Da vasta fauna de comentadores-analistas-emperdernidos, Vasco Graça Moura é um destacado psítaco. Este "papagaio" falante tão depressa está a poetizar como passa a grasnar. Do seu currículo consta ser poeta, escritor, tradutor de Danta e Goethe, parlamentar europeu, comentador político, etc. Quanto a mim o poeta e etimologista que foi, perdeu-se. Estragou a sua obra, contaminou a sua poesia, perdeu-se na linguagem desbragada e acintosa. Ainda tenho na memória o que este "papagaio" escreveu após as últimas eleições legislativas. Apodou o eleitorado de ser burro, mentecapto, merecedor da mixórdia que tinha escolhido... A linguagem utilizada pelo "poeta" era desbragada, digna de uma peixeira à antiga portuguesa. Ainda hoje, na sua folha do DN, a propósito dos candidatos à PR, vem vaticinar o que está à vista, utilizando o psitacismo para adjectivar os adversários do actual presidente. Para ele, VGM, é uma inutilidade, esta campanha. Aproveita para farpear José Sócrates, dizendo que o apoio deste a Manuel Alegre é "mais uma patetice manhosa". Depois diz que Carlos César, dos Açores, se pôz a "crocitar umas bocas foleiras contra" o acutal PR. Ainda a teclar o seu arremedo, VGM já estava a apontar para os leitores: "estou a ver daqui no mesmo cumprimento de onda patibular alguns dromedários (!) que me fazem o favor de se gabar de raiva a cada um dos meus artigos" (chiça, o vate descarrilou, entrou em paranoia).
Para VGM os seus leitores são "vilanagem", e o candidatos de esquerda são desconhecidos e sem mérito. "Os mais fracos pôem-se em bicos de pés e são logo promovidos à partida, pelo facto de serem apresentados a debater com os mais fortes". No meio da "alegre campanha", "Cavaco Silva vai avançando, sem pompas, sem efeitos especiais", afirma o "papagaio louro". A verborreia de VGM é uma autêntica carnificina etimológica. Chega a proclamar que o candidato Cavaco Silva é uma espécie de "salvador da Pátria" e que nenhum dos restantes candidatos tem competências para ocupar o Palácio de Belém. E remata com sapiência dromedária, "que o país foi arrastado (para esta crise) por umas cambadas governativas irresponsáveis".
O azedume, o flato e a pesporrência tomaram conta do "papagaio" VGM. Os traços fisionómicos do seu rosto, dão crédito à sua doença.
Ainda temos grandes comentadores nacionais. O deserto árido da palração caseira, povoado pelos "papagaios" do costume, esteve ontem ausente na discussão do canal 1 da RTP no programa "Prós e Contras". O tema era sobre a crise actual, pelo que assisti com interesse ao programa, do qual há muito deixei de me interessar não só pelo formato, mas tambem pela extensão do mesmo a entrar nas horas do dia seguinte. A discussão acabava sempre na confusão, no desvario da palração, e Fátima Campos Ferreira ajudava à ceifa, cortando a palavra aos oradores por tudo e por nada. Ontem verifiquei que a "moderadora" cumpre o seu papel e já não grita nem tagarela como dantes. Quanto aos convidados da noite eram eles. o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, o decano Professor Adriano Moreira, o sociólogo António Barreto e o académico José Barata Moura. Fiquei impressionado com o pensamento ecuménico, cultural e político de D. Policarpo. Está ao nível, ainda mais assertivo, de Beneditus XVI. Quanto a António Barreto, penso que ele já assimilou o país pós-25 de Abril, mostrou que é conhecedor da realidade actual, e daquilo que era Portugal há pouco mais de 30 anos. Tambem o ex-Reitor da Universidade de Lisboa, José Barata Moura, mostrou que é conhecedor do "sistema" que governa hoje este mundo, não as gentes escolhidas pelos eleitores, mas sim os lóbis, a maçonaria, os grupos que trabalham à margem da ONU. Por fim devo salientar o discurso dum grande senhor, que apesar da idade continua a comentar a política, a diplomacia, a globalização e os "espaços culturais" como um mestre que é ouvido em silêncio pelos seus ouvintes. Conhecimento, objectividade, poder de análise, serenidade no raciocínio, clareza de ideias, estes são pontos salientes do seu discurso. É um prazer ouvir o "senador" Adriano Moreira. E seria bom que os "papagaios" da nossa praça aprendessem com este mestre da palavra. Seria bom que, os "poleiros" da nossa indústria de serviços palrativos estivessem ao serviço de gente que tem competência, tem ideias e as sabe expôr com serenidade, sem atropelar o adversário. Um bom comunicador, alem de uma boa ideia, precisa ter isenção, competência, análise clara e sem sofismas. Infelizmente a maioria dos nossos comentadores de capoeira apenas o são para preencher tempos mortos nos canais de media, onde facturam a recibo verde. Zangam-se uns com os outros mas, no final, acabam todos aos beijinhos, depois de cumprirem o guião de quem lhes pagou a factura.
