Segunda-feira, 28 de Fevereiro de 2011

A dívida portuguesa, a 10 anos, estabilizou hoje, quedando-se nos 7,50 por cento. Mas nada nos garante que os juros não vão subir,ainda mais, dado que a agência Moody's já veio avisar de que vai baixar o rating de Portugal dentro de poucas semanas. Enquanto isto, o governador do banco central da Alemanha vem dizer que o juro deveria ser mais alto para todos os países que tivessem défices acima dos 3 por cento... É mais uma pedrada para atingir os países mais fracos da Euro Zona. Entretanto, na Irlanda, o Sein Gael, partido da oposição, que ganhou as eleições, já ameaçou que tenciona pedir a dilatação do prazo para redução do défice, que no final de 2010 ficou nos 32 por cento. É mais um elemento de instabilidade política e financeira dentro do Euro Grupo. E isto numa altura em que os "mercados" estão a tentar humilhar o nosso país, obrigando-o a pedir ajuda ao FMI.Esta manobra agrada aos boys do PSD e todos aqueles que colocam os seus interesses acima dos do país. Mas enganam-se com a "cura" do FMI. Ela não vai resolver os problemas da nossa dívida soberana, antes pelo contrário, vai agravá-los e penalizar ainda mais os trabalhadores do Estado, ao exigir despedimentos em massa e cortes salariais ainda mais gravosos.O FMI entrou na Grécia e na Irlanda, exigiu medidas dolorosas, mas os juros das dívidas soberanas continuam altíssimos: 11,938 por cento na Grécia, e 9,341 na Irlanda. Para pagar juros deste valor, era preciso que as respectivas economias tivessem um crescimento de 8 a 10 por cento de PIB... Impossível, com nedidas de austeridade, pois as suas economias entraram em recessão.

Vamos esperar por quarta-feira, dia 2, quando Portugal coloca dívida de curto prazo, no dia em que José Sócrates vai encontrar-se com a chanceler Angela Merkel, donde poderá resultar algo de inesperado ou de animador, no que respeita ao futuro. Neste momento, tudo está muito complicado, para todos os países da UE. Já nos bastava a crise financeira, mas agora chegou a crise energética, motivada pelos "ventos" que varrem o Magrebe. Esta manhã, todas as gasolineiras subiram o preço dos combustíveis. E o pior pode estar para chegar...



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Sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2011

Depois da SIC-N acabar com o Plano Inclinado, levando à queda de Medina Carreira, como comentador de "aldrabices", "vigarices" e "trafulhices", e deixando o Mário Crespo ainda mais encrespado com o multifacetado palrador, eis que chegam notícias (não televisivas) sobre uma enorme debandada de super-stars da RTP para a TVI. Depois da Júlia Voz de Metal mudar de poleiro, da TVI para a SIC, é agora a vez de José Alberto de Carvalho e Judite de Sousa trocarem a RTP pele canal da Prisa. Porquê?... Não se sabe, é segredo de "vedetas" do showbiz. O certo é que, na Internet, circulava há dias um e-mail contra o "vedetismo" na RTP, contra pivôs pagos a peso de ouro, enquanto a maioria dos trabalhadores recebiam 1.500 euros  de ordenado. Com a crise, a RTP foi obrigada a proceder ao corte de 10 por cento nos salários. Isto quer dizer que o Zé Alberto e a Judite ficaram a receber menos 1.500 euros mensais... Daí a fuga para os canais privados. Eu penso que seria útil acabar com a RTP, já que aquilo é um sorvedouro de dinheiros públicos, para pagar a "preços certos", a "altas pressões milionárias", a mandaretes e regedores de capelinhas, a "papagaios-relatores" de futebol, que não deixam ver o jogo e se atropelam em comentários bacôcos.  O "serviço público" seria prestado pelos canais privados. Quanto à RTP-África e RTP-Internacional, qualquer um dos outros canais já faz o suficiente para levar Portugal à diáspora. No meio de todo este vendaval, só espero que a Dona Moura Guedes não vá bater à sede da Retepê, e alguem abra a porta para lhe dar acolhimento... Seria o cúmulo do cinismo e da hipocrisia, reinantes no show-business da nossa aldeia. A acontecer esta transação, terei que programar o menú de abertura da minha televisão. Irei optar pela CNN ou então pelo canal Galiza. Dois canais sem face-lifting nem boton...



