No que respeita a "trapalhadas" este Governo de PEDRO Passos Coelho já
ultrapassou em muito o governo de PEDRO Santana Lopes. Não se passa um dia em que não sejamos confrontados com uma trapalhada. Neste início do ano tem sido por demais. E são trapalhadas com impacto na economia, no emprego e na cobrança de impostos. Desde a apresentação do OE-2013, em Outubro, que o Governo não acautelou a execução de alguns procedimentos, nomeadamente as novas tabelas do IRS, a inclusão dos duodécimos referentes aos subsídios de Natal e férias a pagar com os ordenados ou as pensões, e a prevenção da consequente subida nos escalões do IRS. Neste momento a maioria das empresas está a preparar-se para processar os ordenados de Janeiro, e o Governo nem sequer publicou a tabela dos novos escalões de IRS. Por outro lado, com a inclusão de duodécimos na lista dos ordenados a pagar, as empresas são confrontadas com a subida de custos para os quais falta dinheiro em tesouraria. Mas para o Governo, tudo isto são pinuts. Complicam e baralham as regras, e obrigam as empresas a dispender mais dinheiro, sem que entretanto lhes tenha sido apresentadas as novas tabelas do IRS. Tres meses após a apresentação do OE-2013. Esta é uma das maiores trapalhadas até agora cometidas pelo executivo de Passos Coelho. Para "rasurar" o efeito desta trapalhada, fomos hoje surpreendidos com a Lista de Cortes apresentada ao Governo pelo FMI. Não sei quem encomendou o disparate, se foi o Governo -- para daí lavar as mãos -- se foi uma "agência de contra-informação" que serviu este "prato" destinado a esquecer a grande trapalhada das tabelas do IRS. Sei que o primeiro-ministro vai explicar ao país, pelas 16,00 horas, a sua opinião sobre o "recado" enviado pelo FMI. Até agora, o impacto na opinião pública, foi fortíssimo. Todos os comentadores são unânimes numa coisa: a intromissão do FMI na reforma do Estado português, representa uma ingerência inadmissível. Embora se trate de dar uma ajudinha a Passos Coelho, o primeiro-ministro tem de explicar se foi ele que pediu este "foguetório", ou se foi qualquer outro agente ao seu serviço, nomeadamente o ministro-sombra António Borges, ex-funcionário do FMI para a Europa. Esta gente tem um objectivo: refundar o Estado -- ainda que não tenha sido eleita para tal fim.
Este Governo sempre foi contumaz nas trapalhadas, até na escolha dos seus serventuários.
Quem não se lembra do Catroga dos "pentelhos", que sacou uma foto para o seu telemovel
no acto da assinatura do acordo com a Troika, para mostrar serviço a Passos Coelho, que lhe
agradeceu, oferecendo-lhe um lugar à mesa da EDP, com um salários de 648 mil euros anuais.
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