Quinta-feira, 14 de Abril de 2011

Sinto-me indignado com a chinfrineira que vai nas hostes do PSD.

Com a ânsia de chegar à mesa do poder, tudo têm feito para o conseguir, mas de modo atabalhoado, sem critérios de honestidade, sem "verdade", sem experiência nem sentido de Estado. Corre nos "mentideros" que o Senhor dos Passos foi confrontado com este dilema: "ou o país vai para eleições, ou então teremos novas eleições no PSD". A ser verdade o que dizem, fica claro que Passos Coelho foi encostado à parede. Ele foi pressionado pelos boys, girls e barões do partido, para criar "uma crise política", donde resultaria a demissão do Governo. E assim foi, rejeitou o PEC4, mentiu ao dizer que Sócrates não o havia informado deste pacote de austeridade, e arrastou o país para esta trágica situação financeira. Passos Coelho não resistiu ao apêlo dos boys. E Cavaco Silva passou mudo, e mudo se mantem, sem mostrar a "magistratura de influência" prometida durante as eleições. Falta saber a razão pela qual os "senadores" do PSD se estão a afastar de Passos Coelho, sabendo-se que este teve negas de Ferreira Leite, António Capucho, Marques Mendes, Luis Filipe Menezes e Fernando Nogueira para serem cabeças de lista por Lisboa ou pelo Porto... Tudo leva a crer que a liderança de Passos Coelho está a ser boicotada. Mal para Passos, mal para a democracia, pior para o país...

O PSD não tem emenda.

A par de toda esta "ópera bufa", Passos Coelho, com a sua falta de experiência e de mal aconselhado estar, está a agitar as águas do pântano, quando o país se encontra com a corda na garganta, quando os nossos credores já não nos emprestam dinheiro, e quando a troika FEEf/BCE/FMI está em Lisboa, a vascular o Estado para decidir qual vai ser o diagnóstico do qual resultará uma "cura" dolorosa e prolongada. Mas neste entretanto, tal como se fosse um menino birrento, Passos Coelho traz para a praça pública a notícia de que pediu ao Governo uma série de 40 pergunstas sobre o "estado a que isto chegou"... Justamente quando o FMI se instalou no Ministério das Finanças... Isto é um tiro no pé (do país), um sinal de irresponsabilidade política, um desvario de loucos... E não haverá ninguem responsável na São Caetano à Lapa?!...

(Abstenho-me de citar Passos Coelho no que respeita a "esqueletos no armário" (de quém, do cavaquismo?) e de "gatos com o rabo de fora", pelo seu irrealismo, falta de bom senso, muito azedume e demasiada criancice. Isto é de garotos, não de políticos responsáveis).



publicado por Evaristo Ferreira às 18:01 | link do post | comentar

Quarta-feira, 13 de Abril de 2011

É penoso ver Paulo Portas à saída de São Bento, depois da audiência com José Sócrates, a falar para as televisões com "recados" para o primeiro-ministro demissionário e para o FMI. Paulo Portas exige um mini-resgate, com uma tranche de dinheiro a ser entregue, já. Depois das eleições, haverá então um segundo "acordo" com o FMI, a englobar a totalidade do resgate... Paulo Portas não anda cá, deve sonhar que vive noutro planeta, ou então quer-se esgueirar à responsabilidade, para mais tarde poder evocar que o CDS não concordou com a "receita" imposta ao país pelo FMI, ainda para mais negociada por um Governo demitido. Este estratagema do dirigente centrista, é o mesmo dos partidos da oposição, que chumbaram o PEC4, e agora procuram "tirar o cavalinho da chuva", não se comprometendo com as medidas de austeridade impostas pelo FMI.