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Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2011

Está a chegar, a hora de voltarmos ao mar?... De tempos a tempos, ouve-se falar muito sobre as potencialidades do mar português. Hoje, o Diário de Notícias, dedica-lhe o seu editorial. "Está a chegar...", titula o matutino, adiantando que, "ao largo da costa algarvia" ou "ao largo da costa da figueira da Foz, os índicios da existência de petróleo ou de gas natural são suficientes para manter a actividade prospectiva". Não sendo um jornal económico, achei estranho ser o DN a avançar com tal informação, mas ao chegar às páginas da Bolsa, havia uma notícia sobre este tema, que terá sido a fonte do referido editorial. Numa infografia, é-nos mostrado os vários locais das prospecções em curso. Ora, como não há eco sem um uma fonte de som, é de crer que alguma coisa está para ser divulgada no que toca às prospecções da Petrobras/ Galp/Partex, na bacia de Peniche; da americana Mohave no on-shore de Alcobaça; da Hardman Resources/Galp/Partex na bacia do Alentejo e da Repsol/RWE na bacia do Algarve. Refira-se que, no off-shore algarvio, já em 1972 a Esso Exploration Algarve havia procedido a sondagens, tendo-se encontrado petróleo, mas sem determinar a sua quantidade. Quarenta anos depois, a pesquisa de gas e petróleo é facilitada por meios tecnológicos que não existiam naquele tempo. A Esso desistiu, tal como o havia feito na Guiné-Bissau, mas o resultado insatisfatório de há 40 anos, pode tornar-se num possivel sucesso hoje, graças às novas tecnologias de prospecção.

Quinhentos anos depois da nossa epopeia marítima, e possuindo o nosso país a maior área marítima de toda a União Europeia, chegou o tempo de Portugal voltar a investir no Mar Nostrum, onde poderemos encontrar vastos recursos energéticos, através das ondas do mar, de torres eólicas, de gas e petróleo. O Mar Nostrum poderá fornecer-nos outros imensos recursos naturais, desde que sejamos engenhosos, tenhamos vontade e saibamos utilizar os meios adequados ao seu aproveitamente.

Até agora, temos olhado para o mar a partir das suas belas praias, mas a nossa zona marítima, económica e exclusiva tem muito para nos oferecer. Chegou a hora de voltarmos ao Mar Nostrum para beneficiarmos dos seus imensos recursos.



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Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011

A notícia corre por aí, por becos e ruelas, como se tivesse caído um meteorito. A gazeta enSOLarada, dirigida pelo iluminado arquitecto Saraiva, sabe, de fonte fidedigna, que os gémeos Dupont e Dupont (o encrespado Crespo e o eriçado Medina Carreira) cairam do Plano Inclinado, erguido na SIC-Notícias, onde, até agora, se entretiam a exorcizar os males deste país. Eu não tenho opinião sobre o Plano Inclinado, não só porque nunca assisti às charlações dos Dupont, mas tambem porque não gosto de declives, inclinações ou coisas vesgas. O que sei, é o que meia dúzia de amigos me contava sobre os serões televisivos dos Dupont. De resto, conheço bem o encrespado Crespo, desde aquele dia em que desabafou, aos microfones da RTP, "está um calor do caralho!..." (O Crespo estava na África do Sul, a fazer uma reportagem, em directo, sobre a libertação dum prisioneiro chamado Nelson Mandela). Tambem me lembro de Crespo, na Assembleia da República, a distribuir fotocópias aos deputados, como se fosse um simples groom de escritório. A "liberdade de expressão", neste país, estava em perigo -- afirmava Crespo. Ele queria ser uma vítima, tal como a D. Moura Guedes, da TVI. Soube hoje, que Crespo tambem chegou a indicar o polivalente Medina Carreira, como sendo um dos "mártires" que estaria na "lista negra" da Checa, polícia secreta do sôr Sócrates. A ter fundamento, a revelação de Crespo, deveria merecer um inquérito, ordenado pelo PGR. Mas não, tudo ficou em águas de bacalhau. A D. Moura Guedes, esteve de baixa durante mais de meio ano, a receber subsidio da SS, acabando por se "curar" com um "chorudo cheque" enviado pela TVI; as fotocópias do Crespo, dadas aos deputados, não convenceram os eleitos pelo povo, de que haveria "censura" em Portugal; e o polivalente Medina Carreira, acabou a palrar na SIC-N sobre "trafulhices" e "aldrabices", no Plano Inclinado, sempre apaparicado pelo Crespo. Com a sua queda, fica o éter menos poluido, e a vida com mais sentido.



