O comportamento da economia nacional no segundo trimestre do
ano, mais a descida de tres décimas no desemprego, estão a suscitar interesse nalguns sectores financeiros europeus. Para o Financial Times, o resultado do último trimestre, "foi uma agradável surpresa a nível europeu", e leva isso à conta do actual Governo, tal como ontem foi dito e redito por Miguel Relvas. Claro que o resultado do segundo trimestre se deve à acção do Governo de José Sócrates, e não de Passos Coelho. Eu percebo o êrro deliberado dos neoliberais do FT, mas não aceito a "mentira saloia" de Miguel Relvas, quando diz que isso mostra como o actual Governo está no bom caminho...
É preciso lembrar que os neoliberais, dirigidos por Passos Coelho,
apenas começaram a governar com efeitos a partir de Julho, e com resultados recessivos à posteriori, por efeito do corte no subsídio de Natal, no aumento dos transportes, na subida do IVA para o gas e para a electricidade. Esta política é de recessão e não de expansão. De resto, até agora, ainda não foi tomada uma única medida destinada a ter efeitos no crescimento da economia. Quanto às exportações, apenas sei que o actual inquilino do Palácio das Necessidades, Paulo Portas, foi a Luanda "vender" o BPN por 40 milhões, mas com um prémio de 552 milhões. Não se conhece o que foi fazer a Maputo, nem tão pouco o que o levou a Brasília. Se as exportações continuam a subir, isso deve-se exclusivamente ao empenho de José Sócrates, que muito fez para aumentar o volume das exportações, para novos mercados, como a China, a Índia, o Brasil, Angola e a Venezuela. Curiosamente, tivemos hoje notícia de que, Hugo Chaves (o amigo de Sócrates, e de Portugal), já desbloqueou a compra de 2 navios asfalteiros, no montante de 130 milhões, salvando da falência, os ENVC. Sócrates chegou a promover a venda do PC Magalhães numa reunião dos países ibero-americanos. A direita fez chalaça, dizendo que Sócrates andava armado em vendedor. Vender, é a missão da diplomacia dos EUA, da Alemanha, da Inglaterra, da China... E o que é que faz o actual Governo para aumentar as exportações? Nada. Ainda não tem uma "diplomacia de vendas". Quanto ao ministro da Economia, o Àlvaro [dos Santos Pereira], tambem nada tem feito, excepto recomendar aos artesãos que coloquem a marca "Made in Portugal" nos artefactos que fabricam. Diga-se ainda, que o Álvaro foi esta manhã até Madrid, para desistir do TGV, mas veio agora dizer que essa ideia ficou adiada para Outubro... Ou eu me engano, ou o ministro Álvaro foi convencido a andar de TGV, para que Portugal não fique ainda mais periférico...
Os dados estatísticos hoje divulgados sobre a economia nacional
foram "capturados" por Miguel Relvas por os considerar uma vitória do Governo de Passos Coelho, que está em exercício há pouco mais de 45 dias. Se a economia mostra sinais de alguma estabilidade, isso deve-se a José Sócrates, que ainda governou este país no segundo trimestre deste ano, e é justamente a esse período, que se referem os resultados. É preciso uma grande lata, para não dizer uma vergonha, que venha agora o secretário-Geral do PSD, Miguel Relvas, e Ministro de Estado adjunto de Passos Coelho, afirmar que este resultado se deve ao trabalho desempenhado por este Governo... Haja decôro, é o mínimo que se exige a esta gente que se reclama de "honrada, honesta e competente". O trabalho e as reformas do Governo de Passos Coelho, infelizmente, vão conduzir o país para a recessão profunda, e para o afrontamento dos trabalhadores, reformados e pensionistas. Esta será a "vitória" do neoliberalismo, puro e duro, representado pela actual coligação de direita.
A sul do Equador... Paisagem da Nova Zelândia, um país com 4 milhões
de habitantes e 40 milhões de carneiros, nas terras de montanha...
