Quarta-feira, 30 de Novembro de 2011

Temos um Governo de Coligação, em que as partes são o PSD de Passos

Coelho e o CDS de Paulo Portas. Exactamente, Paulo Portas, que nestes seis meses de governação tem estado, quase sempre, em lugar incerto. Quem dá a cara por este Governo -- para além de Passos Coelho -- costuma ser o ministro das Finanças, Carlos Gaspar, o ministro da Economia, Álvaro [Santos Pereira] e o ministro da Propaganda, Miguel Relvas. O CDS práticamente não existe, não há notícia da sua actividade, exceptuando o «corte» das gravatas ao pessoal do ministério da Lavoura, e a troca da Vespa por um Audi A7 do ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares. Sobre Paulo Portas, caiu um véu de silêncio. Porque razão?  Então Paulo Portas já esqueceu as promessas que fez às associações policiais? Todos nós vimos, nos últimos dias da campanha eleitoral, Paulo Portas em Alamada numa acção de rua, acompanhado pelos dirigentes da Associação Sindical da PSP, a defender as reivindicações dos polícias, e dizer que o país precisava de mais polícias na rua, para combater os «bandidos» e os assaltantes de caixas-multibanco... Portas defendia melhores salários e mais equipamento (bastões) para os polícias, e afirmava que, a ele, Paulo Portas, nunca o ouviriam «atacar os polícias» para defender os meliantes e aqueles que cometem crimes... Já passaram mais de seis meses, Paulo Portas «esqueceu» as promessas feitas, e agora anda a «fugir» -- não se sabe porquê nem a quem -- deixando-nos a pensar o pior... Será verdade que Paulo Portas, está a «proteger» a sua imagem, fugindo aos protestos de rua, e às altercações dos deputados que no Parlamento se batem num duelo de prós e contras?  Será verdade que Paulo Portas, com esta ausência, está a preparar a sua «ascenção política» para substituir Passos Coelho, caso o país entre numa espiral de protestos violentos?... Ninguem sabe o que vai na cabeça do Vice-Presidente deste Governo. Tudo é possivel. Não podemos esquecer o que fez Paulo Portas, como director do semanário Independente, para «arrasar» Cavaco Silva, e o «cavaquismo» nos anos de 1990/1994... Como ministro da Defesa, durante o Interregno Santanista, Portas fez negócios desastrados para o Exército (veículos Pandur) e para a Marinha (submarinos Forrestal). O DN de hoje vem informar que «Portas fez desconto de 189 milhões nas Pandur». Como negociador, Paulo Portas sempre foi extravagante. Nos tempos da Universidade Moderna, utilizava um Jaguar de alta cilindrada. Cedido pelo director daquela instituição. Depois do «caso» Moderna, Portas voltou ao Largo do Caldas.

O novo inquilino do Palácio das Necessidades não quer colar-se à «austeridade da Troika»...



publicado por Evaristo Ferreira às 14:46 | link do post | comentar

Terça-feira, 29 de Novembro de 2011

Este Governo, com seis meses de exercício administrativo e agora com

o Orçamento de Estado para 2012 aprovado, perdeu o «estado de graça» e dele se espera agora que cumpra com as promessas feitas durante a campanha eleitoral, designadamente as reformas na Administração Local, na Justiça, na Educação, na Saúde, e os cortes nas «gorduras do Estado». Ao entrar agora em velocidade de cruzeiro, este Governo tem que mostrar de que é capaz de de sanear as contas públicas, desenvolver a economia, criar postos de trabalho, e melhorar a vida dos portugueses. Já sabemos que a Reforma da Administração Local está em marcha, liderada por Carmos Abreu Amorim (CAA), vice-presidente da bancada parlamentar do PSD. «Está para breve», disse o deputado. Consta que o lóbi da Associação Nacional de Municípios (ANMP), liderado pelo viseense Fernando Ruas, não aceita redução do número de Câmaras. Vai daí, o ministro Miguel Relvas encarregou CAA de «fazer campanha» junto das Freguesias, que são o elo mais fraco das autarquias. Vamos ver se CAA, que receia ter "uma ejaculação precoce" sempre que fala dos exitos deste Governo, consegue convencer as freguesias de menor dimensão populacional a associarem-se a outras de maior relevo. Para o efeito, o Governo criou o Documento Verde (lembra-me o Livre Verde, de Khadafi), uma espécie de cartilha, que serve de apoio ao trabalho de CAA. Vamos aguardar pelos resultados. Miguel Relvas já disse que as freguesias têm que ceder, «a bem ou a mal»

