Terça-feira, 31 de Maio de 2011

Será que José Sócrates vai, pela terceira vez consecutiva, ganhar

as eleições legislativas de 5 de Junho de 2011? Será que José Sócrates vai superar as condições adversas, criadas pelo desgaste de um governo minoritário, e em que a extrema-esquerda se aliou à direita para "torpedear" a acção governativa do PS?  Será que José Sócrates, a tres dias do acto eleitoral, já convenceu os portugueses de que, é ele, a pessoa mais indicada para levar o país a sair desta crise, cumprir o programa da troika, e conduzir o país à recuperação económica? Eu não tenho dúvidas: José Sócrates é o político que reune todas as competências para ajudar Portugal a superar os dilemas, os obstáculos, as dúvidas e as dificuldades com que o país se debate neste momento. José Sócrates tem a resiliência, física e psicológica, para enfrentar os problemas e resolver a grave situação financeira que nos conduziu até aqui. José Sócrates não é apenas resiliente, é, tambem, uma figura prestigiada na UE. José Sócrates conhece e tem amizade com alguns dos políticos mais influentes do Eurogrupo. São amizades forjadas, na sua maior parte, ao longo de seis anos de reuniões em Bruxelas. Os acordos entre nações, tambem são feitos na base da amizade entre os parceiros. José Sócrates tem a simpatia dos seus pares, mas tambem dos dirigentes do BCE, da CE, da OCDE. José Sócrates tem resiliência para superar as situações mais críticas da governação, e sabe enfrentar as dificuldades com realismo e optimismo. Estou convencido de que os eleitores, os indecisos, podem dar a vitória eleitoral a José Sócrates e ao PS. Se tal acontecer, e tendo em conta a actual crise financeira, económica e social, José Sócrates bateria todos os recordes europeus de resiliência, governando em tempos de cólera, desilusão e desemprego, mas tambem de esperança na superação desta crise, que nos consome.

Resiliência é vencermos os obstáculos e continuar a resistir sem canseira.



publicado por Evaristo Ferreira às 14:56 | link do post | comentar

Segunda-feira, 30 de Maio de 2011

Manuela Ferreira Leite, veio ontem mostrar a sua intolerância

num comício do PSD. A Velha Senhora, que em tempos defendeu uma solução governativa para Portugal, apoiada numa alternância de "seis meses de ditadura e outros seis meses de democracia", mais uma vez aproveitou para mostrar o seu ódio visceral por José Sócrates. A Velha Senhora parece ter uma vida afectiva frustrada, pela ausência de familiares e amigos, ou falta de amor, carinho, admiração e solidariedade de parte das pessoaos que a rodeiam. A Velha Senhora vive de azedume e ódio, sentimentos que lhe marcam o rosto e lhe consomem a alma... Trata-se de um caso patológico, a carecer de tratamento adequado. A Velha Senhora, que devia ser um exemplo de serenidade e de sabedoria, apenas tem ódio para oferecer. Repare-se na insanidade mental desta velhinha rococó: num comício do PSD, realizado no Porto, e perante Pedro Passos Coelho,subiu ao palco, não para defender ou apoiar apoiar Passos Coelho, mas para destilar o seu ódio contra Sócrates. Não venho aqui para recomendar o nome de um primeiro-ministro; venho tão-sómente fazer com que José Sócrates não ganhe estas eleições -- arremeteu a Velha Senhora. Perante esta vindicta, este ódio, Passos Coelho ficou-se por um simples pestanejar, como quem está a levar pauladas, sem perceber de onde elas vêm... Para a Velha Senhora, não é Passos Coelho que conta... é Sócrates, que derrotou Ferreira Leite em 27/Set/2009 -- quando os "ferreiristas" do PSD contavam com a jackpot eleitoral. Ferreira Leite até já tinha convidade João de Deus Pinheiro para ser o presidente da Assembleia da República... tal como acontece agora com Passos Coelho, que convidou Fernando Nobre para tal fim. Todos a contar com o ovo no coiso da galinha... No dia da tomada de posse dos deputados, Deus Pinheiro apresentou-se para renunciar ao cargo, pois o que ele queria era ser presidente da AR... Mas serão estas derrotas, a causa de tanto ódio que a Velha Senhora tem por José Sócrates? Se assim é, onde está, afinal, o fair-play da Velha Senhora?

