Enquanto o Governo responde às inquirições feitas pela oposição;
enquanto o Governo vai fazendo nomeações e a torto e a direito; enquanto o Governo vai constituindo assessorias para isto mais aquilo, tudo isto num cenário destinado a desviar as atenções da opinião pública, eis que começa agora a saber-se, que o Governo de Passos Coelho, já deitou a mão ao "pote" dos Fundo da Segurança Social, para resolver os "problemas de tesouraria" com que o ministério das Finanças se tem deparado... Passos Coelho, que sempre foi avêsso a este recurso, e chegou a acusar, injustamente, José Sócrates de o ter feito, está agora a fazer o contrário daquilo que defendeu em campanha eleitoral. O Governo neoliberal de Passos Coelho, já foi ao "mealheiro do povo", pela calada, de modo a não criar um clima de revolta, pois trata-se de dinheiros destinados a pagar as pensões dos trabalhadores portugueses. São cerca de 6.000 milhões de euros reservados a investimento, para aumentar o bolo. Mas se o Governo começa a gastar o dinheiro do "Fundo de Pensões", pode, de um momento para o outro, chegar ao fim do mês e não ter dinheiro para pagar aos reformados e pensionistas. Se é verdade o que está a acontecer, isto é muito grave. Esperemos que a comunicação social não esconda esta "notícia", apenas para agradar a este Governo de neoliberais.
A crise financeira continua a sentir-se nas economias ocidentais.
Simultaneamente, os "mercados" (a banca internacional de investimento) que perderam muitos milhões no negócio do sub-prime (abonado pelas agências de rating com a classificação AAA), continuam a actuar inpunemente, sedentos de dinheiro, cobrando juros escandalosos e gerando ondas de choque nas economias ocidentais: os EUA estão com um PIB abaixo do desejável e de todas as previsões. A UE caminha para um abrandamento económico, tanto nos países da Eurolândia como nos que estão de fora. Assim acontece em Espanha, Itália, Bélgica, Reino Unido e Dinamarca. Dos países resgatados, como a Grécia e Portugal, a receita da troika conduziu-os à recessão profunda. Apesar de tudo a Irlanda ainda cresce, com taxas de IRC de 12,5%, quando a média é de 22% na UE. Pois neste desmando todo, não se consegue encontrar politicos capazes de definir uma saída breve para a normalização dos "mercados", das Bolsas e da economia produtiva. Está tudo indeciso, sem soluções, e incapaz de regulamentar o que deve ser regulamentado. Os "mercados" especuladores, têm dinheiro a 2,6% e depois acorrem às dívidas soberanas, exigindo juros obscenos de 7 a 15%... Enquanto durar esta usura, o mundo não se endireita -- caminha para o abismo.
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