Pedro Passos Coelho prometeu aos portugueses "rigôr e transparência",
prometeu não aumentar os impostos, nem cortar os subsídios de Natal. Prometeu resolver o problema do défice e das contas públicas com o corte nas "gorduras do Estado" e nos "custos intermédios"... Prometeu, prometeu, mas está a fazer tábua rasa das suas promessas ao fazer precisamente o contrário. Ora em política, prometer e depois não cumprir, equivale a ser "mentiroso" e faltar à "palavra dada". Aqueles que elegeram Pedro Passos Coelho, devem estar profundamente arrependidos por lhe ter dado o seu voto. Pedro Passos Coelho sabia que não ia poder cumprir as suas "promessas", mas avançou em frente, ávido por chegar ao "pote". Aos eleitores e aos bons costumes, disse nada. Não admira pois, que o povo esteja revoltado com esta "gente honrada". Além de mentir descaradamente, Pedro Passos Coelho rodeou-se de gente sedenta por chegar ao "pote". Eles são os boys e as girls do PSD, os "assessores", os "téncicos", os "peritos", os "catrogas", os "macedos", os "jotas", os "primos e primas", os acólitos, a caterva de secretários e de secretários-adjuntos, e os "relvas" de serviço... Assim, não é de admirar que nesta altura do ano, se viesse a descobrir mais um "buraco" de 470 milhões euros causado pela derrapagem na despesa dos ministérios públicos. Isto é o que toca à gestão orçamental do Governo. Outra coisa que me surpreende é a "ignorância" de quem nos governa, no que toca à nossa inter-dependência da UE. Esta "gente honrada" parece esquecer-se de que Portugal faz parte de uma União a 27 países, e que é membro fundador do sistema monetário (Zona Euro), onde é emitida a moeda mais forte do planeta. Todavia o nosso primeiro-ministro e os membros do seu Governo aparecem em público de pin na lapela (à moda de Bush em 2001), para mostrar que são lusitanos e patriotas emperdernidos. Além de corriqueiro, é tambem pavloviano. O país não precisa de "gente com pin na lapela", precisa é de gente com coragem para enfrentar os desafios da integração europeia. Portugal precisa é de governantes que assumam o projecto europeu, que participem nas reuniões, que proponham ideias novas, que ajudem a União Europeia a instituir um governo económico e um sistema bancário robusto, suportado por um Banco Central Europeu, capaz de prestar suporte ao desenvolvimento industrial e comercial da União. É confrangedor ver esta "gente honrada", disponível e submissa perante Angela Merkel, e faltar a reuniões de países como a Irlanda, Grécia, Espanha e Itália... O nosso futuro está na EU, por isso é nas suas instituições que devemos defender os nossos interesses e cuidar do nosso futuro. Com esta gente que nos governa, nunca iremos sair da cêpa torta, por mais "patriotas de lapela" que eles sejam.
Numa União Europeia de 27 países, com um hino, uma bandeira e um moeda única, os nossos
governantes apresentam-se em Bruxelas de pin na lapela, a mostrar a bandeira portuguesa...
Será que estão a imitar os governantes de Sua Magestade, que não fazem parte do Euro Grupo?.
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