O Professor Adriano Moreira é um diplomata da palavra, um mestre na análise política.
Antes da missa semanal, celebrada ontem na TVI pelo Prof. Marcelo, foi-nos mostrada uma entrevista feita a Isabel Sá Carneiro, orquestrada pelo "Indiana Jones dos cenários políticos" da nossa praça. Marcelo escreveu o guião e mostrou como é possivel "dirigir" perguntas para obter respostas "convenientes". No entanto o Prof. Marcelo encontrou em Isabel Sá Carneiro uma pessoa dificil de moldar ao guião pré-estabelecido. O Prof. Marcelo pretendia realçar o "mito", o herói, o lutador, o dirigente político, o "condestável" do pós-25 de Abril. Nas respostas de Isabel Sá Carneiro, apenas foi salientada a inteligência e a teimosia de Sá Carneiro. O mito criado sobre Francisco Sá Carneiro nos últimos 20 anos não esteve presente na entrevista concedida pela ex-mulher de Sá Carneiro ao Prof. Marcelo. Ele tentou, insistiu, procurou "criar um cenário" de herói, mas quem se revelou verdadeira heroina foi Isabel Sá carneiro. Dissa ela que o Chico era calado, tímido, pouco corajoso; desistiu de lutar pela democracia enquanto esteve na Ala Liberal nos tempos de Caetano; esteve em Angola, que achou deprimente, enquanto Isabel se sentiu fascinada; após o regresso de Londres, onde esteve por problemas de saúde, quiz emigrar para o Brasil. O Chico abandonou o partido, amuado, regressando pouco depois. Nesta entrevista, quem me pareceu ser forte, decidida, lutadora foi Isabel Sá Carneiro. Ela foi o grande esteio familiar, a pessoa que sempre fez frente às adversidades, que dava respostas e ajudava o marido a seguir o seu caminho. E de tal modo o fez que Sá Carneiro optou por seguir em frente, mas ao lado de Snu Abecassis. Ironia esta, pois Sá Carneiro era cristão praticante, ia à missa todos os dias (ao contrário de Isabel), era aconselhado por tres ou quatro beneditinos. Apesar de cristão, afrontou os preceitos da igreja, juntando-se a Snu. Aqui sim, O Chico mostrou coragem, por amor a quem mais amava, dizendo nada aos bons costumes, afrontando a Igreja, tal como fez Henrique VIII de Inglaterra. Quanto ao "mito" político criado pelo orfãos do sá-carneirismo, não passa de um arremedo do velho e lusitano sebastianismo.