É confrangedor ver estes "mentirosos" a afirmarem agora uma coisa, e a dizerem o contrário logo depois. E julgam que os portugueses são parvos, que não percebem nada do que se está a passar. A verdade é que todos nós sabemos que, quem impõe a "receita", é o FMI -- e não o "lavrador" Paulo Portas, que nada sabe de lavoura. A oposição continua a pedir, "apenas um acordo intercalar", mas todos nós sabemos que o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia, o comissário Olli Rhen e o FMI -- não dispôem desse mecanismo, não tratam o "doente com papliativos", mas sim com "remédios" tipo zaragatoa, que vão deixar o país "à rasca"... Ainda hoje Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, veio afirmar que não existe qualquer mecanismo intercalar, fora do acordo estabelecido pelo FEE/BCE/FMI. Mas esta gente, que chumbou o PEC4, ainda acredita em milagres. Em meados de Maio, o país precisa de uns 4.000 milhões de euros para pagar dívida, e, neste momento, os "mercados" estão arredados, já não emprestam a Portugal. Agora é com o FMI. Então como iremos nós salvar o país? Será que a oposição tem uma ideia, tem uma solução para liquidarmos aquele montante de dívida, a vencer-se em Maio?  Parece que a oposição não se preocupa com isso, preocupa-se sim, com a campanha eleitoral que aí vem... Apenas com isso. O "Governo demitido", que resolva. Mas será que, quem tem o dinheiro, vai confiar num país sem Governo, e onde os partidos da oposição agiram irresponsávelmente, ao chumbar o PEC4?...



publicado por Evaristo Ferreira às 14:51 | link do post | comentar

Terça-feira, 12 de Abril de 2011

O que dantes era a Imprensa, diz-se agora "comunicação social".

Porque a diversidade de "meios" se estendeu à rádio e à televisão, e, mais recentemente, a outros meios proporcionados pela Internet. A blogosfera é um desses meios, gratuito. Porém os "profissionais" da comunicação social, continuam a "informar e opinar", como se a "comunicação" ainda fosse um couto de gente encartada. Ora, uma vez que os media estão todos sob a alçada do poder económico -- em Portugal -- e uma vez que a "crise financeira e económica" conduz à retracção de custos, os "profissionais" baqueiam perante esta pressão, deixam de ser objectivos, isentos e criativos, optando apenas pela defesa dos postos de trabalho e "dizendo nada" ao código deontológico e à ética profissional. E, por via disso, acabam por fazer um "jornalismo de boutique", sem sentido nem utilidade, apenas com vista a agradar ao patrão. Portam-se como baratas tontas, estes profissionais da comunicação social, quer trabalhem nas televisões quer nos jornais... Chega a haver situações de promiscuidade rameira, como acontece, por exemplo, nas televisões. Hoje são pivôs na TVI, depois transferem-se para a SIC ou para a RTP... Ganham 15/16 mil euros, como se fossem "estrelas de novela", enquanto outros trabalham a recibo verde. Tenha-se em conta o que se passa na RTP: o actual director, Nuno Santos, veio da SIC (talvez por ter falhado os objectivos); Alberto José Carvalho, vindo da SIC para a RTP, mudou-se agora para a TVI, acompanhado por Judite de Sousa (ele, um zero de gaguez, ela, farta de "fazer parte da mobília da casa"). Com a crise, cortaram-lhes 10 por cento do ordenado, pelo que, com a transferência, não só já não descontam para a crise, como foram ainda ganhar mais). Mais tarde, caso falhem os objectivos, talvez voltem à RTP, que é uma espécie de "albergue espanhol", para os demitidos das televisões privadas.

Vejamos o profissionalismo dos "jornalistas de boutique": No fim-de-semana, durante o Congresso Socialista, os jornalistas magoaram-se por Sócrates atacar a oposição. Mas num congresso partidário, é proibido falar assim? Ou os "jornalistas" esqueceram-se do lugar onde estavam? Até o Zé  Manel Fernandes -- cujo perímetro abdominal ultrapassa o de um papa-açôrda -- escreveu sobre "SS" e o "juramento de Nuremberga". Um delírio! Haja alguem que recomende uma consulta psiquiátrica a este escriba neo-conservador, bajulador de Bush, Kristol e Torquemada.

Ontém, os "jornalistas, passado que foi o Congresso do PS, viraram-se apenas o "missionário" Fernando Nobre, futuro Presidente da Assembleia da República. Foi uma espécie de catárse. Açoitado, Nobre fez o shutdown da sua folha no Facebook.

Hoje, um dia depois de escorraçarem o Nobre, que está em "missão" humanitária no Sri Lanka, os "jornalistas" renderam-se à magia dos funcionários do FMI... Falam deles como se fossem estrelas de rock, ou sábios extra-terrestres. Até a côr dos olhos, dos milagreiros do FMI, foi tema e peça de notícia, tratadas pelos nossos "jornalistas"... Amanhã, quando se souber da "receita" proposta pelo FMI, os "jornalistas" irão deliciar-se, fazendo comparações com as "receitas" de 1979 e de 1983. Situações e tempos diferentes, mas os nossos "jornalistas" adoram fazer comparações. Como qualquer "papagaio" palrador, ao serviço do "Senhor dos Passos".

