Este Governo não é "flôr que se cheire", nem "planta em risco de extinção".
Por isso não compreendo a necessidade de uma enxertia que o primeiro-ministro colocou em agenda, destinada a fazer uma "remodelação light" no seu executivo. Deste Governo não vamos ter saudades, nem vamos chorar pelo seu enterro. Em vez de uma "remodelação" feita pela rama, bom seria que fôsse feita pelo tronco da árvore, onde se encontram alojados os ministros que definharam o nosso país. Nada mais há a esperar desta "árvore", uma espécie rara, mas que persiste em resistir, em manter-se viva, sabendo nós que alguns dos seus "ramos" estão contaminados, infestados de pragas. Uma enxertia, a fazer-se, deveria ser nas pernadas da árvore, ou seja, nos ministros que desde há muito tempo estão mortos. Uma enxertia da qual poderia resultar bom efeito, deveria ser efectuada na "pernada" do ministro Miguel Relvas, que está a infectar a "árvore" do Governo; outra enxertia necessária, deveria ser feita na "pernada" do mnistro Álvaro; idem na "pernada" do ministro Nuno Crato; outro tanto na "pernada" do ministro-caixeiro-viajante que parece estar, mas não está; que parece ser, mas não é; que parece leal, mas é infiel, etc. Em resumo: este Governo é mefistofélico, é um cóio de demónios, é um lago pantanoso, é um cemitério de pecadores. Por favor, não procedam à poda nem à enxertia desta espécie florestal. Deixem que o clima crie condições atmosféricas para, através de raios e coriscos, provocar um incêndio onde tudo possa ser reduzido a cinzas. Este Governo está fora do "prazo de garantia". Não vale a pena fazer-lhe uma enxertia. Precisamos de "gente honrada", não de gente mentirosa. Precisamos de gente pragmática, mas generosa. De governantes com projectos de futuro, não de gente dedicada à enxertia, disposta a fazer de nós cobaias, subsmissos aos "mercados".
Pedro Passos Coelho pretende fazer uma poda, logo seguida de uma enxertia,
para renovar -- ou refundar -- o seu Governo. Um Governo cheio de parasitas,
que está a corroer os fundamentos do Estado Social e da democracia portuguesa.
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