O caso Wikileaks mostra como este mundo está em mudança. Tudo está a ficar de pernas para o ar. Dantes a diplomacia caracterizava-se pela moderação, pela elegância no trato, pela descrição. Era uma actividade cheia de segredos bem guardados. Agora, tal como na arte, na pintura, na música, na literatura e não só, cada um apresenta as coisas como as sente e vê, foge aos cânones, burrifa-se para os preceitos, as normas. Assim, tudo se torna caótico, feio, irritante. Não admira pois que os EUA estejam desorientados pelo que aconteceu aos documentos "top secret" relacionados com a sua diplomacia. As relações entre países deixaram de ser analisadas ao nivel mais restrito, para se tornarem agora motivo de chacota política, depois de Julian Assange ter colocado na Internet milhares de documentos "secretos" enviados à Secretaria de Estado pelos altos funcionários da diplomacia americana. Depois desta assombrosa e inacreditável fuga de informações, os EUA vêm agora acusar Assange por crimes de pirataria e não sei que mais. Em minha opinião, quem deveria ser chamado à pedra era o sargento americano que conseguiu passar cá para fora toda aquela informação. O mundo está cada vez mais incerto, cada vez mais inseguro. Dantes os EUA tinham seis esquadras de porta-aviões, com navios de apoio, passeando no Pacífico, no Índico, no Atlântico, no Mediterrânio. Hoje de nada valem esses navios não só porque as potências têm misseis intercontinentais como têm satélites espiões no espaço. A guerra hoje faz-se com material mais sofisticado. A Internet foi criada para servir o poderio militar, mas o "mercado" conseguiu atrai-la para o lado dos civis, e hoje a liberdade joga-se na Internet... Os militares cederam esta arma e agora não podem lutar contra ela. Este mundo está em constante mudança. Por isso não serve de nada lutar contra a liberdade de expressão na Internet, porque este é o tempo de todos poderem provar o poder de se exprimir. De resto, o culpado de tudo isto, foi o sargento americano. É esse que deve ser responsabilizado pela fuga de informação. Além disso, a Agência Nacional de Segurança dos EUA, deve implementar procedimentos de segurança mais fiáveis. Como é possivel dar-se uma fuga de tanta papelada, considerada relevante e secreta? Já o Marquês de Sade dizia, em Filosofia de Alcova, que as leis foram criadas pelos poderosos, por quem tem. Quem nada tem, não precisa de leis para se proteger dos ladrões. Quem devia ser punido, dizia Sade, é quem deixa os bens à solta, não os guarda nem os protege para evitar o roubo... Não há dúvida, este mundo está de pernas para o ar.
Julian Assange já está preso... acusado de assédio sexual na Suécia. Insólito.
O canal de televisão TVI24 mostrou ontem um trabalho da BBC sobre a crise do subprime americano. Excelente dramatização baseada em factos reais, tendo de seguida organizado um breve debate sobre o assunto. Dos tres comentadores, o "papagaio" com os comentários mais enviezados foi Cantiga Esteves, professor de Finanças do ISEG. Primeiro falou um bancário do Banif, que usou de muitos cuidados para não estragar mais a imagem dos banqueiros sem escrúpulos. Depois atalhou o professor Cantiga Esteves, para dizer coisas banais, desajustadas, sem rigôr histórico. "O subprime era um crédito à habitação", disse o professor, com "empréstimos a 30 anos" e conduziu à "exaustão do crédito por parte dos bancos", adiantou. "Com a falta de fundos, os bancos entraram em colapso" e "a crise alastrou a todo o mundo"... Perante esta análise feita pelo "papagaio" Cantiga Esteves, até o analista residente da TVI, Peres Metelo, entrou de supetão contestando o professor do ISEG. "O subprime era um crédito de alto risco" do qual foram gerados "derivativos com altos juros que não passavam de lixo", respondeu Peres Metelo, exaltado. O bancário do Banif ficou entalado entre o discurso destes antagonistas e pouco mais adiantou. A mim o que mais me surpreendeu foi a tacanhez, o enviesamento e a falta de visão analítica do professor Cantiga Esteves. Para ele tratou-se apenas de uma bolha especulativa do imobiliário, que atingiu o resto do mundo.
