"Ou vamos para eleições no país ou vai o PSD".
Foi assim que tudo começou, e foi assim que esta "gente honrada" chegou ao "pote". O autor deste desafio foi o consul Marco António, oficial às ordens de Filipe Menezes, presidente da Câmara de V N Gaia, que por sinal é a autarquia mais endividada do país. Passos Coelho, que já levava um ano como Presidente do PSD, para não desagradar aos boys do partido, resolveu chumbar o PEC-4, que haveria de levar à queda do Governo PS, à demissão de José Sócrates, e à convocação de eleições, prontamente anunciadas pelo Presidente Cavaco Silva, que assim realizava o velho sonho de Sá Carneiro: um Presidente, um Governo e uma Maioria.
Quando esta "gente honrada" chega ao poder, tem como almofada política
o Memorando de Entendimento negociado com a Troika, e tão ansiosamente desejado por Passos Coelho, que trazia na algibeira os pergaminhos do neoliberalismo. Tudo o que houvesse para fazer, não era por vontade desta "gente honrada", era por imposição da Troika, diziam eles. Mas a alegria e o delírio eram tão evidentes, que o Governo low-cost de 10 ministros, 35 secretários e duzentos e tal "peritos", "assessores" e "conselheiros" se transformou numa máquina trituradora de direitos adquiridos. Adoptaram como marca, o pin da bandeira nacional na lapela e como lema "iremos alem da Troika"-- "custe o que custar". O efeito produzido pelas medidas tomadas pelo Governo destes estarolas, está à vista: (1) queda do investimento público e privado, (2) 16% de desemprego, (3) queda drástica do consumo interno, (4) aumento brutal dos impostos, mas com queda acentuada da receita fiscal, (5) défice incontrolável, (6) aumento da dívida pública de 92 para 124% do PIB, (7) e aumento de falências cada vez em maior número.
Ao fim de ano e meio de governação neoliberal, que futuro vai ser o nosso? Vamos a caminho da Grécia, inexoravelmente. Todavia, os ranhosos estão convencidos de que o maná está para breve, e cantam hossanas à obra conseguida. Esta gente está a delirar... ou ficaram todos loucos?
O consul Marco António está à esquerda de Passos Coelho, à direita deste está o
massagista contratado para "amaciar" o discurso do Governo e as querelas entre
neoliberais, social-democratas e o Partido do Contribuinte, que serve de muleta...
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