 



publicado por Evaristo Ferreira às 14:51 | link do post | comentar

Segunda-feira, 11 de Abril de 2011

José Sócrates lambeu as feridas causadas pela oposição, durante a rejeição do PEC4 no Parlamento, e decidiu-se agora por liderar as negociações com a EU-BCE-FMI, com vista ao resgate do país. É uma boa notícia, não só porque o primeiro-ministro demissionário conhece bem o labirinto do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, mas tambem porque a política de Bruxelas (e não só) é feita de relações amistosas entre os seus pares, e José Sócrates tem, sem sombra de dúvida, credibilidade e competência para negociar com a troika UE/BCE/FMI. É vantajoso para Portugal ter pessoas experientes, como José Sócrates e Teixeira dos Santos, que conhecem bem os corredores do poder em Bruxelas, onde têm representado Portugal durante mais de seis anos. Por outro, tendo Sócrates a liderar as negociações, o país beneficiará com isso, pois compensa a falta de experiência de qualquer um dos outros parceiros que se perfilam para formar Governo. Temos assim a garantia de que o processo vai avançar, rápido e conforme as linhas mestras do PEC4, rejeitado pela oposição. Desta vez, serão ainda mais duras as medidas de austeridade, pois é assim que acontece, quando um país está à beira da falência, e os partidos da oposição fazem o jogo da irresponsabilidade. Como disse ontem o Professor Marcelo, durante o habitual "sermão" na TVI, "quem prescreve a "receita" não é quem precisa de dinheiro, é quem empresta". Infelizmente, o PSD continuava ontem a dizer que o acordo de regaste, deveria ser apenas para 2011, depois o novo governo faria o resto... Este tipo de discurso só serve para irritar o comissário Olli Rhen, Trichet do BCE ou Straus-Khan do FMI. A imaturidade publitica de alguns, leva a estes desencontros...

 

NEGATIVO: - A inclusão de Fernando Nobre nas listas do PSD por Lisboa, sugere que Passos Coelho procura "capturar" os 500 mil votos que Nobre obteve nas presidenciais. Já bastava o que fez com a "avaliação dos professores", para ter mais uns votos, agora chega-se ao homem da AMI... A falta de ética não é apenas do PSD, é sobretudo de Fernando Nobre, que traiu, assim, o seu eleitorado. E o PSD já esqueceu que Nobre se havia candidatado "contra os partidos", "contra os profissionais da política"... Ninguem tem vergonha. Depois admiram-se, por o povo se afastar cada vez mais da política e dos políticos.



publicado por Evaristo Ferreira às 15:00 | link do post | comentar

Sexta-feira, 8 de Abril de 2011

Os "papagaios" da nossa praça continuam a espingardear em todos os azimutes. Uns estão armados com bazucas, outros com pistolas e alguns com uma simples fisga. No fôsso das suas trincheiras, espingardeiam a trouxe-mouxe. Não vemos feridos, mas no ar sente-se o cheiro da pólvora, vê-se a poeira das explosões, e as penas multicores de algum "papagaio" depenado. Este é o cenário na praça pública dos "palradores" pagos a recibo verde, mas tambem temos os "papagaios" de tôga e de gabarito, ou seja, os "senadores" do mercado, que perdem o tino e o dever de reserva e vêm para a praça pública a cacarejar, fazendo concorrência aos "papagaios encartados", que trabalham para a plebe... A confusão é total, já ninguem respeita a profissão de "oráculo", em cujo tabernáculo sempre brilhou o Professor Marcelo. Agora, até o arquitecto Saraiva na sua gazeta enSOLarada, em situação de pré-falência técnica, arremete contra Sócrates e o PEC4, para, assim, cacarejar mais forte que os outros, e tentar sobreviver aos credores.