Enfim, os "papagaios" da nossa praça são autistas, deturpam a história e não servem para esclarecer. Sabemos que a economia americana, nos anos de 2001/2003, após a bolha das "dot.com", estava fragilizada, por causa do esforço de guerra no Afeganistão e no Iraque e tambem porque o défice comercial era elevado. Vai daí, em 2004, George Bush a pedido dos grandes "bancos de investimento" autorizou a sua desregulação e estes passaram a gerir negócios obtusos, com a complacência de Alan Greenspan, o chefe da Reserva Federal. Era preciso que o consumo interno gerasse crescimento, cantavam. Para isso havia que desenvolver a indústria imobiliária, pois esta ia movimentar dezenas de indústrias ligadas à construção civil. Bush deu o aval, e depois foi o que se viu... No final de tudo, Bush haveria de dizer dos banqueiros de Wall Street: "embebedaram-se todos". Pois foi, acabou tudo numa orgia de caviar e champanhe, levando à falência instituições bancárias com mais de 150 anos de história. O "lixo" do subprime atingiu directamente alguns países da Europa porque os bancos suiços, ingleses, franceses, alemães e irlandeses tambem não resistiram à ganância dos juros cobrados pelos CDS dos créditos hipotecários. Compraram "lixo tóxico" com o aval das agências de rating, que lhe atribuiam a classificação máxima de AAA. Estas agências tambem eram cotadas em Wall Street. Andava tudo a ganhar rios de dinheiro com o esquema imaginativo montado por banqueiros sem escrúpulos. Para conhecer a história da actual crise, gerada pelo subprime, consulte-se a versão em inglês da (en.wikipedia.org/wiki/Subprime_mortgage_crisis). A versão em português, menos documentada, mas útil para uma rápida visão do que foi a "loucura" dos banqueiros "sofisticados" que geraram o esquema de Ponzi chamado "subprime mortgage", está em (pt.wikipedia.org/wiki/Crise_do_subprime).
Os papagaios aprendem a soletrar umas palavras, mas não raciocinam...
Somos um país pobre, mas a maioria dos portugueses vive como se fossem ricos. Temos ordenados baixos, carências diversas, mas todos querem ter um Serviço Nacional de Saúde (SNS), gratuito ou tendenciamente grátis. Não pode ser assim. O SNS tal como está é uma fonte de desperdício. A despesa com o SNS está nos 10 por cento do PIB, e vai continuar a subir, porque, com ou sem medicamentos gratuitos, o portuguesinho não poupa na saúde. Médicos, farmaceuticos e doentes, "para a saúde", gostam de ter o melhor. Uns porque quanto mais se gastar, mais ganham; os utentes porque exigem o melhor para si. Ora, isto só num país rico. Mas há países ricos que não oferecem este "banquete" grátis aos seus cidadãos. O SNS tal como está, é um sorvedouro de dinheiros públicos. Hospitais, pessoal, medicamentos, aparelhagem cirúsgica, meios de diagnóstico de ponta, tudo isto fica caro. Mas ninguem tem controle sobre a despesa. Os médicos receitam os medicamentos mais caros do mercado, os produtos de higiene desaparecem pelo cano abaixo, o corpo clínico esforça-se a facturar. O médico acede ao desejo do "doente" quando este lhe pede um medicamento para as insónias, para a dor de cabeça, para a azia do estômago ou para a dor nos calos... Como se isto não bastasse, ainda lhe concede um produto para as dores de dentes do cunhado, para a garganta do sobrinho, para a insónia do tio, etc. etc. O primeiro ministro afrontou a classe médica com a instituição do relógio de ponto, mas agora a classe médica vinga-se no desperdício... Quanto pior, melhor... Assim pensam os médicos ressabiados. O actual SNS é um serviço de "cinco estrelas" para os portuguses e para doentes estrangeiros ocasionais. É preciso acabar com o desperdício no SNS. A saúde dos portugueses começa na educação, na alimentação, no exercício físico. É por aí que deve começar a cuidar-se da saúde dos portugueses.
Hoje a imprensa vem a dizer que a insdústria farmaceutica atrasa o envio de medicamentos para as farmácias, porque estão a exportar para países onde esses medicamentos são mais caros... Tudo bem, isto é o "mercado" a funcionar, mas de forma mandriona, porque se existem oportunidades para exportar, então ponham todas as máquinas a trabalhar, mobilizem o exército, se preciso fôr. mas não nos venham dizer que não há capacidade para satisfazer o SNS e os pedidos do exterior. A ser verdade, isto é mais um desperdício, caramba!.