Apesar do PSD ter efectuado ontem a sua rentreé política no Pontal,
os portugueses continuam a banhos, e a encher as praias do Algarve. Da Festa do Pontal pouco há a dizer. Os tempos são outros e Passos Coelho não consegue galvanizar os seus militantes. Ao que parece, no final do seu discurso, poucos foram os aplausos que se fizeram ouvir. Os militantes do PSD esperavam de Passos Coelho um discurso "empolgante", mas apenas ouviram falar de "sacrifícios", como em Portugal não se viam há "mais de 50 anos". A Festa do Pontal virou nostalgia, e, no final, vimos apenas um militante chegar ao palco para entregar um "cabaz de produtos" algarvios ao líder laranja.. Certamente incluia amêndoas, figos, vinho clarete da Lagoa, abrunhos, queijo e alfarrôbas... A verdade é que Passos Coelho não se fez rogado, pegou no cesto e foi-se embora. Agora, para discursatas, resta a Universidade de Verão, a realizar em Castelo de Vide.
Tivemos uma semana recheada de "medidas" anunciadas pelo
Governo, mas todas elas pelo lado da receita. Este Governo de "gente honrada, honesta e competente" prometia "cortar nas gorduras do Estado", mas até agora não cumpriu com a sua palavra, pelo que alguns meios de comunicação social e os "comentadores-palradores" do costume, já começam a estar inquietos com a falta de desengorduramento do Estado. Até o Professor Marcelo se mostrou, em minha opinião, muito "comedido" nos elogios que por hábito faz a este Governo, durante a pregação da missa realizada na TVI aos domingos. O homem estava muito reservado, talvez por que um dos comentadores políticos da nossa praça, em entrevista ao DN, tenha dito que os "comentários" do professor Marcelo são "muito superficiais". Ou então o "pregador" da TVI já está cansado das prelecções feitas pelo ministro Carlos Gaspar. Na opinião de Marcelo, o "Governo não tem porta-voz" -- fica-se sempre pela prestação do ministro das Finanças... De facto, ouvir Carlos Gaspar, é exasperante. Ele só diz o que quer, e é sempre aquilo que nada interessa aos portugueses.
Lá por fora as coisas tambem estão a "mudar", um verbo que
Passos Coelho gosta muito de conjugar. Esta semana Sarkozy e Angela Merkel estão engendrar ideias para a "crise do euro", como se a UE não existisse, nem a Eurolândia, nem o BCE... Longe vão os tempos da política solidária e participativa na UE. As economias da Dinamarca (que tantos elogios mereceu de parte do PSD), está gripada, e com problemas na banca. O PIB da França recuou, o de Espanha e Inglaterra idem. Tambem aqui Passos Coelho deve admitir que errou, quando afirmava que o único país da OCDE que estava em recessão era Portugal. Tambem nos EUA as coisas estão pretas, e, por mais que digam agora sobre a Standard & Poor's, esquecem que a notação dos States já tinha sido cortada para AA+ pela agência EGAN-JONES Ratings há cerca de dois meses... O que mais espanta, vindo dos States, é a declaração feita agora pelo "oráculo de Omah", Warren Buffet, o maior e mais rico investidor norte-americano: "Parem de acarinhar os super-ricos. Enquanto a maior parte dos americanos luta para fazer face às despesas, nós os mega-ricos continuamos a ter isenções fiscais extraordinárias". Isto mostra como o mundo está a mudar... Logo nos States, o país do capitalismo!
O executivo de Passos Coelho não está a cumprir com o que nos
prometeu, ou seja, em vez de "cortar na despesa do Estado", está apenas a aumentar os impostos, os transportes, o gaz e a electricidade, e a cortar no rendimento das famílias. O tão apregoado "corte nas gorduras do Estado" ainda não se viu. Até agora ainda não foi implementada uma única medida, destinada a reduzir o défice do Estado. O que temos vistos é ridicularias, como o "corte" das gravatas para poupar no ar condicionado e a "redução" do número de ministros, com aumento do número de secretários... Afinal, Passos Coelho não consegue "cortar nos gastos intermédios" nem desengordurar a máquina estatal. Ele, que tanto criticou Sócrates, está justamente a fazer o que o Governo minoritário do PS fez. Pior: aumentou o número de gestores na CGD e devolveu, por tuta e meia, o BPN à "família" cavaquista, com um "prémio" de 552 milhões de euros... Com as medidas hoje tomadas, todas pelo lado da receita, Passos Coelho encaminha o país para a recessão profunda, abrindo a via da contestação aos indignados, à "geração à rasca" e aos sindicatos. A última asneira tomada pelo executivo de Passos Coelho, foi o negócio forjado com os banqueiros: o fundo de pensões da banca entra nos cofres do Estado, para ajudar a pagar os "desvarios" do soba da Madeira... As pensões dos bancários ficam a cargo do Estado, a banca agradece, mas o dinheiro evapora-se logo, a caminho da Madeira... Amanhã teremos o presidente da Assoaciação Nacional de Municipios, o maquilhado Fernando Ruas, a reclamar outro tanto para o Contenente, pois as Câmaras estão falidas. Em lugar de termos um governo competente, imune ao canto de sereia dos caciques locais, temos um Governo à deriva, cedendo sempre à chantagem dos caciques. Por este andar, e com o que aí vem mais (de negativo), torna-se cada vez mais provável uma tempestade social neste país.