 

António José Seguro pretendeu inovar, para se destacar de Sócrates.

Implementou a «liberdade de voto» no grupo parlamentar do PS. Ontem provou o veneno: a maioria dos deputados optou pela abstenção, onde José Seguro esperava votar a favor. Refiro-me às alterações feitas pelo Governo, destinadas a atenuar o corte dos dois subsídios. António José Seguro, deixou de estar «seguro» de si. E já perdeu o leme do barco.

O Rio de Janeiro continua a ter a maior Árvore de Natal flutuante em 2011.

Foi montada na Lagôa Rodrigo de Freitas, um dos locais mais belos do Rio.



publicado por Evaristo Ferreira às 16:06 | link do post | comentar

Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011

O actual líder do PS, António José Seguro, prometeu fazer uma oposição

de "cortesia e elegância" ao Governo de Passos Coelho. Ora, em política, esta linguagem não tem cabimento. Em política é preciso ter convicções fortes, e lutar firmemente por elas. A linguagem de salamaleques não tem cabimento. Ou se é a favor, ou se é contra; ou se concorda, ou se discorda. Em política não há meias palavras; o que é, é. Simplesmente. Se um político pensa que tem uma ideia melhor, deve colocá-la à discussão e demonstrar que ela é exequível. Em política -- como em tudo na vida -- é preciso lutar pelas convicções, pelos ideais, pela aplicação de «melhores políticas». Quando essa luta é feita de modo brando, o adversário passa-nos a perna. Pior ainda, quando o adversário tem a «faca e o queijo na mão». Este, é o caso de Passos Coelho, que tem uma maioria na AR, e pode dispensar os salamaleques de A.J. Seguro. Seguro procurou tirar dividendos, reclamando a aplicação no corte de um só subsídio aos funcionários do Estado e aos pensionistas. Passos Coelho cedeu, sim, mas foi ao Presidente Cavaco Silva. Na aprovação final do OE2012, que decorreu hoje na AR, Passos Coelho travou todas as hipóteses de alteração ao corte da despesa, apresentando alterações que até agora não haviam sido consideradas. Seguro ficou fora da jogada, e não pode protestar, porque Passos Coelho acedeu ao pedido de Cavaco Silva, «suavizando» o corte nos subsídios, por aumento das taxas liberatórias.

 

