de morte estão, o ex-licenciado Miguel Relvas, o estrangeirado Álvaro [Santos Pereira], a ministra da Lavoura, e o parceiro da Coligação, Paulo Portas que, querendo estar neste Governo, foge dele sempre que haja aumento de impostos. Secretários de Estado já foram tres, número que consta no registo de óbitos deste Governo. Mas Passos Coelho continua a manter o seu executivo, como se estivesse tudo bem, tudo vivinho da costa, como se tudo fôsse "transparente" e pleno de" rigôr". Esta gente comporta-se sem sem ética, pudor nem transparência na actividade política. Esta gente passa a imagem de que, para eles, em política é aceitável a blasfémia aos bons costumes.

Há uma falta de transparência enorme na governância desta gente.

Sabemos que este Governo tem falhado todas as previsões orçamentais. Conhecemos esses erros e esses números graças ao INE, ao Eurostat, e à UTAO. Sabemos de tudo isso, pelos cortes brutais que nos doiem no lombo, mas tambem pela razia de falências e pelos 15,8% de desemprego. Tambem sabemos que a dívida pública aumentou brutalmente neste ano e meio de governação neoliberal. Mas este aumento da dívida, não é apenas pelo efeito das "tranches" vindas da Troika, falta mais qualquer coisa, falta "rigôr e transparência" na explicação deste desvio. O Governo procura esconder alguma coisa, atirando-a para debaixo do tapete. Vejamos: este ano o Estado realizou 27 leilões de dívida pública que atingiram o montante de 22,342 mil milhões de euros. A previsão do Governo era de 17,032 mil milhões. O Estado recebeu mais 5,310 mil milhões de euros, muito para alem do que estava orçamentado. Afinal, para onde foi este dinheiro? Foi para cobrir a falha nas metas do défice? Só pode ser isso.  Vitor Gaspar é tido como "o Salazar das Finanças no Governo de Passos Coelho", mas o primeiro-ministro conseguiu obter de Gaspar 1,100 mil milhões para dar ao soba da Madeira, a troco de quatro votos madeirenses para aprovação do 0E-2013.  Isto é impensável, numa altura em que são exigidos enormes sacrifícios aos portugueses. Mas Passos Coelho não se ficou por aqui, prevaricou, cedendo às autarquias 1,000 mil milhões de euros para tapar buracos orçamentais, designadamente em V. N. Gaia, onde a "Festa Menezista" deixou em aberto a maior de todas as dívidas... Passos Coelho continua a fomentar o "regabofe" nas autarquias laranja (e não só), e nas do soba da Madeira.

O ministro das exportações, Paulo Portas, está a perder mercado. Wen Jiabao,

primeiro-ministro chinês, deslocou-se à Tailândia, onde foi recebido por Yingluck

Shinawatra, primeira-ministra tailandesa. O mundo move-se para o Sol Nascente.

Assinaram um Memo de Entendimento para expandirem as relações comerciais.

E logo os empresários chineses compraram 260.000 toneladas de arroz por um

montante de 228 milhões de dolares. Para não faltar às famílias chinesas. Por

cá, temos exportado para a China special rice, mas em quantidades mínimas...



publicado por Evaristo Ferreira às 16:16 | link do post | comentar

Quarta-feira, 21 de Novembro de 2012

Este Governo de neoliberais continua assanhado contra o Estado Social. Esta

"gente honrada" está interessada em deixar-nos apenas um Estado low cost de serviços mínimos. Para atingir esse objectivo, conta com o apoio da Troika. Aliás, foi por aí, que esta "gente honrada" chegou ao "pote", pois de outra modo nunca poderiam destruir o Estado Social que temos tido, desde a implantação da democracia. Na sua acção destrutiva, este Governo desculpa-se sempre com as "exigências da Troika". E não podemos esquecer que Passos Coelho deixou claro que pretende "ir além da Troika", para atingir os seus objectivos e "mostrar aos mercados" que Portugal vai ter uma economia competitiva. Até agora, Passos Coelho tem tido o beneplácito da Troika, que certifica os "cortes" orçamentais. A partir de 2013, Passos Coelho é deixado no mar alto, no meio da tempestade, e com o país arruinado. Nestes dias de Refundação do Estado Social, Passos Coelho faz o seu discurso e martela sempre nas "reformas estruturais". A seguir, após os seus dircursos, vem sempre o Côro dos Abastados, a repetir e realçar a necessidade de "esmifrar" o Estado Social. Nessa ode mercantilista aparece o João Salgueiro, o Mira Amaral, o Catroga da EDP, o Nogueira Leite, o Ferraz da Costa, etc. Agora até o administrador-delegado da Siemens, Carlos Melo Ribeiro, veio recomendar um "corte de 100 a 200 mil funcionários públicos. O senhor Melo Ribeiro encara a Nação portuguesa como uma fábrica, onde o trabalho é feito por robôs...  "A General Electric tem o mesmo PIB que o [nosso] país e funciona com maior produtividade com 360 mil funcionários" -- pregou o gestor. Em face do nosso PIB, Portugal "não deveria ter mais do que 400 mil funcionários públicos" -- sentenciou Melo Ribeiro. E é com esta gente impiedosa, tecnocrata e robotizada, que Passos Coelho conta para destruir o Estado Social. O senhor Melo Ribeiro acredita piedosamente, que uma operação ao coração pode ser realizada de acordo com os padrões da General Electric, ou seja, atarrachando os parafusos por meios automáticos... Este gestor padece de qualquer doença cerebral que o impede de diferenciar uma operação aos orgãos humanos, de uma susbstituição de chips ou de parafusos numa máquina electrónica.

