Sirvo-me do título da obra "literária" escrita pelo adiminstrador da Vodafone, António Carrapatoso, escarrapachada nalgumas livrarias, para admitir que os boys do PSD estão quase a Desatar o Nó, ou seja, estão quase a conquistar a "mesa do poder", tendo em consideração os últimos passos dados por Pedro Passos Coelho no sentido de derrubar o Governo de José Sócrates. Cabe agora a Cavaco Silva evitar uma "crise política", arrasadora para o país e da qual sempre se mostrou adversário acérrimo. Abrir uma crise política, numa altura de enorme incerteza, não só a nível nacional como tambem internacional, quanto à recuperação da economia mundial, por via do tsunami e do acidente nuclear no Japão, ainda vai complicar mais a vida dos portugueses. Portugal e o seu governo lutam com enormes adversidades para cumprir as metas impostas pela União Europeia: temos juros altíssisimos no mercado da dívida soberana; temos a subida do petróleo; teremos quebra das exportações devido à crise japonesa e à desacelaração da economia chinesa. O panorama é negativo, devido a estas imprevisibilidades. O Banco Central Europeu poderá vir a adiar a subida de juros que havia prometido para Abril. Isto demonstra bem como estamos a viver com constantes e imprevisíveis acontecimentos à escala mundial. Resta-nos uma vaga esperança de que ainda haja bom senso nas lideranças políticas, procurando evitar uma crise política, que, a acontecer, será um verdadeiro tsunami para o país.
GUERRA COLONIAL - Ontem o Presidente Cavaco Silva, ao comemorar o dia dos Combatentes, fez a apologia da guerra colonial e incitou todos os jovens a seguirem o exemplo de quantos lutaram na frente de guerra em África. Só um espírito alheio ao sofrimento humano pode defender uma guerra sem sentido, uma guerra contra a libertação dos povos colonizados. O Presidente, ao dizer o que disse, mostra que não esteve na frente da batalha, que apenas cumpriu o serviço militar atrás de uma secretária. A guerra colonial foi inútil, abjecta, destruidora de vidas humanas. Qualquer povo colonial tinha o direito à auto-determinação. A ditadura de Salazar preferiu a guerra. Mandou a nossa juventude defender o indefensável. Deixou o país ensanguentado.
LER OS OUTROS
MAIS LEITURAS
BLOGS ANTERIORES