O nosso Fado foi considerado Património Imaterial da Humanidade. Todos

estamos de parabens, e devemos felicitar os promotores responsáveis, que se empenharam em levar a candidatura do Fado até ao fim. Eu vivi tempos em que odiava o Fado, o fado choradinho, da pobreza franciscana, da "casa portuguesa, pão e vinho sobre a mesa". Foram os tempos do Botas, quando a televisão portuguesa nos impingia fado [triste e choradinho] todas as noites. Depois, nos tempos da Radio Caroline, em Inglaterra, do rock-and-roll, das guitarras acústicas etc. os ventos mudaram, e começamos a ouvir fado «fora de portas». Lembro-me do Chico Stoffel, em Cascais, que cantava num dos cafés da vila. Depois do 25 de Abril, o fado remontou, com actuações de «espontâneos», aqui e ali. No Estoril, havia o Galitos, junto ao Tamariz, onde cada qual podia cantar(olar) o fado do seu gosto. Em Birre, havia um local onde havia fado com artistas e onde cada um podia tentar a sua sorte. Era o tempo da liberdade, que tinha chegado. A primeira vez que cantar(olei) fado foi no Galitos, com a ajuda de tres cervejas. Gostava de ouvir João Ferreira Rosa, Alfredo Marceneiro e Fernando Maurício. No início dos anos 80, assisti à ascensão de um fadista de 8 anos, Camané, que empolgou a assistência na Sociedade Musical da Parede. O fado, para mim, representa a alma de um povo que, não cabendo neste quadrado ibérico, se lançou ao mar, e foi ao seu destino [fado], procurar novas terras, novos mundos. Um povo que conseguiu desbravar novos mundos, mas que penou, sofreu muito, e lambeu as feridas na solidão do alto mar. A primeira vez que vi o Fado, de José Malhôa, foi no então chamado Museu do Chiado, tinha eu 19 anos. Impressionou-me o traço da paleta de Malhôa, mas tambem os personagens: o fadista de taberna, e a mulher de alcova...

O "Fado" de Malhôa em azulejos. (Cortesia de Dreamstime.com)



publicado por Evaristo Ferreira às 14:58 | link do post | comentar

Sexta-feira, 25 de Novembro de 2011

Depois da «manifestação geral» dos Indignados, realizada ontem, frente ao

Parlamento da República, onde os «anarcas infiltrados» entraram em confronto com as forças da ordem, se fosse no tempo do «Senhor Presidente do Conselho» (o Botas), a esta hora já o SNI (Secretariado Nacional da Informação) do Dr. Moreira Baptista tinha incumbido a ANI (Agência Nacional de Informação) para emitir um comunicado à Imprensa a referir que, depois dos tumultos, a ordem fora reposta e que «reinava a calma em todo o país». Agora, nos dias que correm, depois de uma «manifestação geral», os «Indignados» ficam felizes e o Governo, -- pela voz do ministro Relvas -- faz o «acto de contrição» e reafirma que compreende os sacrificios causados aos portugueses, motivados pela austeridade que nos é imposta pelos nossos credores. Miguel Relvas falou através da SIC, com um ar compungido e num registo mansinho, que nem parecia ele, o ministro da Propaganda deste Governo. Da parte dos «Indignados» foi dito que a «unidade» vai continuar, com mais «greves gerais». O que é lamentável, não apenas pela situação de «emergência» em que o país se encontra, mas tambem porque caminham para a banalização da "greve geral", que devia ser usada apenas em situações de extrema irredutibilidade entre as partes, ou por perigo de subversão do Estado de Direito.

Ainda não é Primavera, quando a Vida se regenera, mas lá havemos de chegar...



publicado por Evaristo Ferreira às 16:14 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 24 de Novembro de 2011

Continuamos a cometer erros históricos, utilizando mecanismos de há 120 anos.

O abuso de «greves gerais», sobrepondo-se aos acordos parlamentares e às decisões do Conselho de Concertação Social -- onde patrões e sindicatos se juntam para negociar salários, regalias e outras questões laborais -- só tem contribuido para o agravamento da situação económica do país. Foi assim que perdemos a fábrica da General Motors, a Sorefame, a Lisnave, a Cometna, a Mabor, a Metalúrgica do Tramagal. Isto só para mencionar algumas das «marcas» que enriqueciam o tecido industrial português. As cúpulas da CGTP e da UGT, esquecendo a «emergência em que o país se encontra», convocaram mais uma «greve geral», um ano depois da última, que foi organizada contra o Governo de José Sócrates. Que nada resolveu, antes piorou as condições sociais, económicas e financeiras. A esta hora, os sindicatos já falam na «maior greve de sempre, superior à de 2010». Os sindicatos falam de 90% de adesão, o Governo contrapõe 3,6%... Uma guerra de números, como sempre acontece, e sem que nada seja melhorado. O Governo e os seus apoiantes, apressam-se a não colocar "em causa, o direito à greve», para, assim, amaciar os sindicatos e as centrais sindicais. No final, toda a gente fica satisfeita: o Governo, porque respeita a liberdade de expressão e o direito à greve; as centrais sindicais, porque conseguiram «mais uma jornada de luta» contra o grande capital e este Governo da Troika. O Governo é maioritário e tem um mandato para «sanear as contas públicas». Os sindicatos, que continuam a manter um lastro revolucionário, vão ufanar-se, mais uma vez, do exito obtido com esta «greve geral»... Esquecem que hoje, dia 24, é mais uma ilusão sua. Amanhã, dia 25 de Novembro, é o dia de vitória daqueles contra quem hoje protestaram, e serão eles os vencedores de amanhã -- tal como aconteceu em 25 de Novembro de 1975.