publicado por Evaristo Ferreira às 18:40 | link do post | comentar

Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2011

O mundo árabe caminha para a mudança. As novas tecnologias ajudam à libertação dos povos oprimidos, e os jovens islâmicos, que procuram a democracia política e a liberdade de escolha, estão dispostos a recuperar do atraso em que têm vivido. Querem sair do século XV da sua história para entrarem no século XXI da era cristã. O mundo torna-se, assim, mais uniforme, mais seguro, menos desigual. Mas, até agora, só estão a lutar pelos seus anseios, vamos esperar e ver se conseguem sair da cápsula em que têm vivido. Na luta pela liberdade e a mudança, os povos do Magrebe levam vantagen sobre os outros. Se estes conseguirem derrubar os muros e passar para fora da almedina, a "revolução jasmiana" poderá estender-se não só a África e ao Médio Oriente, mas tambem à Indonésia. Para o Ocidente, este movimento de libertação vai sair caro, acarretando instabilidade nos mercados petrolíferos, gas, matérias primas e produtos alimentares. O Ocidente ainda não saiu de uma crise financeira e económica global -- originada nos States -- e já tem outtra em desenvolvimento, com origem na subida dos preços petrolíferos. Vivemos um tempo de mudanças bruscas, um tempo em que tudo corre velozmente, causando distúrbios nas cidades e turbulência nos mercados das matérias primas. Nada se faz sem esforço, nada se produz sem planeamento, mas tudo se exige com brevidade... Quando a panela começa a ferver, é preciso aliviar a tampa, senão pode explodir. Quando se teima em apertar a tampa, para não sair o vapôr, dá-se uma explosão [de ira, raiva, ódio] e instala-se o cáos e a desordem, sempre que os efeitos da explosão não são reparados em devido tempo. A diplomacia ocidental deve estar atenta às mudanças em curso no mundo árabe, e preparar-se para rectificar o rumo da acção até agora desenvolvida. Para não gerar mais conflitos, e ajudar os países em mudança na resolução dos problemas emergentes.

O poder corrompe, leva esta gente a julgar-se como um deus. Acabam por não se respeitar a eles e por perder o respeito pelos "irmãos" que dizem defender e amar. Matam, deixam de ter respeito pela vida humana. Este, é mais um que quer ser´"mártir", nem que, para tanto, tenha que matar centenas ou milhares dos seus concidadãos. 



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Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2011

Este país, com a gente que tem, não chega a lado nenhum. Um país assim, com gente sem iniciativa, com gente que passa a vida a lamentar-se, sempre à espera que o Estado lhe resolva os problemas, que se esquiva a pagar impostos e suborna o outro para lesar o Estado, com gente assim este país nunca alcançará o sucesso. Não é uma questão de quem governa, se é Sócrates, Santana, Durão, Guterres ou Cavaco. Qualquer primeiro-ministro, não será digno de servir esta gente. Repare-se no desvario: o presidente da CIP vem hoje dizer que "o peso dos salários prejudica a competitividade", mas o presidente da AIM[inho] contrapõe: "a competitividade [das empresas] passa tambem pela melhor formação dos empresários", e o deputado Frasquilho, do PSD, declarou que "há margem para reduzir a carga fiscal". Para ajudar ao desnorte -- em tempo de emergência financeira e orçamental -- a CGTP veio ameaçar com uma "grandiosa manifestação" marcada para 19 de Março.

