No exercício de livre opinião, seja em análises políticas, na crítica ou no comentário à acção dos políticos, sou de opinião de que deve haver limites para a publicação da asneira, da calúnia, da falsidade, da acusação gratuita, sobretudo quando se trata de dirigentes eleitos pelo povo. O mínimo que se deve exigir, nestes casos, é contenção nas palavras e respeito pela pessoa à qual o eleitorado incumbiu para desempenhar o cargo de Presidente da República ou de Primeiro-Ministro. Os ataques soezes que por vezes são dirigidos a estes magistrados da Nação, apenas demonstram, por parte de quem os comete, falta de educação e de respeito perante os eleitos pelo povo. Não respeitar as pessoas eleitas para aqueles cargos, é cometer um acto de irresponsabilidade, é não respeitar a função dos mais elevados cargos da Nação. Sim, é verdade que os deputados tambem chegam à AR por meio de eleições, mas estes não são eleitos directamente pelo povo; são, em primeiro lugar, pelos partidos a que pertencem, e raramente são nados e moradores no circulo eleitoral por onde são eleitos. O Presidente da República e o Primeiro-Ministro são eleitos por sufrágio directo, se bem que, esporádicamente, quem se submete a eleições legislativas, nem sempre acaba por ser Primeiro-Ministro. No entanto neste país é tradição ser eleito Primeiro-Ministro o candidato partidário que ganha as eleições.
Portanto, nestes dois casos, deveria haver um certa contenção verbal por parte dos "comentadores-analistas-fazedores-de-opinião". O julgamento final pertence ao povo eleitor, que fará o balanço do desempenho de cada um daqueles magistrados da Nação. Continuarmos na chinfrineira actual, alimentada pelos adversários políticos e por todos os que querem opinar, acabamos todos num comportamento desregrado, sem cortesia para com os mais altos cargos da República. Seria bom que houvesse limites, neste caso, tal como há limites na condução do tráfego automóvel: uns correm na faixa direita, outros na faixa esquerda. Se desrespeitarem esta regra, vai haver anarquia, choques frontais, mortes, acidentes diversos... E o trânsito não segue, fica parado, não vai em frente. Há regras que devemos observar, se queremos tirar benefícios das circunstâncias.
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