 

O PSD está confuso, não consegue "descolar" nas sondagens.

Até aqui, Passos Coelho tinha dirigido o seu discurso contra Sócrates, "que nos trouxe até aqui, à bancarrota" e "ele é o rosto desta crise, o responsável por 700 mil desempregados", e que "Sócrates não merece a confiança dos portugueses". A partir de ontem, Passos Coelho abandonou esse discurso, e tenta agora captar os "desiludidos com o PS e com José Sócrates", apelando ao voto "para mudar o país". É de facto uma viragem importante, que tem o condão de, pelo menos, tornar esta campanha eleitoral menos acintosa, menos virada para o carácter dos candidatos, e mais equilibrada, já que, assim, resta mais espaço para debater ideias e programas para o futuro do país. Mas receio que seja tarde para colocar agora a campanha nos carris. Os ataques pessoais deixaram marca. Ontem, numa arruada do PSD, houve uma senhora que se virou para Passos Coelho, e lhe disse, irritada: "Vá trabalhar, vá pegar numa enxada!". E não quis ouvir Passos Coelho, que acabou irritado:

"Minha senhora, você tambem precisa de uma enxada... Tem trabalho? Já trabalhou com uma enxada?". A senhora seguiu o seu caminho, e Passos Coelho calou-se, engoliu em seco. Por esta e por outras, talvez o PSD tente agora ensaiar uma nova abordagem junto dos indecisos.

Ontem tivemos o Professor Marcelo, não a dizer missa, mas num breve sermão aos apóstolos. Estava sombrio, talvez por ter sido chamado à razão por Diogo Melo, lembrando-lhe que o CDS tinha assinado o acordo da troika, tinha ajudado a eleger Cavaco Silva, e, como tal, o Professor Marcelo não pode fazer campanha a favor do PSD à custa do CDS. Como Conselheiro de Estado, Marcelo deve abster-se de certos comentários. Por outro  lado, o ar assolapado de Marcelo deve-se, em parte, a ter errado as suas previsões sobre a "dinâmica ganhadora do PSD". Afinal não há "dinâmica ganhadora", há apenas um empate técnico. O oráculo Marcelo está em fim de carreira.

 



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Sexta-feira, 27 de Maio de 2011

O que aconteceu ontem, em Faro, é consequência da campanha

difamatória urdida pelo PSD contra José Sócrates com o intuito de o descredibilzar. Esta campanha contra o carácter do actual primeiro.ministro, já vem desde 2005. É preciso lembrar que a saída de Barroso para Bruxelas, conduziu à entronização de Santana Lopes como primeiro-ministro. Todos nós recordamos aqueles meses de governação santanista. Havia "trapalhadas" todos os dias. As "tendências" dentro do PSD esgrimiam contra o "menino-guerreiro", desprezavam-no, davam-lhe palmadas na cara, etc. Ficou célebre o discurso de Santana Lopes, quando veio acusar os "irmãos mais velhos" de malharem no "irmãozinho mais novo", quando este ainda estava na incubadora... O então Presidente Jorge Sampaio acabou com o "sofrimento" do menino, mandando-o para casa, ou seja, demitiu-o do governo, e convocou novas eleições. Esta é a origem de todo o ressabiamento do PSD, contra o PS e José Sócrates, que se mantém latente ao fim de seis anos de governação socialista. O ressabiamento do PSD tem-se traduzido na contestação a José Sócrates, que cedo começou a ser alvo de acusações sórdidas: acusaram-no de ser homossexual, procuraram manchar o seu nome através do caso Freeport, vasculharam a sua vida familiar, procuraram saber todos os pormenores da sua licenciatura em Engenharia; brincaram com os "projectos" de casas rurais na Guarda, etc, etc. Como tudo isto não resultasse, o PSD inventou outras formas de atacar José Sócrates. Logo que chegou a "crise internacional" -- ignorada pelo PSD e os restantes partidos da oposição -- a "campanha" contra Sócrates foi baseada nas dificuldades por que o país passava: queda das exportações, queda do PIB, de 2,7% em 2007 para 1,3% em 2008, e encerramento de fábricas, saída de investimento estrangeiro (Delfi, General Motors, Quimonda, etc.) levando o desemprego a subir em flecha...