 

Nesta «emergência», os portugueses estão divididos, quanto à utilidade das

«greves gerais». Temos 12,4% de desempregados, que gostariam de ter um emprego; temos 2,8 milhões de pensionistas e reformados que estão a ser castigados com as medidas do Governo, mas as centrais sindicais acham que eles não contam para a estatística dos «indignados». Que podem fazer os pensionistas e reformados? Prostestar? Mas como, se as «greves gerais» lhes tiram os meios de locomoção? É sabido que a CP, a Carris, o Metro e os STCP, em caso de greve, «travam o passo» aos reformados. Se houver uma manifestação contra os «cortes dos subsídios do 13º e 14º mês» levados a cabo por este Governo, como vão os reformadas da Grande Lisboa acorrer à manifestação em Lisboa organizada em frente da Assembleia da República ou do Palácio de Belém? Nestas condições, os protestos de 2,8 milhões, são abafados. Todavia, nem a UGT nem a CGTP, parecem ter consciência deste problema. Estas centrais sindicais preferem a «luta política», preferem optar pelas greves, agravando ainda mais a economia, e prejudicando quem não pode «perder 20 euros de salário» num dia de greve... Parafraseando Mário de Carvalho, «seria bom que trocassemos umas ideias sobre o [este] assunto». O mundo mudou muito, em 120 anos. Era bom que tivessemos isto em conta, por forma a «deixar de trabalhar», sempre que queremos reivindicar. A «precaridade» é hoje o maior flagelo dos trabalhadores. As greves (de porta fechada), já fizeram história. Na Grécia, fizeram seis ou sete «greves gerais». Todas agravaram a situação.

Neste dia de «grande jornada rinvindicativa», a Fitch reduziu o rating da República para «lixo».



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Quarta-feira, 23 de Novembro de 2011

As Bolsas de Valores da Europa e dos EUA continuam a afundar-se.

Da Alemanha, motor da UE, chegam notícias de que o «fumo dos mercados» já começa a incomodar Berlim. A Alemanha, que continua a financiar-se a juros modestos, por efeito do triplo AAA que lhe é atribuido pelas agências de rating, foi hoje ao «mercado da dívida»,mas apenas conseguiu vender 65% do valor que esperava arrecadar. Os «mercados» estão a fugir para outras paragens. Entretanto, Durão Barroso apresentou hoje uma proposta com tres opções para criar os eurobonds. Merkel já rejeitou duas opções. E a terceira irá pelo mesmo caminho. O tempo passa e os «mercados» continuam a «morder» as canelas da Espanha, Itália, Belgica, França e Holanda. Do Fundo Europeu de Estabelização Financeira (FEEF) deixou de se falar. Resta o FMI, que ontem disponibilizou linhas de crédito de curto prazo, que podem ser utilizadas pelos países membros, até ao montante de 500 vezes o valor da sua quota naquela instituição de crédito. Espanha poderá solicitar cerca de 46.500 milhões. Portugal não pode usar desta linha de crédito, por estar sob a alçada da Troika... E assim vamos vivendo estes dias que correm, à espera que chegue 2012, na esperança de que alguma coisa de brilhante aconteça na UE, cujos «motores» estão gripados, e podem levar os «mercados» a impôr ainda mais governos (não democráticos), liderados pelos tecnocratas, acólitos da Troika.