A par do desmandos no Estado Social, o Governo vai exigir que, a partir de Janeiro, um dos subsídios, seja incluindo na folha de ordenados a pagar ao longo do ano. A marosca, está em marcha. Este Governo, além de cortar em ordenados e pensões, vai acabar com os subsídios de Férias e de Natal. Mais uma vigarice, sobretudo no que toca aos reformados do sector privado, que descontaram ao longo da vida sobre 14 meses de rendimentos. Isto começa a atingir o impensável.

Yannis Stournaras, ministro das Finanças da Grécia, tem razões para não sorrir. Apesar do

apoio de Lagarde (FMI), a União Europeia não chegou ontem a consenso sobre a tranche

de 31,5 mil milhões que deveria já ir a caminho de Atenas. Agora espera por segunda-feira.



publicado por Evaristo Ferreira às 17:32 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Terça-feira, 20 de Novembro de 2012

Em Portugal continua a haver quem se dedique a semear a discórdia entre

o povo lusitano e o povo kimbundo, que sempre viveu na região de Luanda.

A guerra de palavras está a aumentar de tom. Os contactos com empresários

angolanos, angariados por Miguel Relvas e pelo Dr. Paulo Portas (ministro que

tutela o AICEP), podem não se traduzir em novos investimentos em Portugal

A nossa imprensa não é melhor nem mais isenta do que a imprensa angolana.

Em Portugal temos uma imprensa tão afunilada e tão pouco isenta que não se

recomenda como modelo. Nalguns jornais o fascínio pelo Feitiço do Império,

continua a mostrar o desprezo que têm pela identidade e pela independência de

Angola, adquiridas na luta contra o povo colonizador. Ainda teimam em ser patrões. 

(Cartoons publicados pelo Jornal de Angola)



publicado por Evaristo Ferreira às 15:23 | link do post | comentar

Segunda-feira, 19 de Novembro de 2012

Temos um Governo de ministros, técnicos, peritos, assessores, e conselheiros.

Parecendo curto, este Governo é um vasto conglomerado de interesses partidários, ideológicos e de classe. Em tempos de paz, nunca tivemos um Governo tão extenso, tão pesado, e tão pouco eficaz. Temos um ministro (o Álvaro) que, por incompetente ou por inaptidão, foi despojado de quase todas as funções relacionadas com o seu giga-ministério. Temos uma ministra da Lavoura que, na sanha da inovação, obrigou o pessoal a trabalhar sem gravata, para poupar energia. Temos uma ministra da Justiça que, em ano e meio de reciclagem das leis e códigos deste país, ainda não conseguiu reformar a nossa Justiça. Temos um ministro dos Negócios Estrangeiros que, para fugir à fotografia do Governo, andou a viajar durante mais de um ano, com o objectivo de vender a imagem de Portugal. E temos mais dois ou três ministros, dos quais nem é necessário falar, pois têm como função executar as ordens de Passos Coelho. Passado este tempo, verificamos que o ministro Álvaro voltou à ribalta (embora depenado de algumas funções), e discursa como um vencedor, mas sem animar o pessoal. A ministra da Lavoura, depois de falhar a criação do Banco de Terras, continua nas suas orações e esperançada em mais fundos do QREN. A ministra da Justiça, que fazia lembrar a Joana d'Arc, cedeu a todos os interesses corporativos, incluindo os senhores juizes e magistrados, e não parece ter força para impôr um novo Código Civil. Paulo Portas, o viajante, apesar de ter sido assessorado pela Comissão de Coordenação do PSD/CDS, não tem conseguido estar à altura do apregoado Partido do Contribuinte. No seio da Coligação, acabou por ceder em toda a linha ao aumento de impostos, e como viajante ao "serviço das exportações portuguesas", tambem não tem feito nada de relevante. Ainda agora, aquando da realização da Cimeira Ibero-Americana, onde poderia contactar com os dignatários dos países sul-americanos, e vender-lhes o que de bom tem Portugal para exportar, negou-se a ir à Cimeira, ali abaixo, em Cádiz, afirmando que preferia negociar a baixa de impostos com o Governo da Maioria. Resultado: Portas abandonou a possibilidadae de incrementar as exportações, e, no plano interno, conseguiu "meio ponto percenrtual" na redução da taxa extra do IRS. Este Governo é uma piedosa e ignorante turma de alunos. Estamos cada vez mais perto da bancarrota... E o ministro Aguiar Branco já anda a vender (ao desbarato) os imóveis do ministério da Defesa, para pagar aos militares. Isto está a descambar para o insólito.

Os angolanos continuam a admirar o "jornalismo de investigação" que

se faz em Portugal... Mas ainda não chegaram à publicação das escutas.

(Cartoon arrastado do Jornal de Angola).



publicado por Evaristo Ferreira às 14:42 | link do post | comentar

mais sobre mim
Abril 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11
12
13

14
15
16
17
18
19
20

21
22
23
24
25
26
27

28
29
30


posts recentes

FIM DE CICLO...

A ENTREVISTA DE SÓCRATES

SÓCRATES NA RTP

PASSOS DE JOELHOS

DESCRÉDITO TOTAL

COM PAPAS E BOLOS...

É A ECONOMIA, ESTÚPIDO!

OS PROFETAS DOS "MERCADOS...

QUE SE LIXE O "PÚBLICO"

OS PAPAGAIOS DO COSTUME

arquivos

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

links
blogs SAPO
subscrever feeds