Este fim de outono parece inverno, pelo menos no que respeita a chuvadas, aguaceiros, frio, quedas de neve, etc. Como o clima está alterado, é bem provável que o inverno que está para chegar se apresente mais ameno e menos desastroso. Este verão, o país foi castigado pelos incêndios florestais, mas a Natureza volta a renascer das cinzas. reconstruindo a paisagem, os pastos, as florestas. Coisa que não acontece com as inundações causadas pelas intempéries do outono/inverno. Repare-se no que está a acontecer à Madeira e tambem aos Açores, ainda não estavam reparados os estragos causados no último inverno, e vieram agora repetir-se as inundações nas cidades e encostas de diversas ilhas. Nos portos marítimos o flajelo tambem tem sido enorme, com vagalhões embatendo contra amuradas e arrastando pequenos veleiros e navios de pesca. Nas cidades, como o Funchal, já contam com a terceira enxurrada este ano. Reconstroi-se, logo vem o mau tempo, e tudo se destroi. Alberto João Jardim parece ter agora mais inimigos, para além dos "cubanos do Contenente". Agora tem contra ele a Mãe Natureza, e tudo leva a crer que Jardim vai acabar por abandonar o cargo de presidente do Governo Regional, deixando a Madeira em "estado de calamidade". Não seria este o desejo do soba da Madeira, que certamente gostaria de terminar em glória o seu reinado da Pérola do Atlântico. Como diria o "venerável papagaio" João César das Neves, economista da Católica, e temente a todos os deuses, -"o homem põe, Deus dispõe". Amem. (Em política, manda o cinismo).
Nos últimos meses, o "papagaio" que mais espaço tem ocupado no Diário de Notícias tem sido José Miguel Júdice, o advogado que factura mais caro na praça nacional. Ele é dono de uma cadeia de hoteis de luxo, é "industrial" de pareceres e afins à actividade jurídica, palra nas televisões e nos jornais, sempre com grande relevo, e, naturalmente, tambem factura por esta actividade palavrosa. Hoje vem dissertar sobre coisas irrelevantes, sendo que, dessa irrelevância, sobressai o oráculo da necessidade imperiosa de Portugal ser "resgatado" pelo FMI. Esta profecia (ou desejo) de Júdice, tem um sabor a bafio, sobretudo depois de ele declarar aos quatro ventos o seu apoio à candidatura de Cavaco Silva. Com aquele desejo/profecia, Júdice deixa muitas dúvidas sobre o assunto. Quererá ele ajudar ao protagonismo de António Borges, director adjunto para o FMI-Europa? Quererá Júdice "entalar" José Sócrates, de quem já foi aliado? Quererá Júdice marcar presença num futuro governo PSD? Perguntas que ficam no ar, sem resposta do oráculo do Hotel das Lágrimas.
O desejo de muitos "papagaios" laranja era ter cá o FMI. Júdice alinha nessa corrente milagreira, mas a realidade mostra que esse "happening" não tem suporte para acontecer. O FMI está cada vez mais distante dos "papagaios" da nossa paróquia. Prova disso está no comportamento que os "mercados" estão a ter. Os juros da dívida soberana atingiram, a semana passada, o patamar dos 7,14 por cento. Hoje estão a negociar a 5,813 por cento. Os "yields" da mesma (CDS), no mesmo período, passaram de 5,12 para 3,75 por cento hoje. Alem disso, ou "pour cause", o BCE continua a comprar dívida soberana, e vai ajudar a banca, por mais um ano. Decididamente, assim, os "mercados" não têm a vida facilitada e a visita do FMI a Portugal, tão ansiada pelos nossos "papagaios", cada vez mais se converte numa hipótese hipotética.
Tivemos um dia chuvoso, frio e com sol, na Grande Lisboa. O feriado levou muitas familias até aos centros comerciais. Sem aulas, os pais tiveram que entreter os filhos em dia de chuva. Mas os "mercados" estiveram abertos, porque as grandes empresas do PSI20 estão cotadas em Nova Iorque, fazem parte do Euronext 100. O Estado colocou hoje no mercado 500 milhões em Títulos do Tesouro, à taxa de 5,281 por cento. No que toca a cotações bolsistas, todas as praças europeias e norte-americanas subiram em flecha, entre dois e quatro por cento. Devem ter fechado fundos e futuros para apresentarem lucros anuais, a partir de Janeiro. A onda de subidas hoje verificada, indicia uma certa acalmia ou fim de vindima em 2010. Vamos ver o que vai acontecer nos próximos dias.
Este é o tempo do urso... Para ultrapassar o frio de inverno, entra em hibernação. Assim poupa energia e esquece a crise...
LER OS OUTROS
MAIS LEITURAS
BLOGS ANTERIORES