 

Durante a crise, Portugal seguiu as recomendações dos mercados,

ou seja, da UE, do BCE, dos EUA e da OCDE. A ordem era injectar dinheiro no sistema bancário, para este ajudar as empresas e famílias, salvar os bancos em falência, para evitar um abalo sistémico. Isto aconteceu em 2008 e 2009. Ainda não tinhamos acabado 2009, quando a UE manda restringir o crédito, apertar o cinto, e tomar medidas para redução dos défices nos países da Eurolândia... Com a economia em recessão ou a definhar, as economias mais fracas tiveram dificuldades acrescidas. Foi o caso da Grécia, de Portugal, mas tambem do Reino Unido, de Espanha, Itália, França e Bélgica.

Perante esta hecatombe financeira e conómica, em Portugal o Governo começou a ser atacado, no Parlamento e nas ruas, por ser o "causador de todos os males" existentes neste mundo. O PSD começou a apodar José Sócrates de "mentiroso", de incompetente. A par disto, o PSD foi, pela enésima vez, a eleições. Manuela Ferreira Leite (a Velha Senhora), ganhou aos adversários, por um terço dos votos. E, com ela a dirigir o PSD, a "campanha" foi assestada contra o carácter de Sócrates. A Velha Senhora seguiu o guião: o país vivia numa "asfixia democrática", porque Sócrates controlava tudo... (A verdade é que toda a comunicação social está ao lado do PSD, pois é controlada pelo poder económico. Não há um só jornal, uma rádio, um canal de televisão que se diga alinhado com o PS). A Velha Senhora perdeu as eleições realizadas a 27/Setembro/2009. Ninguem no PSD percebeu a razão daquela derrota política. Diziam à Velha Senhora: "O Sócrates está desacreditado, o PSD vai ganhar por larga maioria". desde então, os ressabiados do PSD passaram-no a ser ainda mais do que era dantes. O PSD foi a eleições para escolher o seu presidente. Ganhou Passos Coelho, e perdeu Paulo Rangel, o favorito de Manuela e dos senadores do PSD.

Ao fim de todo este percurso, o PSD, com Passos Coelho, continua a seguir a cartilha do "ataque ao caracter de Sócrates", chamando-lhe "mentiroso", havendo mesmo alguns senadores do PSD a pedir o "julgamento em Tribunal" deste primeiro-ministro e deste Governo... Todo este desnorte e esta loucura, contribuiram para a exacerbação do descontentamento público, para a falta de respeito pelas regras democráticas, pelo desprezo dos orgãos de soberania e de quem neles exerce cargos por eleição. Os confederados no M-12, os utentes "contra as portagens da Via do Infante", e outros movimentos que se dizem apolíticos, estiveram no distúrbio de ontem em Faro. Diziam-se apartidários, mas apelaram ao voto no PSD...