publicado por Evaristo Ferreira às 16:26 | link do post | comentar

Terça-feira, 22 de Novembro de 2011

Depois do famigerado relatório sobre o «serviço público» de televisão,

elaborado pelo grupo de «sábios» comandado por João Duque, temos agora a «guerra de palavras» entre o Zé Manuel Fernandes -- um dos «sábios» daquele relatório -- e Azeredo Lopes, ex-membro da ERC-Autoridade Reguladora para a Comunicação Social. Azeredo Lopes considerou de «imcompetentes» aos membros do relatório. Quanto a Zé Manuel Fernandes, meteu a viola no saco e assobiou para o lado, mas sempre foi dizendo que considerava «desastrosas» as declarações do académico João Duque. A «inutilidade» produzida pelo grupo de "sábios" , e que foi rejeitada pelo ministro Miguel Relvas, vai continuar a dar que falar. Já faz parte da antologia de disparates, produzidos por uma cambada de videirinhos, que se colocam em bicos-de-pé, para alcançar notoriedade e receber os favores do poder instalado.

Eles andam por aí, saltitando de poleiro em poleiro, escrevinhando nos jornais, palrando nas rádios, e pavoneando-se nas televisões, onde botam discurso de favor, e dizem coisas inacreditáveis e obscenas. Videirinho, é o Zé Manel Fernandes que participou na novela "Escutas a Belém", encenada em Junho/Julho de 2009, destinada a acusar o Governo de Sócrates. Zé Manel já havia "participado" no filme «A Caminho de Bagdade», em 2004, juntando-se a Bush e aos neoconservadores americanos. (Não tenho conhecimento de que tenha sido medalhado, mas Paulo Portas, antes de ser despejado do Forte de S. Julião da Barra, foi agraciado em Washington, por Donald Rumsfeld). Videirinho, é o João Duque que ao prestar serviço ao ministro da Propaganda, esperava ser nomeado para um ministério do actual Governo. Videirinha, é Maria de Lourdes do Vale, ex-súper-secretária do ministro Álvaro e ex-Secção laranja do Díáro de Notícias, que agora foi promovida a Gestora do Turismo de Portugal.  Videirinho, é o Professor Marcelo que todas as semanas usa o "púlpito" da TVI para defender Cavaco Silva, Passos Coelho e este Governo, na intenção de, mais tarde, ser chamado pelo PSD, para ser candidato às presidenciais pós-Cavaco. Videirinho, é o Marques Mendes [Ganda Nóia] que tambem faz de oráculo na TVI24, pela defesa de Cavaco, Passos Coelho e o seu partido, na esperança de, mais tarde, ser chamado pelo Professor Marcelo, para dirigir a Casa Civil deste, caso Marcelo venha a ser Presidente da República. ´Chegar à mesa do poder, é o objectivo destes videirinhos. Eles andam por aí, a fazer campanha.

Estes, são homens do futuro. Chegaram esta manhã às estepes do Casaquistão,

vindos da Estação Espacial Internacional (ISS em inglês). São: Sergei Volkov, da

Roscom (agência espacial russa); Michael Fossum, da NASA americana; e Satoshi

Furukawa, da JAXA japonesa. Pelo menos até 2015, a ISS só pode ser municiada

pela Russia, uma vez que os EUA não dispõem de meios espaciais disponíveis para

fazer estas viagens. A tripulação chegou em boas condições. O frio causado pela

neve obrigou ao uso de agasalhos especiais durante a cerimónia de boas-vindas.



publicado por Evaristo Ferreira às 14:37 | link do post | comentar

Segunda-feira, 21 de Novembro de 2011

Este Governo vai gerindo os seus problemas, e os do país, aos zig-zagues.

