NÚMEROS: - Cavaco Silva foi reeleito com 52,9 por cento dos votos, mas perdeu 543.327 votos em relação a 2006. Manuel Alegre saiu triste e derrotado, reunindo apenas 19,75 por cento dos votos, e com menos 306.338 votos do que teve em 2006. A abstenção subiu 14,90 por cento, para 53,37, o valor mais alto de sempre. O PSD e o CDS, nas legislativas de 2009, somaram 39,54 por cento, que, deduzidos aos 52,90 de Cavaco Silva, deixam um resto de 13,40. Serão votos do PS? À esquerda, somados os votos de Manuel Alegre (19,75), mais Fernando Nobre (14,10), mais José M. Coelho (4,50), mais Defensor de Moura (1,57), mais o aumento da abstenção (14,90), teríamos, grosso modo, 54,82 por cento contra Cavaco Silva. Ilação a tirar: a esquerda dividida deu a vitória a Cavaco Silva. De notar que, PS e BE, nas últimas legislativas, tiveram 46,37 por cento de votos, muito longe dos 19,75 recolhidos pelo candidato Manuel Alegre. Será que o eleitorado penalizou Manuel Alegre por se deixar captar pelos "revolucionários" confederados no Bloco? O fenómeno desta eleição foi o senhor José Coelho, "o Tiririca da Madeira". Ele foi bem acolhido no Continente, mas foi na Madeira que arrasou o status quo da politica jardinista. Alberto João, "o soba da Madeira", ainda em convalescença, deve ter ficado colérico com os resultados do candidato Coelho: teve a maioria dos votos no Funchal (41,45), no Machico (41,09) e em Santa Cruz (47,78), superando largamente o candidato Cavaco Silva. que teve, respectivamente, (38,65), (40,14) e (36,32). Estes resultados mostram que algo está errado na Pérola do Atlântico, e prenuncia o fim do "soba da Madeira". Tambem a abstenção insular atingiu cifras nunca registadas: 52,08 por cento na Madeira e 68,88 por cento nos Açores... Os cidadãos eleitores estão-se afastando, cada vez mais, da nossa classe política. Isto dá que pensar...
COMENTÁRIOS: - Como abstencionista nestas eleições (ver post do dia 17), não tenho mais nada a comentar.
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