Passos Coelho andou em campanha eleitoral a dizer que, com ele,
não haveria lugar para os boys. Com o tempo, vamos assistindo a uma série de "nomeações" de "amigos e inimigos" do actual primeiro-ministro. Com esta prática, Passos Coelho faz aquilo que negou, e torna-se um "mentiroso normal". Dos senadores do PSD, que inicialmente se negaram a apoiar Passos Coelho, recusando fazer parte das listas para deputados à AR, já foram "premiados", por voltarem ao redil da São Caetano à Lapa, os seguintes: Manuela Ferreira Leite, foi empossada como "Chanceler das Ordens" honoríficas; Luis Filipe Menezes, o autarca de Gaia, foi agraciado com o posto de Conselheiro de Estado; Marques Mendes, o delfim do Professor Marcelo, foi elevado à categoria de Conselheiro de Estado; Marco António, o consul espartano de Filipe Menezes (e autor da frase: ou vamos para eleições, ou há eleições no PSD), foi colocado no Ministério da Segurança Social, como adjunto do ministro Mota Soares... Até o crítico dos críticos, Pedro Santana Lopes (o menino guerreiro), teve agora o seu mérito reconhecido por Passos Coelho, ao nomeá-lo para Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. E, assim, de nomeação em nomeação, Pedro Passos Coelho vai "calando" os seus opositores dentro do PSD. E os senadores do PSD, por seu lado, ficam felizes, por chegarem ao "pote".
Estátua da Sereia Loura colocada no lago Inner Alster no centro de Hamburgo.
Pesa cerca de duas toneladas e está a ser objecto da curiosidade de todos os
mirones que por ali andam, sejam eles turistas nacionais ou estrangeiros.
A abertura do ano escolar, este ano, pode trazer muita confusão.
Das 654 escolas que deveriam fechar, apenas 266 foram confirmadas pelo Ministério da Educação. São muitas as preocupações na área do 1º. ciclo, cuja responsabilidade é das autarquias locais. A um mês do início da abertura de aulas, há diversas Câmaras que ainda não sabem quais são as escolas que irão fechar. O ministério de Nuno Crato pode estar a banhos, nesta altura do ano, mas a agenda do ensino educacional não pode parar. É lamentável este atraso, que irá causar alguma confusão nas escolas e vai prejudicar os respectivos alunos. Afinal, o ministro Nuno Crato havia prometido a "implosão" do Ministério da Educação, mas até à data pouco tem feito. Uma coisa é falar, quando se está de fora, outra é enfrentar os problemas e dar-lhes solução, in loco, atempadamente, sem prejudicar o ano escolar.
"Se há coisa que os jovens portugueses percebem, é de Internet
e Computadores. Têm quase todos acesso e sabem como se proteger" -- titula o DN. Esta notícia vai passar ao lado daqueles que "odiavam" o ex-primeiro-ministro José Sócrates, mas ela representa o esforço feito desde 2005, no âmbito do Projecto Tecnológico. Neste momento 84% dos jovens têm computador em casa, o dobro de 2005; o númro de jovens com acesso à Internet passou de 67% em 2005 para 91% em 2010. Num universo de 93% dos jovens inquiridos, 84% usam o computador par ouvir música ou ver filmes, 84% jogam no computador, 54% fazem uso de software educativo e 77% destes jovens usam o computador todos os dias. Do inquérito realizado pelo projecto europeu "EU Kids Online"e do Programa para Avaliação Internacional dos Estudantes, ficamos a saber "que se tem feito um bom trabalho em Portugal a educar os jovens para o uso das TIC (Tecnonologias para a Informação e Ciência). 61% dos jovens usam a Internet para fazer trabalhos escolares, percentagem superior à média europeia de 46%... José Sócrates deu um impulso muito grande, para mordernizar as escolas, onde já não se usa o "quadro de lousa". Hoje, o computador faz parte da vida dos portugueses, graças ao Plano Tecnológico.