Nota-se uma clara descoordenação sempre que um dos ministros de Passos Coelho vem anunciar qualquer medida. O minstro da Economia veio dizer que 2012 seria «o fim da crise», mas horas depois acabou por dizer o contrário. O ministro das Finanças tambem já havia afirmado que no final de 2012 seria «o início da recuperação", mas teve que rectificar a sua «previsão» no dia seguinte. O ministro do Ensino -- que prometeu «implodir o ministério da Educação" -- depois de prometer que não ia fechar mais escolas, acabou por rectificar o seu discurso, e anunciou o fecho de mais 230 escolas do ensino básico. O ministro da Propaganda, Miguel Relvas, prometeu privatizar a RTP, mas acabou por negar o que disse, mantendo a actual Direcção da Televisão Pública, e ficando-se apenas pela «reestrururação» da RTP. O primeiro-ministro Passos Coelho, iniciou o seu mandato com a ideia peregrina de que um corte de 4 a 8% na TSU, seria importante para a competitividade das nossas empresas, mas acabou por recusar o «ensaio» desta medida, defendida por Eduardo Catroga, o guru liberal que apareceu na SIC Notícias a «falar de pentelhos». Com todos estes zig-zagues, o Governo mostra descoordenação, falta de ideias credíveis. Ficamos com a sensação de que o Governo não tem timoneiro, e que cada ministro ou Secretário de Estado puxa a brasa à sua sardinha. O que aconteceu com a divulgação do projecto de «novas tabelas salariais» para a Função Pública, é prova do desnorte deste Governo. Passos Coelho, depois de ter ido ao beija-mão de Angela Merkel, passou a negar a necessidade da UE emitir eurobonds para, com esse instrumento, se poder resgatar a dívida dos países em crise. Ora bem, com a ideia em desenvolvimento, vinda da Comissão Europeia, de que aquela medida é a arma eficaz para resolvermos a crise do euro e das dívidas soberanas, como vai Passos Coelho votar, se esta decisão for posta a votação: vai aceitar, ou vai rejeitar? O documento será apresentado por Durão Barroso, na próxima quarta-feira.

Neste Outono frio e chuvoso, a Europa vive dias de indecisão e de ruina da sua economia...



publicado por Evaristo Ferreira às 14:41 | link do post | comentar

Sexta-feira, 18 de Novembro de 2011

Havia antigamente uns senhores que andavam de terra em terra,

acompanhadas de um muar, transportando mercadorias, prestando serviços de correio e mensagens. Chamavam-se almocreves. Nos tempos de hoje, essas tarefas são feitas pelos "mensageiros do poder". Refiro-me àqueles que procuram um tacho no Estado, e tudo fazem para mostrar que estão aptos a desempenhar uma função na burocracia estatal. Por exemplo, Carlos Abreu Amorim (CAA), ex-blasfemo, -- aquele a quem foi pedida uma opinião sobre os primeiros "100 dias do Governo" de Passos Coelho, e respondeu, em perfeito delírio, que "não queria ter uma ejaculação precoce", mas, enfim, o Governo estava a ir muito bem -- foi agora incumbido por Miguel Relvas, ministro da Propaganda, de proceder à divulgação de um relatórizito sobre a organização administrativa do Estado, indo de terra em terra, de clube em clube, de colectividade em colectividade, de paróquia em paróquia, por forma a esclarecer o povo rural e respectivos presidentes de freguesia, das vantagens que haverá nas fusões e associações de Freguesias e Câmaras Municipais. Vamos esperar pelas conclusões do deputado CAA.

CAA, o deputado que padece de "ejaculações precoces"...