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Quinta-feira, 26 de Maio de 2011

Penso que a chuva e o granizo que tem caído neste mês de Maio

não é a melhor coisa para a nossa agricultura. Como não sou especialista em lavoura, gostaria que o candidato a 1º.M, Paulo Portas, se pronunciasse sobre esta questão. Pelo que tenho visto, o "Paulinho das Feiras", é o único candidato que mais tem defendido a "lavoura nacional", com afinco e convicção. Em meu entender, esta chuva e este granizo são prejudiciais à lavoura. Ainda há dias vi Passos Coelho, numa cena de teatro, ali para os lados do Fundão, subir a uma cerejeira para encher o cesto aquelas bagas. Provou, sorriu, encenou e disse que estavam boas. Ora, se estavam boas, com esta chuvada fria, as cerejas vão apodrecer na árvore. É urgente fazer mais cenas destas, destinadas à colheitta das cerejas, sejam elas do Fundão, Alcongôsta ou de Resende... Só não compreendo por que razão o "homem da lavoura" -- Paulo Portas -- anda nas arruadas e nas feiras a dar beijocas a torto e a direito, e não acode à recolha da cereja nacional. Outro tanto podia dizer do "camarada Jerónimo" que, nesta emergência nacional, provocada por esta intempérie, não acorreu em socorro dos produtores de Resende, Alcongôsta e Fundão. Será porque estas localidades não fazem parte do Alentejo? Se assim é, pergunto: afinal onde está a apregoada solidariedade com os pequenos produtores e rendeiros?

 

Neste Maio molhado já vimos Passos Coelho num pomar a colher

cerejas. Já vimos Pedro Passos Coelho a usar a sua voz de barítono, numa estudantina, mas tambem num grupo folclórico. Já vimos Pedro Passos Coelho a cantar uma canção do repertório das Dôce, que tiveram fama nos idos de 1980, e onde Passos Coelho andou a namorar uma das moças daquele conjunto de música pop. Já vimos Passos Coelho a falar da TSU, das Parcerias Público Privadas, do desengorduramento do Estado, do "cartão social" destinado a comprar massa, arroz e farinha. Já vimos Passos Coelho a falar sobre um mini-governo, sobre o despedimento sem justa causa, sobre a reforma da SS, do SNS e da escola pública. Já vimos Passos Coelho dizer que "é preciso mudar de vida". Já vimos Passos Coelho falar de tudo e sobre nada... Talvez seja por isso que Passos Coelho anda agora a falar de "medo", um slogan da Velha Senhora, associado à "asfixia democrática". Parece que, à falta de ideias, Passos Coelho passou a fazer campanha eleitoral com a receita do passado... O candidato quer meter medo ao eleitorado, como se este fosse burro, não tivesse cabeça e não vivesse em democracia. O povo não tem medo, mas sabe onde está a "verdade". Não se deixa influenciar com o papão do medo...



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Quarta-feira, 25 de Maio de 2011

As sondagens de hoje, desmentem o oráculo do Professor Marcelo,

divulgado na sua última missa dominical, realizada na TVI. Marcelo havia afirmado que, Passos ao vencer Sócrates no último frente a frente, e tendo em conta o resultado da última sondagem, que dava 39,60% ao PSD e 33,20% ao PS, as eleições já tinham um vencedor. O PSD ganharia, por maioria relativa e Passos Coelho seria o primeiro-ministro do futuro Governo. Ora, as sondagens de hoje, vaticinam um empate técnico, com 36% para ambos os partidos. Eu assisti à "missa" do Professor Marcelo, e entrei em depressão. O oráculo Marcelo foi arrasador: "com esta dinâmica ganhadora, Passos Coelho vai continuar a subir nas sondagens, até ao último dia de campanha, podendo até chegar à maioria absoluta. Não é fácil, mas Passos Coelho pode alcançar um resultado histórico" -- afirmou Marcelo, com ar de quem fala verdade. Afinal, o "encenador de cenários políticos" está a entrar em decadência, já não tem o poder de "concretizar" os seus desejos, nem os do seu clube, seja o Braga ou o PSD. Marcelo continua a errar todos os vaticínios, não consegue vislumbrar o futuro, resta-lhe apenas "falar aos apóstolos", na sua missa dominical...

