Os dados divulgados sobre a execução orçamental no final de julho, confirmam
a bancarrota do país e deixam adivinhar o naufrágio das políticas do "custe o que custar", engendradas por Passos Coelho. É o descalabro total das medidas tomadas por esta "gente honrada", que cortou a fundo, indo para "além da Troika", e conduziu o país a este desastre. Depois do Orçamento Rectificativo, Vitor Gaspar prometia um crescimento de 2,8% nas receitas fiscais para este ano, mas até agora temos uma quebra de 3,5%, o que corresponde a uma variação de -6,8%. Com a descida do consumo interno, a derrapagem na receita fiscal irá chegar aos 3.000 milhões de euros. Vitor Gaspar previa uma subida de 10% na receita do IVA, mas até agora cai 1,1%, donde resulta uma variação de -11,1%, ou seja, em vez do aumento de 745 milhões, o Estado perdeu 81 milhões, uma derrapagem de 826 milhões nos calculos do ministro. O Imposto sobre Veículos desceu 45% e o Imposto sobre gasolinas caiu 8% face ao período homólogo de 2011. No tabaco o Estado esperava um aumento de 10% das receitas, mas caiu 12,7%, uma derrapagem de -22,7% nas previsões. Enfim, é o desastre total , apesar de o Governo ter ido "além da Troika". Quem sai descredibilizado com estes resultados, é o ministro Vitor Gaspar. Perdeu toda a aura que apresentava no seu curriculo profissional, adquirido no BdP e nas instâncias da União Europeia. Quinze meses depois desta "gente honrada" ter chegado ao "pote", o país está numa situação de falência. A dívida pública passou de 92% para 118%, o cumprimento do défice de 2011 foi conseguido (e excedido) com o fundo de pensões dos bancários, e este ano não será de 4,5% como estava previsto, mas sim de 5,8%, caso Passos Coelho não descubra onde ir "capturar" 2.800 milhões de euros...
O que esta gente mentiu, prometeu e não cumpriu, representa uma afronta ao povo português. Se o primeiro-ministro fosse Sócrates, esta "gente honrada", diria que o actual estado das contas públicas, se devia apenas à incompetência e ineficácia dele e às suas políticas. Sim, porque na Europa "tinham feito o trabalho de casa, e nós tinhamos andado a fazer obras", como disse o flatulente Nogueira Leite.Por ora estamos conversados, empobrecidos, descontentes, e incrédulos com a governação desastrosa desta "gente honrada".
O barco encalhou e começa a adornar. Nem o "capitão" Passos Coelho nem o seu adjunto
de marinhagem, Vitor Gaspar, conseguiram levar o barco a bom porto. Mostraram-se sem
aptidão nem experiência para viajar em alto-mar. Até a tripulação do barco sofre de enjôo.
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