A Cimeira do Eurogrupo realizada ontem em Bruxelas, conseguiu,
finalmente, mostrar os dentes às feras que andavam a atacar a moeda única. Os inimigos do euro, os especuladores das taxas de câmbio, como seja o senhor George Soros -- que em 1993 ganhou 1.000 milhões, de uma assentada, contra a libra britânica -- estão avisados de que, a partir de agora, "quem se meter (a especular) com o euro", será duramente castigado. Com as medidas de ontem, a Grécia fica a salvo da falência, e tem agora mais tempo para endireitar as suas contas públicas. O governo de Atenas vai ter mais dinheiro, juros mais baixos e um calendário mais longo para liquidar os fundos do resgate. Convém dizer que, não foi a Grécia que levou a Cimeira do Eurogrupo a tomar as medidas ontém anunciadas, as quais há muito deviam ter sido assumidas. O alarme veio dos "mercados" que começaram a "rondar as portas" da terceira e da quarte economia da Zona Euro, ou seja, da Itália e da Espanha. Este facto é que deixou a Alemanha e a França em sobressalto. Indirectamente, as medidas ontem tomadas, vêm beneficiar a Irlanda e Portugal. Pedro Passos Coelho, sem nada fazer, está a ser protegido pelos deuses do Olimpo.
Os fait-divers que o Governo vai produzindo, tais como o caso do
"desvio colossal", dos "desengravatados da lavoura" ou das "viajens em económica", têm alimentado a blogosfera e os fóruns de dicussão, dias a fio, deixando para segundo plano outras questões que merecem ser analisadas e criticadas, como seja o "imposto extraordinário", o "aumento brutal de 15% nos transportes públicos", a "nomeação de mais 4 administradores para a CGD", a falta de "cortes nos custos intermédios", etc., etc. Não esqueçamos que o Governo tem uma "máquina de propaganda" bem oleada, destinada a desviar as atenções do essencial, e a produzir pequenos alarmes com vista a distrair os incautos. O "facto real" ontem ocorrido com o ministro Álvaro, que se prontificou a receber os indignados da TNC, deveria merecer uma análise crítica. Desde quando é que um "super-ministro" se pode dar ao luxo de gastar o seu tempo, ouvindo as queixas, aliás justas, de trabalhadores que estão em lítigio com a administração de uma empresa de camionagem? Desde quando é que um governante neoliberal, interfere nos negócios de uma empresa privada, quando esta está a negociar o "trespasse" do seu negócio?... Não será um exagero, ser o "super-ministro" a tratar dum problema laboral? Então o ministério não tem Secretários de Estado, ou funcionários com competência para ouvir os trabalhadores? Ou o ministro da economia quer continuar a "fazer escola" dizendo aos trabalhadores deste país para o tratarem por Álvaro, "apenas por Álvaro"?
O terrorismo continua a atacar onde menos se espera. Hoje aconteceu em
Oslo, Noruega, flajelando as instalações do Governo. Até agora, 2 mortos.
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