Estamos a ver como Chipre, um pequeno país da ZonaEuro, tem resistido ao
canto da sereia, recusando os ditâmes da senhora Merkel. Logo que foi conhecida a "carta de intenções para o resgate financeiro", na qual constava o confisco de 6,75% nos depósitos bancários, os cipriotas vieram para a rua manifestar-se de forma veemente. De tal forma que o Parlamento cipriota, que deveria dar o aval ao acordo de resgate, recusou, por unanimidade, as condições impostas pelo Eurogrupo. O Parlamento cipriota deu seguimento aos protestos de todos aqueles que haviam confiado no sistema bancário, saindo fortalecido, e dando com a luva na cara daqueles que, ignorando a regra da "confiança", poderiam levar o sistema bancário europeu ao colapso.
Por cá, temos um Governo maioritário que faz apenas o que os "mercados" desejam, ou seja, pôe-se de joelhos perante a Troika, os "Mercados" e a senhora Merkel. Obedecem zelosamente aos "mercados" -- ao Goldman Sachs, ao Bank of America, ao Barclays, ao J.P. Morgan, ao Deutsche Bank, ao HSBC, ao Bank of Scotland -- a todos aqueles que causaram a crise financeira que alastrou pelos Estados Unidos e a Europa. São estes bancos que constituem os "mercados" a quem Passos Coelho e os seus acólitos gostam de obedecer cegamente, e de prestar vassalagem. Chipre foi uma bofetada nos apóstolos dos "mercados". O Vitor Gaspar, Passos Coelho e os seus restantes ministros, se tivessem coragem, se tivessem patriotismo (o "pin" da bandeira na lapela é uma blasfémia), deveriam corar de vergonha. Depois da Grécia (e não cumpriu), só Portugal tem enfiado o barrete e seguido os conselhos da senhora Merkel. Os resultados estão à vista.
Viva o Chipre livre!
O povo da Rússia profunda e milenar festejou ontem o fim do Inverno. Das
comemorações consta a Festa das Panquecas. À medidas em que os fusos
horários iam caindo, os eventos foram-se sucedendo nas cidades, vilas e
aldeias, com folclore, danças, cantares, corridas a pé, banhos no gelo, etc.
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