"O que se passou ontem no ISCTE não tem justificação. Em democracia temos
de nos demarcar de comportamentos extremistas premeditados que impeçam um membro do Governo de discursar, usando a força como forma de boicote". Assim escreveu Eduardo Oliveira e Silva, director do jornal I. Aliás, os jornalistas e comentadores da nossa praça, com medo de perderem o emprego, metem a viola no saco e ajoelham-se perante o poder económico, que suporta este Governo. A profissão de jornalista, com esta crise, abastardou-se. Salvo raras excepções, hoje já são muito poucos os jornalistas íntegros, defensores da lei e da liberdade. Cederam em toda a linha aos "mercados", e áqueles que defendem a acção destes mesmos. Mas, afinal de quem é a culpa do que se está a passar? Não é Pedro Passos Coelho e o seu Governo por manter em exercício um ministro que está "morto", que tresanda a fedor e causa náuseas a qualquer pessoa honesta e de bom senso? Depois de todas as "trapalhadas", tropelias e atropelos cometidas por Miguel Relvas, não deveria Passos Coelho ter demitido este ministro, logo após ser conhecida a fraude da sua licenciatura em não sei quê? Um primeiro-ministro político, conhecedor dos meandros da governação, logo teria percebido que não podia continuar a dar cobertura a Miguel Relvas. Na hora apropriada não o demitiu, desculpou-o, e continuou a dar-lhe "vara larga". Nessa altura, Miguel Relvas recuou para os bastidores, após as "trapalhadas" com a privatização da RTP. Mas prometeu voltar (as Mac Artur said), com mais força e com mais determinação... Agora o "licenciado" Miguel Relvas, onde quer que se apresente, é motivo para chacota e o povo indica-lhe a porta de saída, mas nem Passos Coelho nem Miguel Relvas percebem que um produto pôdre, deve ser retirado para não contaminar os restantes. Ora, no caso de Miguel Relvas, verifica-se que o seu estado bolorento já contaminou o próprio primeiro-ministro e o seu Governo. Estão todos a apodrecer, já começa a cheirar mal, o povo já não aguenta esta podridão. Por isso protesta, exigindo do Governo uma "limpeza" completa, seguida de uma desinfestação geral. O ambiente e os portugueses assim o exigem. Queremos políticos com ética, honrados e respeitadores das mais elementares regras de transparência e rigôr na governação. Exige-se respeito pelas instituições nacionais e pelos cargos políticos.
Com Relvas no Governo o espectáculo de circo ambulante, vai continuar. Até apodrecer.
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