 

Outro dos actuais almocreves ao serviço do PSD, é João Duque,

que foi incumbido pelo ministro da Propaganda do actual Governo, para estudar e apresentar um relatório sobre o papel  da Televisão Pública. E Duque, que sempre ansiou por um lugar à mesa do poder, prontificou-se a "meditar" sobre o futuro dos canais da RTP. Para o efeito, constituiu uma equipa de "sábios", entre eles o Zé Manel Fernandes, o Cintra Torres, o Vilaverde Cabral e outros menos "sábios" mas respeitados. Ao fim de dois meses João Duque tinha um calhamaço de folhas agrafadas para apresentar ao ministro da Propaganda. Porém, o ministro Relvas não pareceu entusiasmado com as conclusões do relatório. Agradeceu a Duque e aos restantes "sábios" -- noblesse oblige -- e meteu o calhamaço de anotações na gaveta. Ao ministro saíu-lhe um Duque, e ao Duque calhou-le uma sena. O relatório que o ministro meteu na gaveta saiu cá para fora, e toda a gente ficou pasmada com as conclusões do "grupo de sábios". O Duque foi ridicularizado, objecto de escárnio. Toda a gente ficou horrorizada com a visão ideológica e inquisitorial do relatório parido pelo "grupo de sábios" que "meditou" durante quase sessenta dias sobre a ideia de "serviço público" e o corte ou recorte dos canais da RTP. O único que ficou satisfeito, foi o ministro da Propaganda, pois já tinha tomado decisões, renovando o mandato da actual Direcção da RTP e aceite o plano de austeridade apresentado por esta. O ministro da Propaganda tinha ganho mais uma batalha da contra-informação. Entretera meia dúzia de "sábios" e ocupara espaço nos jornais e televisões, que andaram entretidos, a especular com o almocreve Duque e o seu grupo de "sábios".

Portugal e a Europa estão num ímpasse, por terem dirigentes do jaez

de João Duque e do seu grupo de "sábios": têm o cérebro cheio de poeira.

 



publicado por Evaristo Ferreira às 16:02 | link do post | comentar

Quinta-feira, 17 de Novembro de 2011

O Governo de Passos Coelho conseguiu o aval da Troika para o país receber,

em Janeiro de 2012, mais um cheque de 8.000 milhões de euros. O Governo continuará a cumprir, e fazer cumprir, as metas do Programa de Entendimento, graças ao "trabalho ciclópico" da equipa de 30 especialistas, comandada pelo super-Secretário, Carlos Moedas. E o povo português, habituado que está a obedecer, vai aceitando os desmandos deste Governo com resignação, talvez por ainda não conhecer a austeridade das medidas inscritas no OE para 2012. Desmandos iníquos deste Governo, são o corte de dois subsídios aos pensionistas e funcionários de Estado, sem que os trabalhadores do sector privado sejam chamados a participar de igual modo no esforço de resgate do país. Desmandos inaceitáveis são o deixar de fora as grandes fortunas e os rendimentos dos gestores públicos e privados. Desmandos descarados deste Governo, são os cortes efectuados na Ciência e Inovação. Desmandos insanos deste Governo, são os cortes na Cultura, que deixou de ter ministério, e é agora dirigida por um reles Secretário, que fez carreira na imprensa e na televisão pública, e se converteu num Papa-Almoços, comendo agora à mesa do Estado, e mandou às urtigas a Cultura -- riqueza e memória de um povo secular. Não está em causa a necessidade de pagar a dívida pública. O que está em causa é a cegueira desta gente, que recusa a justiça, a equidade e a repartição dos "males por todas as aldeias". A insustentável indignação de alguns começa a subir, como um tsunami. A continuarmos assim, a revolta acabará por sair à rua, agravando ainda mais a situação do país. Hoje foi a vez de Belmiro de Azevedo vir confessar que está desiludido com Cavaco Silva e com Passos Coelho. Ele lá terá as suas razões. Com o aumento do IVA, com o "saque" dos subsídios -- durante dois anos -- o povo consumidor vai comprar menos no Continente, na Worten e na SportJazz... Com tantos traídos e desiludidos, a onda de indignados vai subindo, até que um dia inundará as ruas de vilas e cidades deste país.

A esta hora os indignados Occupy Wall Street estão frente à Bolsa de Nova York,

protestando contra a "indústria financeira", e em confrontos com a polícia local...



publicado por Evaristo Ferreira às 16:06 | link do post | comentar

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