Esta gente, vive neste país, mas ignora a situação do mesmo. Nada faz de concreto para salvar o país. Com gente desta, não admira que Portugal continue a navegar na tormenta, sem rumo nem futuro melhor.

Faço aqui um intervalo, para recuperar forças e esquecer o desvario político.

Vou tomar ar, às Astúrias, aos Picos da Europa, a Oviedo, Bilbao e Santander.

Dia 22 estou cá, para festejar mais um aniversário do beirão Sanches Galante.



publicado por Evaristo Ferreira às 15:16 | link do post | comentar

Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011

A reunião de ministros das Finanças dos países da zona euro   (Ecofin), realizada na segunda-feira, em Bruxelas, adiou para fins de Março aquilo que era urgente fazer agora. Este adiamento deixa os países mais vulneráveis, como é o caso de Portugal, entregues à voracidade dos "mercados" financeiros. Teixeira dos Santos, o nosso ministro das Finanças, regressou de Bruxelas bastante agastado. De tal forma que o Presidente Cavaco Silva convocou o ministro para ir a Belém. Da reunião, nada transpirou, deixando no ar sinais de preocupação. É que os juros da dívida soberana, no mercado secundário, têm aumentado até aos 7,43 por cento...  Hoje desceram ligeiramente. O Tesouro colocou hoje no mercado 1.000 milhões de euros, com juro abaixo do que era esperado. Por outro lado o Tesouro tinha 500 milhões de euros para comprar dívida de curto prazo, mas apenas comprou 215 milhões, a um juro favorável. Esta transação mostra duas coisas: ou os "mercados" não venderam por acreditarem no país, preferindo o juro ao reembolso, ou então os "mercados" estão a dar-nos tréguas... o que parece ser um contra-senso. Porém este comportamento dos "mercados" tambem se verificou ontem em Espanha, ao colocar 6.200 milhões com ligeira descida dos juros... Será que estamos no fim de ciclo dos juros agiotas?  Vamos esperar. Mas que tudo isto é contraditório, isso é. Repare-se: há dias foi divulgada a previsão para a economia portuguesa, apontando para recessão em 2011. Hoje foram publicados os dados do desemprego, que subiu para os 11,1 por cento. Ora, se a economia vai descer de 1,4 em 2010 para 0,30 em 2011, arrastando o PIB para baixo, o nosso país terá mais dificuldades em pagar a quém nos emprestou dinheiro. Como se explica que os juros subam no mercado secundário e estejam a descer no primário?... E já sabemos que a duplicaçao do valor do Fundo Europeu de Estabilização Financeira para os 500 mil milhões de euros, foi adiada para 2013!... Vamos ficar à mercê dos "mercados" ou vamos ter surpresas após as eleições regionais alemãs, marcadas para o final de Março? Vivemos tempos de inquietação, de ansiedade e de nervosismo. Que o diga o ministro Teixeira dos Santos, que tem mostrado uma coragem e uma resistência fisica notáveis, perante  esta intrincada situação financeira do país.