No que toca a "papagaios senadores", temos o beato Bagão Félix, que anda a bufar sobre a agenda do Conselho de Estado; temos o conselheiro bento, Vitor a lamentar-se por Sócrates ter actuado tarde demais para evitar o downgrade do rating da Repúbllica (este conselheiro, tambem peca por só agora se ter apercevido, de que a rejeição do PEC4, contaminou este país, como se fosse um vírus malígno); temos a ALLIANZ (seguradora alemã) a dizer que "o problema da dívida soberana [na Europa] acabou [graças a Portugal]"; temos o british Financial Times a verberar que "a Europa não deve ajudar Portugal sem condições concretas"; e temos a UE a reafirmar que "o PEC4 é ponto de partida [para resolver o resgate], mas desta vez ainda mais duro".

Entretanto os juros da dívida, no mercado secundário, continuam imparáveis, a subir. No meio deste fogo cruzado, o Senhor de Matosinhos (Narciso Miranda), apela a Sócrates para que renuncie... E Ferro Rodrigues, quer saltar da OCDE para o Largo do Rato, na esperança de se perfilar na sucessão de Sócrates... Chegados a este ponto, o cheiro a pólvora apaga-se, mas vem-nos à memória o Processo Casa Pia.

 



publicado por Evaristo Ferreira às 15:06 | link do post | comentar

Quinta-feira, 7 de Abril de 2011

Com o rebentamento da "bolha FMI", tudo parece agora mais calmo.

O pior vai ser quando chegar a receita "austeridade", imposta pelo diagnóstico feito pelo FMI/BCE/FEEF. Tenho o receio de que os sindicatos comprometidos no eixo CGTP/PCP, irão tentar aproveitar o descontentamento do povo para levar a cabo uma insurreição à moda de Atenas. Vamos ver até onde o PCP conduzirá a revolta daqueles que vão ser prejudicados pela "receita FMI". Duma coisa estou certo, a campanha eleitoral vai travar-se à volta da austeridade imposta pelo FMI, levando a extrema-esquerda a acusar o PS, por ter baqueado, e o PSD/CDS por terem manobrado os banqueiros no sentido de estes encostarem José Sócrates à parede... É preciso notar que a "austeridade" do FMI vai chegar em plena campanha eleitoral, altura em que os sindicatos e os trabalhadores da Função Pública já conhecem o conteúdo da "receita FMI", que lhes vai congelar ordenados, cortar subsídios e regalias, diminuir-lhes o poder de compra.

Esta distensão social, que é hoje perceptível na sociedade portuguesa, será "sol de pouca dura", apesar de caminharmos para o verão.



publicado por Evaristo Ferreira às 18:27 | link do post | comentar

Quarta-feira, 6 de Abril de 2011

O mundo é composto de mudança. Tudo muda, a cada hora, dia, ano.

A banca nacional era, até há um mês atrás, avêssa à entrada do FMI. Porém, com o chumbo do PEC IV e a demissão do Governo, tudo se alterou. As agências de rating, todas ligadas à banca americana, desferiram golpes mortais na República, na banca, nas empresas estatais, na economia nacional. A tôrto e a direito, as agências Fitch, Standard & Poor's e Moody's baixaram o rating de tudo o que movia o país. Chegámos a um ponto de rotura, aonde o país e a banca não conseguem arranjar dinheiro. E quando a banca de um país seca, é como num incêndio, onde os bombeiros não têm água para apagar o fogo. Mas porque é que a banca já reclama o FMI e apela a um empréstimo "intercalar" -- que ninguem sabe o que isso quer dizer? A razão é esta: os bancos europeus estão a ser rastreados, mais uma vez, com testes de resistência muito severos, superiores aos do ano passado, quando os nossos bancos passaram no exame. Desta vez, com o downgrade da República e da banca para perto do "lixo" (junk), as coisas complicaram-se... Os nossos bancos tambem compraram dívida portuguesa, e agora "estão à rasca". Os activos da banca respeitantes à dívida do Estado, serão penalizados nos "testes de resistência", por se considerar que Portugal pode entrar em insolvência... Por outro lado, a nossa banca não pode socorrer-se do BCE e, no mercado bancário, não consegue financiar-se -- devido ao downgrade da República. Daí a aflição dos nossos banqueiros, que neste momento já reclamam pelo recurso do país ao FMI... apesar de saberem que, durantes alguns anos, não podem ir ao "mercado" para se financiar -- ficam de quarentena. Adivinham-se, assim, as consequências trágicas para a banca, o Estado e a economia em geral.