 

A campanha do PSD não é feita de ideias, mas de ataques pessoais,

dirigidos ao primeiro-ministro Sócrates. Uma campanha assim, não pode cativar os indecisos, sòmente os ressabiados. Uma campanha feita contra Sócrates, afirmando que "ele é o rosto desta crise", é "o culpado da bancarrota do país", e que "ele desgoverna o país há mais de seis anos", ou que "ele é mentiroso", esconde os ossos no armário", e "faz nomeações às escondidas" -- todas estas acusações são cínicas, demagógicas, populistas. Os portugueses não aceitam todo este balancete de epitáfios e arremessos ignóbeis. Mas ao povo português ainda custa mais ouvir os ataques sórdidos e destrambelhados que alguns senadores do PSD atiram contra Sócrates. Eduardo Catroga, comparou José Sócrates a Adolfo Hitler; Morais Sarmento disse outro tanto, comparando Sócrates a Saddam Hussein; José Luis Arnault, à falta de argumentos, comparou Sócrates ao Conde Drácula... Ao assistir a estes ataques contra José Sócrates, com que ideia ficamos desta gente, que à falta de ideias para o país, escolhe a via do enxovalho e da calúnia para atingir o adversário, na esperança de, assim, conquistar o poder?... É gente reles, sem valor nem credibilidade.

 

Passos Coelho tem afirmado que não vai dar emprego aos seus boys.

Estamos para ver, caso seja primeiro-ministro. Inicialmente Passos foi boicotado. Manuela Ferreira Leite, António Capucho, Marques Mendes, Luis Filipe Menezes, todos disseram "não" ao dirigente de Massamá. Porém, logo que as sondagens começaram a dar a vitória a Passos Coelho, eis que todos eles se perfilam para apoiar o "chefe". Com o cheiro do poder, os boys do PSD já se aproximam de Passos Coelho. Já estiveram ao lado do seu líder, em campanha eleitoral, os senadores Fernando Nogueira, Marques Mendes, Morais Sarmento, Luis Arnault, António Capucho... Santana Lopes, e consta que Luis Filipe Menezes vai apoiar Passos Coelho numa arruada, em Gaia. Até Rui Rio, poderá prestigiar uma arruada ou um jantar com a sua presença, dando apoio a Passos Coelho. O PSD é assim: na vitória previsível de um deles, todos os outros se encostam, para se sentarem à mesa do poder.

 

 

 

 



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Terça-feira, 24 de Maio de 2011

Na luta pela vitória eleitoral, até os "senhores da verdade" mentem.

Ontem foi Passos Coelho a "mentir", acusando o PS de estar a esconder nomeações para cargos politicos, quando na "verdade", o Governo em gestão, tinha tomada essa precaução, usando como filtro o Diário da República: a nomeação só é válida, após publicação no DR, não sendo assim, a nomeação não existe. Ponto. Mas Passos Coelho -- que tem um um "serviço de informação" em todos os jornais, incluindo o DR --  fez campanha contra Sócrates, dizendo que o Governo estava a "esconder nomeações". Nesta ânsia de acusações, neste zelo contra Sócrates, Passos Coelho tornou-se o principal "mentiroso", como já vai sendo hábito. A estratégia da "mentira" e da "honestidade", já vem do tempo da Velha Senhora. O PSD fez da "mentira", da "asfixia democrática" e das" escutas a Belém", a vulgata das suas campanhas eleitorais contra Sócrates. A pouco e pouco, esta vulgata vai perdendo credibilidade, e acabará por se tornar o "calcanhar de Áquiles" do PSD.