O DN está interessado no sucesso deste Governo, e, para atingir
esse desiderato, tem dedicado largo espaço jornalístico com temas políticos, sociais e económicos, apelando sempre ao "orgulho nacional" por aquilo que produzimos, e pelo avanço tecnológico em diversos domínios da ciência e da investigação. Durante este mês está a publicar "31 Entrevistas em Agosto", ouvindo e inquirindo outras tantas personalidades dos mais variados ramos de actividade. A entrevista de hoje é dirigida a Fernando Rosas (o do cachimbo), dirigente do BE, ex-MRPP e ex-PCP. Historiador de profissão, Fernando Rosas escolheu o tema "A dialética entre o passado e o futuro" para projectar em fundo da sua fotografia. E lá está Rosas, com as mãos nos bolsos, o olhar enviesado, e o seu epitáfio como pano de fundo: "Fazer História é uma forma de ir matando a saudade do futuro". Que raio de pensamento! -- pensei eu. Isto sôa-me a Dadaísmo! Não me parece um aforismo, nem uma ideia brilhante, nem tão pouco uma frase com sabedoria. Então o historiador Rosas tem saudades do futuro? Como é possivel ter saudades daquilo que não se conhece? Eu penso que só é possivel ter saudades daquilo que já vivemos, daquilo que já conhecemos, e experimentamos. Quem é que pode ter saudades do que não conhece, do desconhecido? "Matando a saudade do futuro", diz o historiador. Por mais profunda que seja, esta afirmação, por mais esdrúxula que seja, não me conformo com esta ideia de Fernando Rosas... Ou eu estou burro, ou o ex-MRPP Fernando Rosas anda a semear a confusão no meio dos confederados no BE. Admito, tambem, que se trate de uma ideia para coreografar a silly season em curso, que pouco ou nada tem revelado das suas histórias, este verão.
O mês de Agosto continuar a ser o mês preferido para passar férias.
E não é apenas em Portugal, mas em todo o hemisfério norte, desde a Lapónia e os países bálticos, até à europa mediterrânica. Neste fim de semana, enquanto as nossas élites corporativas e governamentais rumaram ao Algarve para banhos, a nata política europeia encontrava-se de vilegiatura em Itália, na Toscânia, nos Dolomites ou na Côte d'Azur francesa. Agosto, marca a "pausa do guerreiro" europeu. Mas estamos a viver uma época muito imprevisível, que obriga os dirigentes políticos europeus a estar de "serviço" a toda a hora. Assin aconteceu este fim de semana. Os poderosos e implacáveis "mercados" obrigaram o G-7 e o Eurogrupo a concertarem, via vídeoconferência, estratégias contra o "tsunami" provocado pelo dowgrade da dívida americana, de AAA para AA+... Os "mercados" já andavam "nervosíssimos" (terão sarna?), numa semana em que as Bolsas perderam cerca de 10%, e com a notícia do downgrade, atribuido pela Standards & Poor's à dívida americana, após o fecho do NYSE, em Nova Iorque, os dirigentes políticos do mundo ocidental temiam, para hoje, uma "segunda-feira negra". As coisas até começaram menos mal, mas com o passar das horas, o "tsunami" começou por avançar. Daqui até ao fim do dia, tudo pode acabar como estava previsto, ou seja, numa hecatombe bolsista... Os "mercados" estão "nervosos" -- dizem. Ao fim e ao cabo, são os "mercados" que comandam as nossas vidas. São os "mercados" que têm o poder de arrasar e destruir aquilo que a economia produz, com tanto trabalho, suor e lágrimas... Os "mercados" transformaram este mundo, com a sua engenharia financeira, num gigantesco casino, onde reina a soberba, a avareza e se consomem as energias criadas pelo trabalho de cada um de nós... Se o "nervosismo" dos "mercados" leva à destruição de activos gerados pela economia, tambem é de esperar que o "desespero" dos desempregados e dos "indignados" conduza o mundo para o cáos, tal como aconteceu agora em Tottenham...
