A costa atlântica dos EUA acaba de ser assolada pelo furacão Sandy, um dos
mais devastadores de sempre, tendo deixado, à sua passagem, destruição, morte e perdas enormes na economia norte-americana. A uma semana das eleições presidenciais, e cinco anos após o rebentamento da bolha expeculativa originada no crédito hipotecário de alto risco, que levou à falência centenas de bancos, entre os quais se conta o Lehman Brothers, Bear & Stearns, o Merryl Linch, o grupo AIG, o Wachovia, e o Citibank, a nação americana debate-se agora com mais este desastre económico que, alem da perda de vidas humanas, deve superar os 80 mil milhões de dolares, ou seja, mais de metade do PIB português. Mas o colapso provocado pelo Sandy pode marcar o início da recuperação económica dos EUA. Depois das presidenciais marcadas para terça-feira, dia 6, o presidente eleito pode mobilizar os fundos necessários à reconstrução, apelando à Reserva Federal para emitir dinheiro. Será uma espécie de Plano Marshal, um ponto de partida para estimular a economia.
Nós por cá, estamos a ser vítimas de um Governo que nos trouxe até à beira do
abismo. Não se trata de um furacão, nem de um acidente ocasional. Trata-se de um verdadeiro desastre provocado por este Governo. Enquanto os EUA foram arrasados (na costa atlântica) por um fenómeno natural, em Portugal aconteceu um terramoto fiscal, que atingiu os mais pobres, e destruiu a classe média -- suporte da economia do país. Enquanto os EUA já se livraram do Sandy, por cá continuamos a ser vítimas das mal-feitorias infligidas pela Troika, uma espécie de Triunvirato tirânico, composto por Passos Coelho, Vitor Gaspar e Paulo Portas. Enquanto os EUA começam a arregaçar as mangas para superar a calamidade causada pelo Sandy, nós por cá continuamos à mercê desta gente tirânica, que rouba os pensionistas e prepara o suicídio colectivo do país. Enquanto nos EUA os reguladores e as instituições democráticas funcionam, nós por cá não temos quem nos liberte deste pesadelo. Temos um presidente esfíngico, ausente, seco de palavras e árido de comoção. Cavaco Silva não existe. Nós sabemos que ele mora em Belem, mas de lá não vem luz de esperança nem apoio aos clamores do povo. Os EUA seguem em frente, com a ajuda do seu Presidente, nós por cá, sofremos, definhamos e perdemos a esperança de viver.
A mãe Natureza atacou o coração do Império, mas este ainda não compreendeu o porquê
deste ataque destruidor. Quem deve estar a rir de raiva e de alegria são os Iluminati que já
anunciaram o fim dos tempos para 12-12-(20)12... Não vou por aí. Prefiro pensar em Kioto...
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