publicado por Evaristo Ferreira às 15:07 | link do post | comentar

Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2011

Não gosto de fazer previsões, nem de jogar búzios para adivinhar o futuro. Mas gosto de planeamento e controlo das minhas despesas em função de um orçamento mensal fixo. Quem não tiver em conta este procedimento, corre o risco de colapso financeiro. O cidadão que se deixa embalar pelo canto de sereia do "consumismo", fomentado pelos "mercados", está condenado à bancarrota. Mas é como cidadão comum que pretendo deixar aqui a minha visão política do país no pós-Outubro. Afinal, tambem eu começo a estar "contaminado" com a palração dos "papagaios-comentadores" da nossa praça. Por isso, e embora eu não queira comparar-me ao "oráculo-mor", o Professor Marcelo, aqui deixo registada a minha "profecia": O "camarada Jerónimo" vai desistir, deixa cair a prometida "moção de censura" ao Governo. Os confederados no BE, vão "engolir um sapo", quando no futuro dia 10 de Março apresentarem a sua "moção de censura" na AR. Nenhum dos partidos da "Santa Aliança" irá votar a moção do BE, justamente na véspera do 11 de Março... Esta é uma data fatídica, para os espanhois e para alguns portugueses de boa memória. José Sócrates e o seu Governo continuarão a governar o país, com desassossego, mas sem "bombas atómicas", pelo menos até Outubro. Passos Coelho não irá fazer nada para" minar" o caminho ao PS.  Passos será tentado pelos boys a entrar em guerra com o Governo, mas o líder laranja não lhes vai dar ouvidos, vai seguir à risca os preceitos lunares do "Ano do Coelho", que recomenda paciência, perseverança, entendimento das prioridades. Passos não vai precisar de "moções de censura" para apear Sócrates do poder. Uma moção de censura seria o cutelo na carreira política de Passos Coelho. Ele saberá aproveitar a janela, a porta ou a oportunidade ideal para derrubar Sócrates. Será no timing certo, isento de poeira, na estação da folha caída... Esse é o tempo de mudança. Quando o PS apresentar o Orçamento de Estado para 2012, Coelho vai sair da toca para tomar as rédeas do poder, ainda no "Ano do Coelho". Sem "moções de censura" nem venenos de fumigação. Passos Coelho vai dizer, simplesmente, que vota contra o Orçamento apresentado pelo Governo. Não vai haver maioria para salvar as contas apresentadas pelo PS. A "Santa Aliança" voltará a ser a mesma: PSD-CDS-PCP-BE.  O país irá para eleições. Quanto ao resultado eleitoral, tudo pode acontecer, mas pode até mesmo uma grande surpresa.

Até Outubro, muita coisa pode acontecer, até mesmo um valente tropeção...



publicado por Evaristo Ferreira às 14:50 | link do post | comentar

Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

Depois da vitória do povo egípcio, consumada após trinta dias de ocupação da Praça da Indepência (Tharir), no Cairo, levando à queda de Mubarak, por cá, a comunicação social e os "papagaios" do costume empenham-se agora em "derrubar" o Governo, co'moções ou sem moções, enquanto outros, mais sensatos recuam para trás das tábuas. Até o oráculo mais afamado deste país, o Professor Marcelo, se retratou ontem na TVI dizendo que, afinal, o "morto" não está morto -- devido à implausível moção de censura prometida pelo PCP -- voltando, assim, tudo à estaca zero. Quer dizer, o Professor Marcelo já não admite fazer o "funeral" do Governo. Por ora, vai dedicar-se à actividade jornalística, fazendo entrevistas de alto valor patriótico. Ontem entrevistou Paulo Bento, selecionador da equipa das quinas... O jogo correu fraco, sem golos, mas Paulo Bento ganhou a Marcelo, por comedimento nas palavras e prontidão nas respostas.