 

O videirinho mais "mentiroso" do PSD, é o Professor Marcelo. Nas

suas missas dominicais, consagradas na TVI, Marcelo -- talvez pelo hábito de leitura na diagonal -- distorce, retorce e treslê, tudo enviesado, sempre no intuito de beneficiar o PSD, de quem ainda depende para ser candidato a Belém. Outro "mentiroso" empedernido -- que acusou Sócrates de ser o culpado "desta crise" e pela falência do Lehman Brothers -- é o "avôzinho" Catroga, émulo do cartoon Mr. Magoo. Catroga carregou no acelarador das "mentiras", enquanto esteve de faxina à troika, dirigindo cartas ao Governo e bilhetinhos ao chefe do FMI. Catroga tornou-se especialista em pentelhos, acabando por ser apodado de escatológico, e metido num avião para Copacabana, a fim de dormir descansado. Mas Mr. Magoo não é ensonado nem onírico. Ele é frenético e pantomineiro. Já regressou. Esteve ontém nos 100 anos do ISEG, onde escoiceou contra o PS e aqueles que sonham. Ele anda por aí, mas ainda não fez arruadas com Passos Coelho, por inconveniente. Outro "mentiroso" é o senhor Nogueira Leite. Fala enfatuado, como quem sofre de flatulência, discorre no Económico, atira uns bitaites, e hoje veio afirmar que não quer estar num governo liderado por Passos Coelho... Nogueira Leite é rábi, mestre de loja, não se mistura com neófitos...

 

Vivemos um tempo de esquizofrenia política, de canseira verbal.

O tempo começa a mostrar os efeitos da visibilidade e do desgaste a que estão sujeitos os políticos. A menos que aconteça um percalço durante esta campanha eleitoral, tudo se encaminha para a "mudança". É triste ver como foi superado o défice de 2004, herdado do PSD, e tinhamos a economia a crescer 2,7% em 2007... Tudo corria bem, até chegar a falência do Lehman Brothers, e, com ele a crise financeira do sub-prime... Com a UE à deriva, com a crise do euro e a hipotética "re-estruturação da dívida grega", temos à nossa frente um período de 3/5 anos de profunda recessão económica. Assim, não vai ser nada fácil governar. O povo tem esperança, mas vai ainda sofrer mais. Com o neo-liberalismo à porta, o nosso futuro não vai ser risonho.

 



publicado por Evaristo Ferreira às 15:26 | link do post | comentar

Segunda-feira, 23 de Maio de 2011

Nesta campanha para as legislativas temos candidatos a primeiro-

ministro vindos de todos os azimutes: (i) à direita do PSD, temos o "camaleão" Paulo Portas, candidato a 1º.M; (ii) à direita do PS, temos o neófito, impoluto e virginal Passos Coelho; (iii) à esquerda do PS, temos o PCP/PV-CDU com os slogan "uma política patriótica e de esquerda"; (iv) e à esquerda do PCP, situam-se os confederados bloquistas, herdeiros de Trotsky, Mao e Henver Hoxa, que lutam contra o PS, seu inimigo figadal. Ontém foi a vez dos bloquistas cantarem vitória (não sei a que propósito). Jerónimo de Sousa, o não candidato a 1º.M, esteve em Baleizão, no distrito de Beja, para homenagear Catarina Eufémia.  O "camaleão" Paulo Portas -- ornamentado com um chapéu de palha -- percorreu as feiras minhotas, mas foi incapaz de acalmar a ira dos feirantes (desta vez não teve beijos); Passos Coelho foi ovacionado em Caldas da Rainha, mas esteve quase a partir a louça toda, quando retirou o megafone e a palavra ao autarca local. José Sócrates -- "o culpado por esta crise" e pela falência do Lehman Brothers -- foi aplaudido por uma multidão em Castelo Branco, distrito a que pertence. Assim vai a campanha eleitoral.