A rejeição do PEC IV, com a consequente demissão do Governo, são o resultado da irresponsabilidade política demonstrada pelos partidos da oposição e tambem pela incompetência de Cavaco Silva, que não soube acautelar o risco que daí adviria para o país.

 

CÓMICO:- A agenda de trabaho do Conselho de Estado é confidencial, só se torna pública ao fim de trinta anos. Todos os conselheiros do PR têm seguido o dever de reserva, mas a recente nomeação do cardeal Bagão Félix, veio quebrar o protocolo: deu com a língua nos dentes, fazendo de bufo, e mostrando, assim, o quanto o PR anda mal aconselhado.



publicado por Evaristo Ferreira às 18:53 | link do post | comentar

Terça-feira, 5 de Abril de 2011

Convém não esquecer a "Central de Desinformação" instituida no seio do PSD com o beneplácito de Belém, destinada a inculcar no espírito dos portugueses a ideia de que José Sócrates é "mentirosoo", não "fala verdade" e esconde o "pó debaixo do tapete"... Receita caseira, muito velhinha. Para desmontar a "verdade" propalada pela direita, permito-me transcrever aqui algumas notas sobre "a verdade do FMI" publicada no DN de hoje, da autoria de Viriato Soromenho-Marques:

"A quantidade de imprecisões, e até as asneiras, que têm sido ditas e escritas, tanto por comentadores como por responsáveis políticos de primeira grandeza sobre o recurso de Portugal ao FMI, justificam esta breve tentativa de esclarecimento da "verdade objectiva". A União Europeia, como já foi amplamente demonstrado, não tinha nenhum plano para enfrentar esta brutal crise financeira e económica. [...] Para a Grécia foi accionado um dispositivo de apoios bilaterais, por parte dos Estados-membros da Zona Euro, totalizando 80 mil milhões de euros, a que se juntaram mais 30 mil milhões do FMI. [...] Já a Irlanda foi "socorrida" pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira, uma sociedade anónima de direito luxemburguês instituida pelos Estados-membros, mas que continua a ser uma instituição à margem do Tratado de Lisboa. [...] O Conselho Europeu de Março decidiu avançar com um novo instituto, o Mecanismo Europeu de Estabilidade, que deverá substituir o FEEF a partir de Junho de 2013, atingindo 500 mil milhões de euros. [...] Se Portugal recorrer ao apoio europeu, o FMI estará sempre presente, [...] A UE preferiu partir-se em Estados credores e Estados devedores, exercendo os primeiros sobre os segundos uma punição colectiva que só poderá levar ao perigo de implosão da própria União. [...] Quando Portugal recorrer ao FEE/FEEF, será nos braços e na lógica do FMI que o país tombará. De modo doloroso e sem fim à vista".

Contra esta verdade, o que dizem os paladinos da "verdade"? Que o FMI não é como o pintam, até é nosso parceiro... e tal. Agora tentam empurrar Sócrates para os braços do FMI, mas o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, vem hoje afirmar que não pode negociar com um governo demitido. A irresponsabilidade de uns e a benevolência do Presidente, conduziram Portugal para este agravamento da crise financeira.



publicado por Evaristo Ferreira às 14:53 | link do post | comentar

Segunda-feira, 4 de Abril de 2011

A manipulação dos factos contra o Governo continua a fazer escola. Não admira, os "meios de conunicação social" estão todos fora da esfera do Estado, com excepção da RTP e RDP, mas até nestes dois existe uma corrente contra o PS e o seu Governo. Vejamos: o grupo económico COFINA é a holding da Altri (pasta de papel) para os media, detém o Correio da Mânha, o Jornal de Negócios, a revista Sábado, o Record e algumas rádios locais; a Impresa de Balsemão tem o Expresso, a Visão, a SIC, SIC-Notícias, SIC-Mulher, SIC-Radical; a Sonaecom, da holding SONAE SGPS, tem o Público; a Controlinveste (dos manos Oliveira), tem o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias, o Jogo, a SporTV, a TSF e uma extensa cadeia de rádios locais. E, por fim, temos ainda o semanário SOL, dirigido pelo iluminado Arquitecto Saraiva e "cóio" da Felicia Cabrita, e "coluna" do Dr. Marcelo. Tudo isto sem falar da Ongoing, que tem participações na Impresa, Media-Capital e o Diário Económico. A construtora Lena tem um título diário chamado I.

