Esta noite tive um sonho terrível. Estávamos a 9 de Março de 2011, na tomada
de posse de Norodon Shianouk (Cavaco Silva). O Governo de José Sócrates estava presente, e Norodon Shianouk (Cavaco Silva) dirigiu-se para a tribuna onde declarou, sisudo e com voz grave: alcançamos o limite da subida de impostos; não se pode exigir mais sacrifícios aos portugueses. As bancadas do PSD, CDS, PCP e BE deliraram e aplaudiram em pé. No final da cerimónia Norodon Shianouk (Cavaco Silva) ausentou-se da sala e nem sequer se despediu do Governo. (Neste instante acordei, esfreguei os olhos, e continuei a dormir. O sonho terrivel prosseguiu). Dias depois desta cerimónia, Pol-Pot (Passos Coelho), na oposição aproveitou a "deixa" de Norodon Shianouk (Cavaco Silva) e falou às televisões: Estou farto de dar o aval aos PECs do primeiro-ministro. Peço desculpa aos portugueses por eu ter, até gora, dado o agreement aos PEC-1, 2 e 3, que penalizaram muito os contribuintes. Não vou aceitar o PEC-4. Isto tem que parar. O Governo deve ser demitido e convocadas eleições. (Adormeci, mas sobressaltado). Pouco depois, acordei em plena campanha eleitoral, onde Pol-Pot (Passos Coelho) prometeu não aumentar os impostos, não roubar o subsídio de Natal, mas cortar nas "gorduras do Estado" e nos "custos intermédios". (Dei meia volta na cama, e voltei a sonhar).
Pol-Pot (Passos Coelho) ganhara as eleições e formara um míni-Governo
ancorado no CDS. Norodon Shianouk (Cavaco Silva) estava feliz. O Orçamento de Estado fora aprovado, com o aval do soberano (Shianouk), apesar do aumento de impostos, da subida dos transportes, dos cortes na Saúde e na Educação. Em Outubro foi necessário aprovar um Rectificativo, seguido do OE para 2012, onde foram efectuados mais aumentos de impostos, de corte nos subsídios de Férias e de Natal à função pública, pensionistas do Estado e reformados do sector privado. (Gemi, acordei e fui tomar um copo de água). Depois de adormecer, às 5 da manhã, voltei a sonhar com Pol-Pot (Passos Coelho) e Norodon Shianouk (Cavaco Silva). Já estávamos em Outubro de 2012. As metas orçamentais de 2012 não foram cumpridas. O défice atingira 7,2%, o desemprego 15,8% e a dívida pública os 124% do PIB. Um descalabro. Mas Pol-Pot, apesar deste desaire, continuava a dizer: "custe o que custar", nós vamos cumprir... Entretanto, com o novo OE para 2013, o povo veio para a rua protestar, e Norodon Shianouk (Cavaco Silva) utilizava o Facebook para dizer que se tinha atingido o limite no aumento de impostos. Mas Pol-Pot continua a acreditar na sua receita. Ouvem-se ecos de "bomba atómica fiscal", de "roubo à mão armada", de "suicídio económico", do "fim da classe média nacional"... (Nesta altura acordei, saltei para fora da cama e fui tomar um duche morno. Eram sete da manhã. Liguei a televisão e vi cenas de pancadaria policial frente à Assembleia da República. Nas cidades e vilas do país, o povo protestava, com cartazes onde se lia: fora com o Governo, ladrões, gatunos... Afinal, o objectivo de Pol-Pot (Passos Coelho) e os seus lacaios, era destruirem, arrasarem com a economia do país, arruinarem a classe média, para assim poderem ter um país "competitivo", com ordenados miseráveis, onde o capital podia ganhar mais-valias à vara larga. O espírito de Pol-Pot continua presente nas mentes desta "gente honrada, cumpridora da palavra dada"... O raio que os parta! -- digo eu. Alguma coisa tem que ser feita para travar estes alucinados da "economia competitiva". O pior, é que a "bola" está agora na mão de Norodon Shianouk (Cavaco Silva), que apadrinhou, ajudou e deu a benção a estes neoliberais de aviário. Estou para ver como vai ele rectificar as coordenadas do GPS deste Governo de incompetentes.
Estes são os émulos de Pol-Pot, malfeitores que desgovernam este
país, e que pretendem instalar aqui uma república de baixos salários.
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