À margem do oráculo Marcelo, outras vozes se levantam para derrubar José Sócrates. Sao os professores que pretendem adiar a sua avaliação; são os trabalhadores a fazer greve por aumentos de salário; são os juizes e magistrados a requerer tratamento especial; são os médicos do SNS a pedirem a reforma; é o Presidente Cavaco Silva a vetar o diploma do Governo sobre a venda de medicamentos genéricos -- revogando, assim, uma lei que ele tinha criado em 1990 .. Simultaneamente, os boys do PSD desesperam por não chegarem à mesa do poder, e pressionam Passos Coelho para criar, já, um Governo Sombra, enquanto outros rejeitam a ideia, dizendo que isso poderia dar ideia de quem iria ser o ministro desta ou daquela pasta... Nas áreas de economia e finanças, o clamor é outro: pedem incentivos ao Governo para tudo e mais alguma coisa e os banqueiros continuam a afirmar que o FMI não é preciso, desde que nós sejamos capazes de resolver os poblemas. Tal como o primeiro-ministro, José Sócrates, está fazendo, desde sempre. Foi assim com o Congresso das Exportações, que reuniu mais de 1.000 empresários, e foi ontem com o Fórum Novas Fronteiras, sob o lema "Defender Portugal". Este lema fez amarelecer alguns "comentadores" e irritar algunss políticos. "Não passa de propaganda", dizem estes. Mas Portugal deve ser defendido, com coragem, e agora mais do que nunca. Os "mercados" da usura e da agiotagem funcionam, castigando os mais fracos. A ganância deles não tem limite, com FMI ou sem FMI. Que o digam os gregos e os irlandeses... Depois de pedirem "ajuda" ao FMI os juros da dívida soberana estão na ordem dos 11,3 e 8,75 por cento, respectivamente. Os "mercados" são insaciáveis, até Dilma Roussef tomou medidas para baixar a despesa do estado em 6 por cento... A dívida brasileira está com juros superiores a 5 por cento! A oitava economia do mundo, com crescimento de 5,3 para este ano, paga juros mais caros do que a Alemanha, Holanda, Suécia, etc. Mistérios da agiotagem que medra nos "mercados".



publicado por Evaristo Ferreira às 14:55 | link do post | comentar

Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2011

A oposição ao Governo na Assembleia da República, com destaque para o PCP e agora o BE, mostra a irresponsabilidade política dos seus dirigentes perante a "emergência financeira" em que o país se encontra. Primeiro veio o "camarada Jerónimo" dizer que a salvação do país estava numa moção de censura a apresentar ao Parlamento, destinada a apear o Governo. Naquela altura, os confederados do BE, desvalorizaram a proposta do PCP, alegando ausência de "efeitos práticos". Passados tres dias, Francisco Louçã dá o dito por não dito e fez pontaria ao Governo com uma outra moção de censura, marcada para o dia 10 de Março. Louçã não matizou as razões para deste desafio, mas deixou no ar um sinal de que se demarcava do PCP, por questões de ideologia. Esta escaramuça, feita no Parlamento no dia da greve dos transportes públicos, veio mostrar como a extrema-esquerda nada tem para oferecer ao país, a não ser "greves", protestos e a irresponsabilidade dos seus dirigentes. A sua acção parlamentar baseia-se apenas na "política de terra queimada": quanto pior, melhor. Louçã aprazou a sua "moção de censura" para a véspera do Conselho dos países do Eurogrupo, em Bruxelas. Certamente para desacreditar o primeiro-ministro, fragilizando as reivindicações de Portugal e mostrando aos "mercados" da dívida pública que Portugal não tem emenda, nem responsáveis políticos que mereçam credibilidade... A cegueira política dos nossos dirigentes da extrema-esquerda, que se degladiam para conquistar os seus eleitores, mostra como colocam os seus interesses partidários acima dos interesses do país. Ao lado destes pigmeus, está o CDS, que se prepara para "jogar" com votos de todas as côres políticas. Quanto ao PSD, nota-se que ainda não chegou a sua hora, mas os "boys" estão ansiosos por chegar à mesa do poder. Passos Coelho segue o seu caminho, mas os "boys" estão frenéticos, não estão dispostos a esperar mais tempo. Com esta pressa, Coelho pode cair numa emboscada, donde dificilmente sairá ileso.

Entretanto estamos em meados de Fevereiro, ainda não há resultados da Execução Orçamental, ainda não foram aplicadas todas as medidas do PEC III, nem temos a certeza de que a economia vá resistir à recessão, e os "mercados" têm os olhos postos em nós... Mas a oposição quer acabar com todas as expectativas, convencida de que tem uma varinha mágica para sair desta crise económica, "milagre" que nenhum país europeu ainda conseguiu realizar nas suas finanças, nem nas suas débeis economias...

Alívio em tudo o mundo. Euforia na Praça Tharir no Cairo, em todo o Egipto.

Finalmente o "faraó" Mubarak cedeu ao clamor do povo. Foi-se embora...



publicado por Evaristo Ferreira às 14:45 | link do post | comentar

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