Como é óbvio, o controlo de toda a informação está ligada ao poder económico, industrial e financeiro. Nunca defenderá um programa de Governo Socialista. O pendor político destas elites é de ordem conservadora, ligada ao PSD e ao CDS. Portanto não admira que a "Central de Desinformação" do PSD tenha eco e seja incubadora da "desinformação" gerada pela direita política. Podem fazer uma campanha destinada a "denegrir o carácter" do primeiro-ministro José Sócrates -- como aliás o têm feito desde 2005, com o Freeport -- que ela encontrará eco nos meios de comunicação, e será vendida como "falar verdade" ou "política de verdade". Contra as calúnias, o PS ou José Sócrates, não têm meios de defesa. Nem com processos judiciais pois, como já se verificou, a justiça tudo fará para desgastar Sócrates. O sindicato dos Magistrados já demonstrou, em diversos ocasiões, de que lado está a "justiça". Cabe aqui, e pelo menos até agora, incluir a Fenprof, os professores que lutaram contra Maria de Lurdes Rodrigues, que rejeitaram a avaliação, coisa que a "Santa Aliança" parlamentar se apressou a "cancelar", antes de fechar a porta de S. Bento. É assim, serve tudo para chegar à mesa do poder... Com tantos amigos, a oposição (de direita) vai continuar a vender gato por lebre, "mentiras" por "verdade".

ADENDA . - O PCP é único partido que possui um semanário independente, fora do poder económico, esse jornal é o AVANTE



publicado por Evaristo Ferreira às 15:20 | link do post | comentar

Sexta-feira, 1 de Abril de 2011

Passada uma semana após o chumbo do PEC IV na Assembleia da República, com os votos de toda a oposição - levando à queda do Governo - as famílias portuguesas continuam a penar, e o país sofreu os mais altos downgrades em todos os sectores da economia e das finanças. Os juros da dívida sobem cosntantemente, a República tem agora menos crédito, a banca foi penalizada com a descida do nível no rating a rasar o "lixo", e as empresas do PSI20 foram desvalorizadas nas suas cotações. O país ficou desfalcado em milhões de euros, tudo por causa da irresponsabilidade da oposição e do Presidente da República, que poderia ter evitado este crime de lesa pátria cometido no momento em que o Governo tinha acertado um pacote de medidas com Bruxelas, para estancar a soberba dos "mercados" e evitar as "receitas" do FMI. A ânsia daqueles que querem chegar à mesa do poder, levou a este desvario. Não pensaram nos risco que iria afectar o país. Agora todos eles estão satisfeitos, por poderem jogar na rifa das eleições, confiantes de que vão governar (e governar-se), mas o país ficou ainda mais endividado e assistimos agora ao chôro dos arrependidos, que clamam ao Governo para governar, e para pedir ajuda ao FMI... Esta gente não tem vergonha, sentido de honra, nem de ética ao mandar o governo governar e fazer acordos internacionais... Até esquecem que o Governo está em "gestão corrente", que nenhum ministro tem crédito para negociar com a União Europeia aquilo que foi rejeitado na AR pela oposição... O PSD implora para que o Governo de "gestão corrente" peça ajuda ao FMI. O PSD não quer assumir, mais tarde, o ónus desse encargo, por isso apela agora ao PS para o fazer... Mais tarde sempre poderá dizer que a crueza das medidas tomadas, são culpa do FMI, são do PS que chamou o FMI para fazer aquilo que o Governo não foi capaz de fazer...

Como se vê, a "agenda" do PSD está a funcionar, com a aceitação de Cavaco Silva.  Passos Coelho vai chamar para o seu Governo os "senadores do PSD", gente ligada ao "cavaquismo" e que está fora do poder há mais de 15 anos. Não há almoços grátis...

José Sócrates e Teixeira dos Santos têm razão para estarem ofendidos com esta gente. Agora querem fazer deles "moços de recados".

 Desde 27 de Setembro de 2009 que não podem ver nem ouvir falar de Sócrates. O azeite e o vinagre vão manter-se separados. Os que fizeram campanha com a palavra "verdade" -- mas que sempre falaram em "mentiras" -- serão avaliados em 5 de Junho.



publicado por Evaristo Ferreira às 14:56 | link do post | comentar

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