O mundo derivado dos "mercados" vai contaminar a vida das nossas cidades.
"Só lamento por ter tido conhecimentto através dos jornais"...
Foi o desabafo do senador do PSD, António Capucho, ao saber que o seu lugar no Conselho de Estado, um orgão de consulta da Presidência da República, não foi prorrogado. Para o lugar de Capucho entrou Marques Mendes, o delfim do Professor Marcelo. É mais um "desiludido" com Passos Coelho, que tem dado preferência aos amigos que sempre estiveram a seu lado, antes e depois de ser Presidente do PSD. António Capucho foi um dos senadores do PSD que se colocou de fora, no início da campanha eleitoral, recusando fazer parte das listas para deputados, tal como fizeram Manuela Ferreira Leite, Luis Filipe Menezes, Fernando Nogueira e Marques Mendes. Mas na altura conveniente, todos estiveram com Passos Coelho, nos últimos dias de campanha, quando as sondagens davam a vitória ao actual primeiro-ministro. Até o "patrão" Belmiro de Azevedo se juntou às arruadas do PSD, para castigar Sócrates... Agora, já pode lançar uma OPA à PT, uma vez que o Estado já não poderá opor-se... Andam todos à volta do Estado, à espera de tachos, favores e nepotismo.
Os boys e os compadres do partido andam à procura de tachos...
Enquanto o Governo responde às inquirições feitas pela oposição;
enquanto o Governo vai fazendo nomeações e a torto e a direito; enquanto o Governo vai constituindo assessorias para isto mais aquilo, tudo isto num cenário destinado a desviar as atenções da opinião pública, eis que começa agora a saber-se, que o Governo de Passos Coelho, já deitou a mão ao "pote" dos Fundo da Segurança Social, para resolver os "problemas de tesouraria" com que o ministério das Finanças se tem deparado... Passos Coelho, que sempre foi avêsso a este recurso, e chegou a acusar, injustamente, José Sócrates de o ter feito, está agora a fazer o contrário daquilo que defendeu em campanha eleitoral. O Governo neoliberal de Passos Coelho, já foi ao "mealheiro do povo", pela calada, de modo a não criar um clima de revolta, pois trata-se de dinheiros destinados a pagar as pensões dos trabalhadores portugueses. São cerca de 6.000 milhões de euros reservados a investimento, para aumentar o bolo. Mas se o Governo começa a gastar o dinheiro do "Fundo de Pensões", pode, de um momento para o outro, chegar ao fim do mês e não ter dinheiro para pagar aos reformados e pensionistas. Se é verdade o que está a acontecer, isto é muito grave. Esperemos que a comunicação social não esconda esta "notícia", apenas para agradar a este Governo de neoliberais.
A crise financeira continua a sentir-se nas economias ocidentais.
Simultaneamente, os "mercados" (a banca internacional de investimento) que perderam muitos milhões no negócio do sub-prime (abonado pelas agências de rating com a classificação AAA), continuam a actuar inpunemente, sedentos de dinheiro, cobrando juros escandalosos e gerando ondas de choque nas economias ocidentais: os EUA estão com um PIB abaixo do desejável e de todas as previsões. A UE caminha para um abrandamento económico, tanto nos países da Eurolândia como nos que estão de fora. Assim acontece em Espanha, Itália, Bélgica, Reino Unido e Dinamarca. Dos países resgatados, como a Grécia e Portugal, a receita da troika conduziu-os à recessão profunda. Apesar de tudo a Irlanda ainda cresce, com taxas de IRC de 12,5%, quando a média é de 22% na UE. Pois neste desmando todo, não se consegue encontrar politicos capazes de definir uma saída breve para a normalização dos "mercados", das Bolsas e da economia produtiva. Está tudo indeciso, sem soluções, e incapaz de regulamentar o que deve ser regulamentado. Os "mercados" especuladores, têm dinheiro a 2,6% e depois acorrem às dívidas soberanas, exigindo juros obscenos de 7 a 15%... Enquanto durar esta usura, o mundo não se endireita -- caminha para o abismo.
LER OS OUTROS
MAIS LEITURAS
BLOGS ANTERIORES