 

O "oráculo-mor" desta paróquia, o Professor Marcelo", teve missa

na TVI, ajudado pelo sacristão Júlio Magalhães. A prédica de Marcelo foi toda para o "passado presente", ou seja, para os eventos da semana passada. Marcelo explicou, de forma enviesada, como Passos Coelho venceu Sócrates no último frente a frente televisivo. Disse o oráculo-mor": "Sócrates atacou primeiro. Como sempre. Só que, aos vinte minutos, Passos consegue driblar o adversário... Passos pensou: "tu queres encurralar-me, mas eu não vou por aí". E atacou ele (Passos): "quem vai encurralat-te sou eu". E conseguiu, conseguiu encurralar Sócrates com a TSU... E pronto, agora o futuro é de Passos Coelho. Ele vai aproveitar esta onda ganhadora, vai estar mais solto, e vai conseguir ganhar as eleições". Esta, á a profecia do Professor Marcelo, que já tem falhado -- diz ele -- mas que quase sempre acerta. Se ele o diz, é porque pode acontecer. De resto o Professor Marcelo, convém lembrar, é Conselheiro de Estado, pelo que, com este vaticínio, consegue ultrapassar, pela direita, toda a ponderação e dever de reserva exigidos aos seus pares.

 



publicado por Evaristo Ferreira às 15:38 | link do post | comentar

Sexta-feira, 20 de Maio de 2011

Passos Coelho e Paulo Portas estão a exercer pressão política sobre

o eleitorado, reiterando a ideia de que, com José Sócrates, nunca formarão governo. Com esta atitude, tanto PPC como PP, estão a fazer chantagem sobre os eleitores, com o fito de obterem uma maioria entre si, e poderem dispensar um acordo com José Sócrates. Com esta estratégia, o PSD e o CDS, mostram ao eleitorado que o voto útil é num dos dois partidos. -- "Quem sabe o que é bom para o país, não é quem vai votar" -- é o líder do PSD e o do CDS. Assim, estes políticos, "tratam o povo abaixo de cão", e passam-lhe um atestado de menoridade, se não mesmo de burros...

Recordemos que o acordo de resgate, firmado com a troika, foi negociado com o Governo de José Sócrates, e aceite pelos tres grandes partidos. Não podemos esquecer que, Cavaco Silva, sempre exigiu um governo forte, sólido. Vários organismos internacionais recomendaram uma espécie de governo de "larga maioria", e por cá, houve muita gente que defendeu um Governo de Salvação Nacional. Ora bem, como tudo aponta para um empate técnico, entre PS e PSD, é razoável que houvesse um consenso para um governo composto por PS, PSD e CDS. Todavia, os líderes da oposição, que assinaram o acordo com a troika, insistem em ominar José Sócrates, pelo que será o PR, Cavaco Silva, a resolver este imbróglio político.

 

A inexperiência de Passos Coelho e a intolerância de Paulo Portas,

estão a levar o país para a indecisão. O país está numa encruzilhada, o eleitorado parece não desistir das suas opções políticas, e o resultado final será uma incógnita. Isto não abona, em nada, a situação do país e agrava, ainda mais, o custo das medidas a implementar, programadas com a troika, para debelar a actual crise financeira, económica e social, e que Portugal tem que cumprir. A chantagem exercida pelo PSD e pelo CDS sobre os eleitores, afirmando que não governarão com José Sócrates, é desonesta e perigosissima. Serve apenas os interesses partidários destes dois partidos, mas prejudica os interesses do país. Com políticos desta laia, que colocam os seus interesses em primeiro lugar, e só depois têm em conta os do seu país, Portugal não vai poder ultrapassar esta crise. Esperemos pelo day after.



publicado por Evaristo Ferreira às 14:50 | link do post | comentar

Quinta-feira, 19 de Maio de 2011

O Diário de Notícias já foi uma referência na imprensa nacional.

Até há bem pouco tempo. Neste momento, o DN é um jornal travestido de futebol, com laivos de secção criminal, e muito pouca informação sobre o país real. Actualmente o DN é, tão-somente, a correia de transmissão dos eventos futebolísticos, nacionais ou estrangeiros, cujos direitos de transmissão estão assegurados pela SporTV (nos seus diversos canais), que é propriedade da Controlinveste, a holding que detém o DN, o JN, o Jogo... O negócio da Controlinveste, é o futebol, e, para dele tirar o máximo proveito, enxameia os seus jornais com a Futebolândia. O Diário de Notícias de hoje, é o exemplo da promiscuidade informativa. Apresenta 17 (dezassete) páginas sobre a final de Dublin. O rôsto da primeira página do DN, é sobre o match Porto-Braga. As 16 (dezasseis) páginas seguintes, são todas sobre a Futebolândia que decorreu na Irlanda. É caso para dizer: òkisto xegou!... Seria interessante um trabalho jornalístico sobre este tema: "A Perversão dos 'Jornais de Referência' dominados pela Futebolândia". Seria um trabalho útil e atraente, para ser dissecado pelo groucho João César das Neves ou pelo calaceiro Vasco Graça Moura, ambos colunistas (semanais) do DN, pagos a recibo verde, para falarem de nulidades e minudências.



publicado por Evaristo Ferreira às 18:48 | link do post | comentar

Quarta-feira, 18 de Maio de 2011

O poeta calaceiro, Vasco Graça Moura, que se rendeu à recalcitração,

alinhavou hoje mais um dos seus "artigos de opinião", publicado no DN, onde mostra todo o seu azedume contra Sócrates  e contra este "país de calaceiros profissionais". O ex-poeta, ex-deputado europeu, comentador, político de algibeira, adorador da Velha Senhora, sente-se orfão; ninguem do PSD se lembrou dele para deputado, putativo ministro da cultura, secretário de qualquer-coisa. Sente-se mal-amado, proscrito, ressabiado. Vai daí, desanca em tudo e todos. "Portugal não vale nada e passou a ser um país abaixo de cão", rosna o ex-poeta. "Neste país de subsidio-dependência", "neste país de lorpas" -- destila o ex-poeta -- "ante a repugnante bronquidão previsível no eleitorado deste não-país", é muito provável "que a piolheira mais ignóbil", acabe por votar em Sócrates. Isto "só é possivel num país de lorpas", onde, "mais uma vez, com a canalha analfabeta e irresponsável do costume", Sócrates poderá vencer as eleições... Pela terceira vez, espanta-se o alucinado calaceiro, ex-poeta e tradutor de Dante e de Goethe. O calaceiro e reformado político, nas suas visões alucinatórias, cada vez utiliza mais a linguagem abjecta.

 

Os ressabiados da política são muitos e variados. Numa "viagem"

feita esta tarde pelos escaparates da livraria Bulhosa, em Oeiras, dei comigo a folhear alguns dos "novos autores", e, por entre livrecos, calhamaços e livros normais, encontrei um com o sugestivo título: As Confissões do Piu Piu de Passos Coelho. Não o queria comprar, ainda que barato, pois custava 12,20 euros . Lembrei-me de imitar o Professor Marcelo, lendo páginas soltas, na diagonal, para ver se a oeuvre do Piu Piu tinha merecimento. Não me seduziu. Era banal. Fez-me lembrar uma outra, O Cão de Sócrates. Agora qualquer indígena (excepto o Vasco PV) escre um livro, sobre banalidades. O Piu Piu diz que saiu de casa de Passos Coelho, em Massamá, porque o dono lhe chingava o juizo, de tal forma que quase estava depenado. Bom, não percebi quem era o "autor" daquele insulto panfletário, contra Passos Coelho, nem tão pouco me interessei pelas fofocas nele reveladas. Certamente trata-se, apenas, de mais uma "pedrada" atirada contra o inexperiente Passos Coelho...

Enquanto o "calaceiro" Vasco Graça Moura debita no DN a bílis que o consome, outros entretêm-se a publicar oeuvres sem substância, obras sem interesse literário, destinadas apenas a apoucar e denegrir a carreira, o trabalho e o carácter de quem tenta fazer o seu melhor pela causa pública. A natureza humana, como tudo o mais, não é perfeita. Mas o homem, como ser inteligente, devia separar o útil do acessório. Coisa que poucos sabem fazer com exemplar dignidade. Os restantes limitam-se a rastejar. 



publicado por Evaristo Ferreira às 17:51 | link do post | comentar

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